Sobre Trilhos https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br Viaje ao passado, conheça o presente e imagine o futuro das ferrovias Mon, 06 Dec 2021 06:15:10 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Após 45 dias, trem turístico volta a operar na serra do Mar paranaense https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/04/10/apos-45-dias-trem-turistico-volta-a-operar-na-serra-do-mar-paranaense/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/04/10/apos-45-dias-trem-turistico-volta-a-operar-na-serra-do-mar-paranaense/#respond Sat, 10 Apr 2021 10:01:22 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/WhatsApp-Image-2021-04-08-at-13.27.07-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2431 Após um hiato de cerca de 45 dias provocado por restrições causadas pela pandemia do novo coronavírus, o trem turístico que opera o maior trecho do país, entre Curitiba e Morretes, voltará a funcionar neste sábado (10).

O trem que percorre a serra do Mar paranaense estava sem funcionamento desde o dia 26 de fevereiro, data em que a Prefeitura de Curitiba publicou decreto restringindo as atividades por conta da pandemia. Agora, novas decisões da administração permitirão a retomada da circulação do trem entre a capital paranaense e o litoral.

Inicialmente, as operações ocorrerão de sexta-feira a domingo, com partidas de Curitiba às 8h30 e, no sentido inverso, às 15h. Nesta semana, o trem não operou na sexta-feira (9) porque o decreto de Morretes que permite o funcionamento passou a valer neste sábado.

Não é a primeira vez que o trem deixou de funcionar na pandemia. Em 20 de março, ele parou pela primeira vez, numa onda de suspensões que paralisou todas as operações turísticas no país. Alguns não voltaram em nenhum momento desde então, como o trem entre Ouro Preto e Mariana.

No caso do trem paranaense, em agosto ele tinha retomado as atividades, após a Prefeitura de Morretes reabrir a cidade para o turismo, com a exigência de cadastro de passageiros e a criação de um QR Code.

O trem, que antes da pandemia transportava por ano cerca de 200 mil passageiros, vai operar com limitações, como a redução de 50% da capacidade de público, para garantir o distanciamento de 1,5 m entre os passageiros (exceto familiares), e também exigirá uso de máscaras de todos. Os passageiros terão a temperatura aferida e os vagões passarão por sanitização.

Também operado pela Serra Verde, o Trem Republicano, no interior de São Paulo, está com as operações interrompidas, devido à fase emergencial decretada pelo governo paulista em virtude da pandemia do novo coronavírus.

O trem percorre um trajeto de 7,6 quilômetros entre Salto e Itu, passando por trechos com muitas áreas verdes. A Serra Verde firmou parceria com a ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), responsável pela locomotiva a diesel usada na rota.

Curitiba a Morretes (PR)
Duração: quatro horas e 15 minutos
Trecho percorrido: 70 km
Atrações: trecho de mata atlântica e cachoeiras

 

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Trem Republicano entra oficialmente em operação em SP; veja imagens da estreia https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/12/19/trem-republicano-entra-oficialmente-em-operacao-em-sp-veja-imagens-da-estreia/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/12/19/trem-republicano-entra-oficialmente-em-operacao-em-sp-veja-imagens-da-estreia/#respond Sun, 20 Dec 2020 01:09:58 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2020/12/WhatsApp-Image-2020-12-19-at-18.38.28-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2328 Com homenagens ao ex-presidente Prudente de Morais, ao ator Anselmo Duarte e a Dona Olímpia, proprietária do sobrado onde houve a Convenção de Itu, no século 19, o Trem Republicano fez neste sábado (19) sua estreia na rota entre as cidades turísticas de Itu e Salto, no interior de São Paulo.

A operação regular do roteiro turístico, o terceiro a funcionar no interior, começará neste domingo (20). A inauguração completa uma história iniciada há 15 anos e marcada por obstáculos.

O embarque neste sábado ocorreu na estação ferroviária de Itu, restaurada para operar o serviço, assim como a estação de Salto, e contou com homenagens a três personalidades que dão nome aos vagões utilizados na composição.

O vagão boutique leva o nome do ator Anselmo Duarte, natural de Salto e que morreu em 2009 aos 89 anos. É o mais sofisticado dos carros de passageiros e tem adaptações que permitem que o turista leve seus animais de estimação no passeio.

Já o vagão econômico leva o nome do ex-presidente Prudente de Morais, que governou o país entre 1894 e 1898 e foi o primeiro civil a ser presidente do país e também o primeiro eleito por voto direto.

O terceiro carro de passageiros tem como nome Olímpia Fonseca de Almeida Prado, dona com o marido, Carlos Vasconcelos de Almeida Prado, do sobrado onde houve a Convenção de Itu, no século 19.

O trem percorre um trajeto de 7,6 quilômetros entre os dois municípios, passando por trechos com muitas áreas verdes. A operação está a cargo da Serra Verde Express, que já mantém o trem entre Curitiba e Morretes, na Serra do Mar paranaense, que firmou parceria com a ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), responsável pela locomotiva a diesel usada na rota.

