Sobre Trilhos https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br Viaje ao passado, conheça o presente e imagine o futuro das ferrovias Mon, 06 Dec 2021 06:15:10 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Quer ser maquinista? CPTM abre pela 1ª vez vagas para curso de formação na área https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/11/24/quer-ser-maquinista-cptm-abre-pela-1a-vez-vagas-para-curso-de-formacao-na-area/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/11/24/quer-ser-maquinista-cptm-abre-pela-1a-vez-vagas-para-curso-de-formacao-na-area/#respond Wed, 24 Nov 2021 07:55:01 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/WhatsApp-Image-2021-11-23-at-22.20.18-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=3158 Para quem é jovem e tem como objetivo profissional atuar no setor metroferroviário, uma opção para ingresso na carreira está aberta pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que oferecerá pela primeira vez vagas para o curso de formação de maquinistas.

A companhia, criada em 1992, opera 273 quilômetros de linhas férreas, com 96 estações operacionais, que se localizam em 23 cidades.

Serão oferecidas 34 vagas para o curso de formação em simuladores de operação de trens, que terá visitas técnicas e aulas complementares nas áreas de operação e manutenção da CPTM, segundo a companhia.

As inscrições ficarão abertas entre esta quarta-feira (24) e a próxima terça (30), e podem participar candidatos que tenham 18 anos completos na data de início do curso e, no máximo, 24 anos antes da conclusão, desde que tenham terminado o ensino médio.

O curso de aluno aprendiz tem duração de um ano e é oferecido pela CPTM em parceria com o Senai.

Além das vagas no curso de maquinista, estão abertas outras 66 vagas para o curso de técnico em manutenção de sistemas metroferroviários, este com duração de dois anos.

Se o processo seletivo seguir o último promovido pela CPTM, a disputa será grande. No começo deste ano, foram ofertadas 42 vagas para o curso de assistente-administrativo, que foram disputadas por 10 mil pessoas.

Segundo a CPTM, os aprendizes receberão nos primeiros 12 meses uma bolsa de estudos correspondente a um salário mínimo (R$ 1.100), valor que sobe 50% para o segundo ano (o equivalente atualmente a R$ 1.650), além de planos de saúde e odontológico, vale-alimentação, vale-transporte e vale-refeição.

As inscrições, sem custo, devem ser feitas no site Leopoldina Senai.

Neste ano, a CPTM já realizou três leilões de materiais ferroviários que não servem mais para ela, como trilhos, dormentes e sucatas, que amealharam R$ 26,6 milhões.

O primeiro, em fevereiro, foi o mais rentável até aqui, com R$ 11,6 milhões, enquanto o segundo, em julho, arrecadou R$ 7,1 milhões. No último, em outubro, o total chegou a R$ 7,9 milhões.

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Em três leilões de trilhos e dormentes no ano, CPTM arrecada R$ 26,6 milhões https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/10/29/em-terceiro-leilao-de-trilhos-e-dormentes-no-ano-cptm-arrecada-r-79-mi/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/10/29/em-terceiro-leilao-de-trilhos-e-dormentes-no-ano-cptm-arrecada-r-79-mi/#respond Fri, 29 Oct 2021 10:13:08 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/07/WhatsApp-Image-2021-07-05-at-04.20.08-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=3074 A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) arrecadou R$ 7,9 milhões em seu terceiro leilão realizado neste ano de materiais ferroviários que não servem mais para ela. Entre os itens vendidos estavam trilhos, dormentes e sucatas.

Com isso, já foram arrecadados pela empresa em 2021 R$ 26,6 milhões. No primeiro leilão, em fevereiro, o montante chegou a R$ 11,6 milhões, enquanto no segundo, em julho, a arrecadação alcançou R$ 7,1 milhões.

Não havia lotes com carros de passageiros à venda, como já ocorreu no leilão de novembro do ano passado, com vagões comercializados por preços iniciais de R$ 40.550.

Dos 101 lotes disponíveis agora, 90 foram arrematados no certame, que superou em 10% os R$ 7,2 milhões previstos inicialmente. O leilão foi realizado no último dia 15.

A maior procura dos compradores foi por trilhos ferroviários, que renderam R$ 3 milhões, 38% do total arrecadado e que teve ágio de 5% em relação ao valor inicial. No último leilão, em julho, já tinha sido responsável pela maior fatia, com R$ 4 milhões, ou 56% do total.

A expectativa é que eles sejam reciclados para uso na produção de novos trilhos ou mesmo reaproveitados por outros operadores ferroviários.

Já sucatas de metal renderam R$ 2,4 milhões (18% de ágio), enquanto dormentes de madeira foram responsáveis por R$ 1,2 milhão. Os dormentes são usados principalmente pela indústria de móveis rústicos.

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Expresso Vale das Frutas inicia operações entre 3 cidades do interior de São Paulo https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/09/23/expresso-vale-das-frutas-inicia-operacoes-entre-3-cidades-do-interior-de-sao-paulo/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/09/23/expresso