Para o presidente da Serra Verde, Adonai Aires de Arruda, o objetivo é desenvolver ainda mais o turismo na região, que tem população de cerca de 6 milhões de habitantes.

Em 2007, dois anos após o surgimento da ideia do trem ligando as duas cidades, foi conquistada a primeira vitória rumo à realização do projeto, quando a rodovia Engenheiro Herculano Godoy Passos foi construída deixando uma passagem sob ela para o trem.

Um consórcio entre as duas prefeituras foi criado em 2008, quando conseguiram verba de R$ 4 milhões do Ministério do Turismo para a execução. Em 2010, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) concedeu os trilhos para a execução da ferrovia, ligando as estações ferroviárias das duas cidades.

Uma empresa chegou a construir dois quilômetros de trilhos, mas as obras pararam em 2012 devido ao atraso no repasse da verba federal. A contratada desistiu do projeto.

Em 2014, uma nova licitação foi feita para contratar outra empresa e, no mesmo ano, começaram as reformas das estações. Uma nova paralisação ocorreu em 2016, com a falta de novos repasses, e a construção foi retomada em 2018.

Mas faltava uma “peça” importante: uma locomotiva. O consórcio conseguiu, em 2017, liberação do Dnit de uma que estava abandonada ao lado da estação ferroviária de Ribeirão Preto e foi buscá-la.

A maria-fumaça, que já tinha sido colocada numa carreta para deixar a cidade, porém, permaneceu em Ribeirão após uma decisão da Justiça.

Por fim, o consórcio decidiu publicar uma concorrência para a concessão da ferrovia, que foi vencida pela Serra Verde. Ela, por sua vez, fez uma parceria com a ABPF, que levou para o Trem Republicano uma de suas locomotivas a diesel que fazem parte do acervo da associação em Campinas.

Devido à pandemia do novo coronavírus, o trem vai operar com redução de 50% na capacidade. Ou seja, transportará até 70 passageiros, para uma capacidade total de 140. Entre este domingo (20) e terça-feira (22), os passeios de ida e volta custarão R$ 15 mais um quilo de alimento não perecível, numa ação filantrópica.

Nos demais dias, os preços serão de R$ 101 (vagão boutique), R$ 87 (turístico) e R$ 77 (convencional). Crianças e moradores de Salto e Itu pagam meia.

Segundo a Serra Verde, o trem vai circular diariamente, com duas idas e duas voltas de segunda a sexta. Às sextas-feiras e sábados, também haverá uma viagem noturna. Guias contarão a história e curiosidades envolvendo as cidades turísticas, o Trem Republicano e a Proclamação da República.

As outras duas rotas em funcionamento no interior paulista são a Maria-Fumaça Campinas-Jaguariúna e o Trem de Guararema.

O estado informou que investiu R$ 14 milhões no projeto, por meio do Dadetur (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos), da Secretaria de Estado do Turismo, incluindo pontes sobre o rio Tietê, o girador da locomotiva e a reforma das estações das duas cidades.

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Trem Republicano passa a operar entre Itu e Salto e vira opção para as férias https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/12/16/trem-republicano-passa-a-operar-entre-itu-e-salto-e-vira-opcao-para-as-ferias/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/12/16/trem-republicano-passa-a-operar-entre-itu-e-salto-e-vira-opcao-para-as-ferias/#respond Wed, 16 Dec 2020 10:40:10 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2020/11/WhatsApp-Image-2020-11-24-at-02.42.39-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2266 O Trem Republicano, projeto que surgiu há 15 anos, vai operar a partir do próximo sábado (19) entre Itu e Salto, no interior de São Paulo, de olho na alta temporada.

O projeto do trem turístico surgiu em 2005, a partir de um seminário ocorrido no Rio de Janeiro e teve uma série de capítulos e obstáculos em sua trajetória, até chegar à inauguração.

O anúncio de que a operação ocorrerá a partir desta semana foi feito pelas prefeituras das duas cidades do interior paulista em novembro.

A composição será operada por uma locomotiva a diesel fabricada pela Companhia Mogiana de Estradas de Ferro em 1952 e que pertence à ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), que atuará em parceria com a Serra Verde Express, vencedora da concorrência aberta pelo consórcio intermunicipal para a operação do sistema. A empresa paranaense já opera a maior rota turística do país, entre Curitiba e Morretes.

Serão transportados, quando as restrições devido à pandemia do novo coronavírus deixarem de ser aplicadas, até 136 passageiros por viagem, em três carros: um boutique, um turístico e um econômico.

De acordo com a Prefeitura de Salto, a data marca a concretização do projeto e prevê um novo patamar no turismo nas duas cidades. Ambas são estâncias turísticas.

A previsão é que o trem, após o período inicial, tenha circulação diária, com duas viagens em dias úteis e ao menos três aos finais de semana. A rota entre os dois municípios tem 7,6 quilômetros em cada trecho, percorrido em 45 minutos de viagem.

No início, a capacidade será limitada a 50%, ou 68 passageiros. A Serra Verde vai operar o sistema após vencer concorrência aberta pelo consórcio intermunicipal entre Salto e Itu, que tem validade de 15 anos.

Dois anos depois do surgimento da ideia do trem ligando as duas cidades interioranas foi conquistada a primeira vitória rumo à realização do projeto, quando a rodovia Engenheiro Herculano Godoy Passos foi construída deixando uma passagem sob ela para o trem. Sem ela, dificilmente a proposta teria avançado.

O consórcio foi criado oficialmente em 2008, quando as prefeituras conseguiram verba de R$ 4 milhões do Ministério do Turismo para a execução. Em 2010, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) concedeu os trilhos para a execução da ferrovia, ligando as estações ferroviárias das duas cidades.

Uma empresa chegou a construir dois quilômetros de trilhos, mas as obras pararam em 2012 devido ao atraso no repasse da verba federal e a contratada desistiu do projeto.

Em 2014, uma nova licitação foi feita para contratar outra empresa e, no mesmo ano, começaram as reformas das estações.

Uma nova paralisação ocorreu em 2016, com a falta de novos repasses financeiros, e a construção foi retomada em 2018.

Outro problema era obter uma locomotiva para comandar a composição. O consórcio conseguiu, em 2017, liberação do Dnit de uma que estava abandonada ao lado da estação ferroviária de Ribeirão Preto e foi buscá-la.

A maria-fumaça, que já tinha sido colocada numa carreta para deixar a cidade, porém, permaneceu em Ribeirão após uma decisão da Justiça.

Por fim, surgiu a opção de publicar a concorrência para a concessão da ferrovia, que agora vai se tornar realidade. Com a assinatura do acordo da empresa vencedora da disputa com a ABPF, a tão esperada locomotiva chegou, num acordo que inicialmente tem validade de dois anos.

O Trem Republicano se somará a outras rotas já operadas no interior, como a de Campinas a Jaguariúna e o Trem de Guararema.

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Sul do país ganha operação de trem de passageiros entre Morretes e Antonina https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/11/23/sul-do-pais-ganha-operacao-de-trem-de-passageiros-entre-morretes-e-antonina/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/11/23/sul-do-pais-ganha-operacao-de-trem-de-passageiros-entre-morretes-e-antonina/#respond Mon, 23 Nov 2020 19:54:05 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2019/10/Antonina-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2245 Uma nova rota ferroviária ligando duas cidades paranaenses foi inaugurada neste final de semana, tracionada por uma locomotiva fabricada em 1884, uma das mais antigas em operação no país.

Com um trajeto de 16 quilômetros em meio a áreas de mata atlântica e manguezais, o Trem Caiçara passou a operar entre Morretes e Antonina. Com isso, agora é possível ao turista que está em Curitiba chegar a Antonina utilizando dois trens.

O trem operava em fase de testes desde setembro, mas foi inaugurado oficialmente na última sexta-feira (20) e tem capacidade operacional de transportar quatro carros de passageiros –menos que a média de outros trens turísticos no país.

Isso acontece devido à potência da maria-fumaça, que não conseguiria superar um forte trecho de subida existente no local caso transportasse mais vagões. A capacidade de transporte será ampliada quando houver a troca da locomotiva –por uma movida a diesel, por exemplo, que poderia levar no mínimo o dobro de vagões.

“A fase não é fácil, atrasamos mais de meio ano para a inauguração [devido à pandemia] e mesmo assim a preocupação com a Covid-19 está aí. Tivemos a fase de testes e ajustes, em seis finais de semana, para que pudéssemos iniciar oficialmente”, afirmou Marlon Ilg, diretor de relacionamentos e vice-presidente da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), que será responsável pela operação do trem.

Morretes é o fim da linha de uma das principais rotas ferroviárias turísticas do país, a partir de Curitiba. A ABPF fez parceria com a Serra Verde Express, que opera o trem entre a capital e Morretes, o que permitirá a compra de pacotes para os dois roteiros, por exemplo. Elas já têm parceria no Trem Republicano, que deve iniciar as operações em dezembro no interior paulista.

“O turista poderá vir com o trem [de Curitiba] e embarcar na maria-fumaça em Morretes, para seguir a rota.” A estação da cidade é compartilhada pelas duas operadoras.

A maria-fumaça utilizada, segundo Ilg, foi comprada pela Estrada de Ferro Paraná em 1884 e atuou no trecho entre Paranaguá e Curitiba, transportando passageiros e mercadorias. Posteriormente, foi utilizada no trecho Morretes-Antonina.

Com a pandemia, a capacidade de passageiros foi reduzida pela metade. Assim, dos 130 lugares disponíveis nos carros, apenas 65 estão em uso.

Os roteiros custam R$ 60 (só ida), R$ 75 (ida de trem e volta de ônibus) e R$ 110 (ida e volta de trem).

As viagens, que duram cerca de uma hora, acontecerão aos sábados e domingos, em baixa temporada. Em dezembro e janeiro, serão oferecidas de sexta a domingo, com dois horários em cada dia.

A partir de Antonina, os trens sairão às 9h30 e 14h30, enquanto no sentido inverso as partidas acontecerão às 11h e 16h. Consulte eventuais mudanças no site da ABPF Sul.

O anúncio da nova rota foi feito no ano passado pelo governo do estado, que fez um acordo com a concessionária Rumo para a revitalização da linha férrea entre as duas cidades.

Além das obras para a ligação de 16 quilômetros entre as estações das duas cidades, foi inaugurada em 2019 a restauração da estação ferroviária de Antonina, cuja construção data de 1916.

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Veja álbum de viagem da locomotiva que comandará o Trem Republicano em SP https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/11/11/veja-album-de-viagem-da-locomotiva-que-comandara-o-trem-republicano-em-sp/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/11/11/veja-album-de-viagem-da-locomotiva-que-comandara-o-trem-republicano-em-sp/#respond Wed, 11 Nov 2020 10:45:43 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2020/11/5-min-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2209 A transferência da locomotiva diesel de Campinas para Itu, onde fará parte do Trem Republicano, foi marcada por celebrações de integrantes de movimentos de preservação ferroviária devido ao surgimento de uma nova rota ferroviária em São Paulo.

A locomotiva chegou a Itu nesta segunda-feira (9) e será responsável por conduzir o trem, que terá três carros de passageiros e tem previsão de iniciar em 20 de dezembro as operações entre a cidade e Salto.

A viagem das garagens da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária) em Campinas até Itu foi acompanhada por Vanderlei Antonio Zago, um dos maiores entusiastas da preservação ferroviária no país.

São dele as imagens que compõem a galeria abaixo, que mostra como foi a viagem de 52 quilômetros entre as duas cidades do interior paulista.

A operação do trem, cuja história se arrastava havia 15 anos, será feita por meio de uma parceria entre a Serra Verde Express, que já opera a maior rota turística do país, entre Curitiba e Morretes, na serra do mar paranaense, e a ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária).

Além da locomotiva que viajou entre as cidades paulistas, já chegou a Itu um carro de passageiros da empresa que deixou a capital do Paraná para fazer parte da composição. Outros dois são aguardados.

Uma segunda locomotiva será levada para a cidade, também da associação, para que trabalhe em revezamento na operação, segundo Helio Gazetta Filho, diretor administrativo da ABPF.

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Trem Republicano ganha corpo com chegada de locomotiva e vagão a Itu https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/11/10/trem-republicano-ganha-corpo-com-chegada-de-locomotiva-e-vagao-a-salto/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/11/10/trem-republicano-ganha-corpo-com-chegada-de-locomotiva-e-vagao-a-salto/#respond Tue, 10 Nov 2020 10:45:38 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2020/11/11111111111-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2198 O Trem Republicano, rota ferroviária que tem previsão de ser inaugurada em dezembro, ganhou novo capítulo em sua história nesta segunda-feira (9), com a chegada de uma locomotiva e de um carro de passageiros que serão utilizados entre Itu e Salto, no interior de São Paulo.

A operação do trem, um imbróglio que se arrastava havia 15 anos, será feita por meio de uma parceria entre a Serra Verde Express, que já opera a maior rota turística do país, entre Curitiba e Morretes, na serra do mar paranaense, e a ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária).

Uma locomotiva a diesel da associação, que estava em Campinas, foi levada para Itu, assim como um carro de passageiros da empresa que deixou a capital do Paraná para fazer parte da composição, que no total terá outros dois carros.

A previsão é que o trem inicie as operações em 20 de dezembro. Máquinas para isso ele tem, já que a locomotiva é uma das que eram usadas em todos os finais de semana pela ABPF no trecho Campinas-Jaguariúna e o carro de passageiros também fazia a rota até Morretes.

Além da locomotiva a diesel que já está em Itu, outra será levada para a cidade, também da associação, para que trabalhe em revezamento na operação, segundo Helio Gazetta Filho, diretor administrativo da ABPF.

O contrato assinado tem validade por dois anos e pode ser renovado. Se por algum motivo não for, a locomotiva retornará a Campinas.

“A ABPF optou por fazer parcerias com outras operadoras e prefeituras, como a reforma da locomotiva de Ribeirão Preto, para obter recursos para continuar reformando e salvando materiais neste ano muito sofrido com a pandemia e sete meses sem operação”, afirmou o diretor.

A Serra Verde vai operar o sistema após vencer concorrência aberta pelo consórcio intermunicipal entre Salto e Itu, que tem validade de 15 anos. O contrato foi assinado em setembro, em Salto.

A previsão é que o trem, após o período inicial, tenha circulação diária, com duas viagens em dias úteis e ao menos três aos finais de semana. A rota entre os dois municípios tem 7,6 quilômetros em cada trecho, percorrido em 45 minutos de viagem.

Serão transportados, quando as restrições devido à pandemia do novo coronavírus deixarem de ser aplicadas, até 136 passageiros por viagem, em três carros: um boutique, um turístico e um econômico.

No início, a capacidade será limitada a 50%, ou 68 passageiros.

A ideia do Trem Republicano surgiu em 2005, a partir de um seminário ocorrido no Rio de Janeiro, e dois anos depois foi conquistada a primeira vitória, quando a rodovia Engenheiro Herculano Godoy Passos foi construída deixando uma passagem sob ela para o trem. Sem ela, dificilmente o projeto teria avançado.

O consórcio foi criado oficialmente em 2008, quando as prefeituras conseguiram verba de R$ 4 milhões do Ministério do Turismo para a execução. Em 2010, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) concedeu os trilhos para a execução da ferrovia, ligando as estações ferroviárias das duas cidades.

Uma empresa chegou a construir dois quilômetros de trilhos, mas as obras pararam em 2012 devido ao atraso no repasse da verba federal e a contratada desistiu do projeto.

Em 2014, uma nova licitação foi feita para contratar outra empresa e, no mesmo ano, começaram as reformas das estações.

Uma nova paralisação ocorreu em 2016, com a falta de novos repasses financeiros, e a construção foi retomada em 2018.

Outro problema era obter uma locomotiva para comandar a composição. O consórcio conseguiu, em 2017, liberação do Dnit de uma que estava abandonada ao lado da estação ferroviária de Ribeirão Preto e foi buscá-la.

A maria-fumaça, que já tinha sido colocada numa carreta para deixar a cidade, porém, permaneceu em Ribeirão após uma decisão da Justiça.

Por fim, surgiu a opção de publicar a concorrência para a concessão da ferrovia, que no próximo mês deve virar realidade. Ela se somará a outras rotas já operadas no interior, como a de Campinas a Jaguariúna e o Trem de Guararema.

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Trem entre Salto e Itu terá parceria entre iniciativa privada e associação ferroviária https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/09/25/trem-entre-salto-e-itu-tera-parceria-entre-iniciativa-privada-e-associacao-ferroviaria/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/09/25/trem-entre-salto-e-itu-tera-parceria-entre-iniciativa-privada-e-associacao-ferroviaria/#respond Fri, 25 Sep 2020 10:19:32 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2020/08/WhatsApp-Image-2020-08-04-at-10.50.58-1-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2062 A bordo de um carro de passageiros que faz a rota ferroviária entre Curitiba e Morretes, na serra do mar paranaense, dirigentes da Serra Verde Express e da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária) assinaram um contrato de parceria para a operação do Trem Republicano, no interior de São Paulo.

Quinze anos após o início do projeto do trem entre Salto e Itu, a previsão é que o sistema entre em operação a partir de dezembro. Praticamente todos os trens turísticos e culturais do país retomaram as atividades, depois de cinco meses meses paralisados devido à pandemia do novo coronavírus.

O contrato prevê que a ABPF fará a operação do trem turístico entre as duas cidades paulistas, concorrência que foi vencida pela Serra Verde e cujo contrato foi assinado em agosto.

Uma locomotiva diesel será cedida pela associação e o trem inicialmente será composto por três carros de passageiros –sendo um carro boutique, um turístico e um econômico, que transportarão até 136 passageiros por viagem.

Por meio do acordo, a Serra Verde auxiliará a associação na formatação de pacotes turísticos para circuitos ferroviários, além de dar suporte na comercialização. Além disso, os sócios da ABPF terão desconto de 50% nos passeios de trem operados pela Serra Verde.

“A região tem um grande potencial turístico, está muito próxima do aeroporto de Viracopos e tem tudo para ser um sucesso”, disse Adonai Aires de Arruda, presidente da empresa paranaense, sobre a operação do Trem Republicano. Caberá a ela, conforme o contrato assinado com o consórcio responsável pelo trem, a conservação, manutenção, vigilância, limpeza, fiscalização, jardinagem e controle de passageiros.

“Vai ser muito importante essa parceria pela troca de conhecimentos que haverá e por termos mais um trem em operação no país”, disse Bruno Crivelari Sanches, presidente da ABPF.

Trilhos implantados entre Salto e Itu, para a operação do Trem Republicano (Divulgação)
Trilhos implantados entre Salto e Itu, para a operação do Trem Republicano (Divulgação)

Segundo ele, a associação não tinha interesse em disputar a concorrência, mas a participação no processo da forma como ocorrerá será benéfica para ambos.

A rota entre os dois municípios tem 7,6 quilômetros em cada trecho, percorrido em 45 minutos de viagem.

A ideia do Trem Republicano surgiu em 2005, a partir de um seminário ocorrido no Rio de Janeiro, e dois anos depois foi conquistada a primeira vitória, quando a rodovia Engenheiro Herculano Godoy Passos foi construída deixando uma passagem sob ela para o trem.

Um consórcio foi criado em 2008, quando as prefeituras conseguiram verba de R$ 4 milhões do Ministério do Turismo para a sua execução. Em 2010, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) concedeu os trilhos para a execução de sete quilômetros de ferrovia, ligando as duas estações ferroviárias.

Uma empresa chegou a construir dois quilômetros entre as duas cidades, mas as obras pararam em 2012 devido ao atraso no repasse da verba federal e a contratada desistiu do projeto.

Já em 2014, uma nova licitação foi feita para contratar outra empresa e, no mesmo ano, começaram as reformas das duas estações ferroviárias.

Uma nova paralisação ocorreu em 2016, com a falta de novos repasses financeiros, e a construção foi retomada em 2018. Agora, se não houver nenhum percalço, a temporada de verão será marcada nas duas cidades turísticas pela nova operação ferroviária, que se soma às já existentes no interior, como o Trem de Guararema e a maria-fumaça Campinas-Jaguariúna.

A solução encontrada para o Trem Republicano encerra definitivamente também um imbróglio que se arrastava há anos envolvendo a operação do trem no interior: a falta de locomotiva. Em 2017, o consórcio obteve autorização para retirar de Ribeirão Preto uma maria-fumaça que estava abandonada havia décadas na avenida Mogiana.

Quando uma carreta, com ajuda de guindastes, estacionou para levar a locomotiva embora em dezembro daquele ano, houve mobilização em imediata em Ribeirão e até a PF (Polícia Federal) foi acionada para impedir que a carreta partisse com o trem.

O caminhão foi embora sem ele, mas a maria-fumaça segue exposta ao lado da estação ferroviária da cidade completamente abandonada e com marcas de vandalismo. A autorização para levar a locomotiva para Salto tinha sido dada pelo Dnit, por meio de um termo de transferência.

Outra locomotiva que estava exposta em Ribeirão Preto está sendo revitalizada nas oficinas da ABPF em Campinas, após licitação feita pela administração.

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Com exigência de QR Code para turistas, trem volta à serra do Mar no Paraná https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/08/07/com-exigencia-de-qr-code-para-turistas-trem-volta-a-serra-do-mar-no-parana/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/08/07/com-exigencia-de-qr-code-para-turistas-trem-volta-a-serra-do-mar-no-parana/#respond Fri, 07 Aug 2020 10:50:39 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/Trem-PR-28329-150x150.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=1874 A reabertura de Morretes (PR) para o turismo a partir desta sexta-feira (7) permitirá também a retomada das operações do trem entre Curitiba e a cidade, que serão feitas mediante um cadastro dos passageiros que inclui a criação de um QR Code.

O trem, um dos mais tradicionais passeios ferroviários do país, retomará as atividades a partir deste sábado (8) e percorrerá os trilhos pela primeira vez desde 20 de março, quando suspendeu as operações devido à pandemia do novo coronavírus.

Morretes reabriu a cidade para o turismo somente às sextas, sábados e domingos e, para passar pela barreira sanitária implantada é preciso fazer o cadastramento no site Morretes Destino Certo e gerar um QR Code, que será apresentado à fiscalização.

No cadastro, os turistas deverão especificar data de chegada e saída do município e inserir nome, documento de identidade, e-mail e telefone (os dois últimos são opcionais), além de informar o motivo da viagem.

Em seguida, terá de selecionar os locais que serão visitados e salvar o cadastro, que irá gerar o QR Code para ser apresentado nas barreiras. Os turistas também só poderão entrar na cidade utilizando máscaras e deverão respeitar o distanciamento.

O sistema está sendo utilizado para que a prefeitura controle o fluxo de turistas na cidade, que será limitado e pouco mais de 3.700 pessoas. Morretes tinha até esta quinta-feira (6) 225 casos da Covid-19, com 1 óbito.

O trem, que transporta por ano cerca de 200 mil passageiros, vai operar também com limitações devido à Covid-19, como a redução de 50% da capacidade de público, para garantir o distanciamento de 2 m entre os passageiros (exceto familiares) e também exigirá máscaras de todos. A recomendação da Serra Verde Express, que opera o trecho, é que os passageiros levem de duas a três máscaras extras para trocarem a cada três horas.

Os vagões passarão por desinfecção com um equipamento de névoa seca com nanopartículas e totem de autoatendimento com leitor de temperatura, para não ter necessidade de operador. Passageiros com temperatura acima de 37,5ºC não poderão embarcar.

No trecho entre as duas cidades, só serão usados vagões com janelas que possam ser abertas para que o ar circule. As litorinas, que têm ar condicionado e janelas fechadas, não serão utilizadas.

Curitiba a Morretes (PR)
Duração: quatro horas e 15 minutos
Trecho percorrido: 70 km
Atrações: trecho de mata atlântica e cachoeiras

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País vive na pandemia paralisação total nas operações de trens de passageiros https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/05/05/pais-vive-na-pandemia-paralisacao-total-nas-operacoes-de-trens-de-passageiros/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/05/05/pais-vive-na-pandemia-paralisacao-total-nas-operacoes-de-trens-de-passageiros/#respond Tue, 05 May 2020 17:29:18 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2019/05/1-1-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=1471 Nenhum passageiro foi transportado por trens regulares ou turísticos no país desde março, devido à pandemia do novo coronavírus e as consequentes medidas adotadas para restringir a circulação de pessoas, fenômeno que não ocorreu nessa intensidade nem mesmo durante a Segunda Guerra (1939-1945) ou após a quebra da Bolsa de Nova York (1929), segundo pesquisadores ferroviários e especialistas.

Nem era esperado que fosse muito diferente disso, já que a pandemia dizimou temporariamente a malha aérea, viu empresas de ônibus intermunicipais demitindo e reduziu o fluxo de veículos nas rodovias.

A diferença é que, enquanto há passageiros –poucos, mas há– voando, usando ônibus e carros, eles não têm opção para deslocamentos ferroviários, o que só mostra como o sistema é limitado no país.

Enquanto a aviação transportou 104,4 milhões de passageiros em 2019 no país, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), os trens de passageiros regulares e turísticos não chegaram a 4,5 milhões, a maioria deles em operações turísticas, aos finais de semana.

“Nunca tinha havido interrupção dessa forma, até porque os trens turísticos existem há muito tempo. Quando o trem começou a operar entre Campinas e Jaguariúna [1984], por exemplo, ainda havia muitos trens de passageiros. Parar tudo como agora não tinha ocorrido”, afirmou o pesquisador ferroviário Ralph Mennucci Giesbrecht.

Segundo ele, houve paralisações nas atividades de algumas linhas ferroviárias após a quebra da Bolsa nos EUA, que fez com que fosse reduzida significativamente a compra de café brasileiro, gerando a interrupção em ramais ferroviários no interior paulista.

“Teve [também] uma ou outra paralisação na Segunda Guerra, mas nada que impedisse o transporte de passageiros”, afirmou. À época, o trem era praticamente a única opção viável de transporte.

O país, que tem malha ferroviária basicamente destinada ao transporte de cargas, ainda possui pouco mais de 1.500 quilômetros de trilhos utilizados para o transporte regular de passageiros, que levam, em média, 1,3 milhão de passageiros por ano.

Não estão nesse cálculo trens metropolitanos, como os operados pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), em São Paulo, e SuperVia, no Rio, que seguem funcionando, mas com ocupação reduzida.

Os únicos dois trens de passageiros com operação regular no Brasil são operados pela Vale, o da EFVM (Estrada de Ferro Vitória-Minas) e o da Estrada de Ferro Carajás. O primeiro faz a rota entre Belo Horizonte e Vitória, enquanto o segundo percorre os trilhos entre São Luís e Parauapebas (PA).

A circulação de ambos foi suspensa em 24 de março, como forma de contribuir para as ações de contenção à pandemia da Covid-19, segundo a empresa.

OS TRENS

O trem entre Espírito Santo e Minas Gerais percorre diariamente 664 quilômetros de trilhos, parte às 7h de Cariacica (ES) e chega à capital mineira às 20h10. No sentido contrário, parte de Belo Horizonte às 7h30 e termina a viagem às 20h30.

No trajeto entre os dois estados, percorre margens do rio Doce e passa por trechos de mata atlântica no Espírito Santo e montanhas em Minas. E para em 28 estações no trajeto.

Já o de Carajás parte às 8h (segundas, quintas e sábados) de São Luís e chega a Parauapebas às 23h50. Às terças, sextas e domingos, parte às 6h da cidade paraense e chega às 22h na capital do Maranhão.

O trem foi inaugurado em 1985 e percorre 870 quilômetros de trilhos, passando por 25 povoados e municípios. Não há prazo para que os trens voltem a circular.

“Nunca tivemos isso, o retrocesso que vivemos agora é total. Se o governo assinar a antecipação das renovações das concessões como estão, aí será sepultado o transporte de cargas em geral e o de passageiros por mais 40 anos”, afirmou José Manoel Ferreira Gonçalves, presidente da Ferrofrente (Frente Nacional pela Volta das Ferrovias).

De acordo com ele, os trens regulares não deveriam sofrer interrupção, pois são um meio de transporte, assim como ônibus e aviões.

TURISMO PARADO

Além dos dois trens da Vale, há outros 21 trens turísticos e culturais, que em média transportam por ano 3 milhões de passageiros, segundo a Abottc (Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos e Culturais).

Um dos mais tradicionais passeios turísticos do país, o trem da serra do mar paranaense, que percorre os trilhos entre Curitiba e Morretes, está sem operar desde o dia 20 de março e as bilheterias existentes nas duas cidades estão fechadas.

A Serra Verde Express, empresa que faz a rota ferroviária, não está comercializando bilhetes para o mês de maio e diz ter previsão de retomada das atividades em junho.

Quando retomado, a empresa informou que limitará a ocupação dos vagões, para que haja espaço mínimo de 2 m entre os passageiros, exceto familiares, e só permitirá o embarque com o uso de máscaras, entre outras medidas.

Todos os trens operados pela ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária) no país estão parados, como o Campinas-Jaguariúna. 

“É muito surreal tudo que está ocorrendo, é inédito e muito preocupante. Estamos desde 15 de março sem um centavo de receita e sem saber quando voltaremos”, afirmou o diretor administrativo da ABPF, Helio Gazetta Filho.

Mesmo que a circulação do trem fosse retomada de imediato, o prejuízo já é enorme para as operações no interior paulista, já que as férias de julho –melhor mês do ano para a associação– estarão prejudicadas com a reposição de aulas.

“Os três primeiros meses do ano foram ruins, por causa de chuva. Estávamos até com dificuldades para reservas em abril, de tanta procura, mas aí acontece isso [pandemia].”

Com custo mensal que oscila de R$ 130 mil a R$ 170 mil, a associação lançou campanha para tentar antecipar receita com a venda de bilhetes futuros e pretende criar outras iniciativas.

 A Vale também opera um trem turístico entre as cidades mineiras de Ouro Preto e Mariana, que está suspenso desde 14 de março.

No Rio Grande do Sul, o Trem do Vinho, que percorre 23 quilômetros entre Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa, foi parado em 18 de março.

Já no Rio, o Trem do Corcovado, que é o que mais recebe passageiros entre os trens turísticos no país, está com as operações paralisadas desde 17 de março.

Estação ferroviária Visconde de Parnaíba, desativada em 1968 (Joel Silva/Folhapress)

HISTÓRICO

Apesar de alguns ramais isolados já não operarem mais na década de 40, foram os anos 1950 os responsáveis pelo início do declínio no sistema ferroviário paulista.

Os trens foram suprimidos aos poucos, mas os cancelamentos tiveram forte impacto, em São Paulo, principalmente nas décadas de 1970 e 1980.

Em 1976, num intervalo de apenas três meses, por exemplo, a Fepasa (Ferrovia Paulista S.A.), que nasceu da incorporação pelo estado de cinco companhias ferroviárias cinco anos antes, fechou estações e suprimiu o tráfego de passageiros em ao menos cinco trechos.

São Paulo teve transporte ferroviário de passageiros até o início da década de 2000, mas de forma precária.

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Paraná anuncia trem turístico com 16 km de trilhos entre Morretes e Antonina https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2019/11/05/parana-anuncia-trem-turistico-com-16-km-de-trilhos-entre-morretes-e-antonina/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2019/11/05/parana-anuncia-trem-turistico-com-16-km-de-trilhos-entre-morretes-e-antonina/#respond Tue, 05 Nov 2019 10:07:06 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2019/10/Antonina-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=1237 Fim da linha de uma das principais rotas ferroviárias turísticas do país, Morretes (PR) deverá receber um novo passeio, agora ligando a cidade a Antonina, num trecho de 16 quilômetros no litoral do Paraná.

O anúncio foi feito pelo governo do estado, que fez um acordo com a concessionária Rumo Logística para a revitalização da linha férrea entre as duas cidades.

Quando entrar em operação, o trem será o segundo a ter como destino Morretes, que já é uma das pontas do trem da Serra do Mar paranaense, operado pela Serra Verde Express num trecho de 70 quilômetros entre a cidade e a capital do estado, Curitiba.

O documento que prevê o retorno do trem no trecho foi assinado pelo governador Ratinho Junior (PSD) e pelo presidente da empresa, João Alberto Abreu.

Além das obras para a ligação de 16 quilômetros entre as estações das duas cidades, também foi inaugurada, na última quinta-feira (31), a restauração da estação ferroviária de Antonina, cuja construção data de 1916. A reinauguração contou com exposição de fotos antigas, obras de arte e peças históricas.

A intenção, de acordo com o governo paranaense, é que a estrutura dos trilhos fique pronta ainda neste ano, para a realização de um passeio natalino.

A Rumo pagará a revitalização, que será coordenada pela ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária).

Com o novo trecho, será possível se deslocar de Curitiba a Antonina por trens, com necessidade de troca de composição em Morretes –já que os trechos serão operados por empresas diferentes.

A viagem entre Curitiba e Morretes dura cerca de quatro horas e 15 minutos, em meio a cachoeiras e trechos de mata atlântica, com preços a partir de R$ 169.

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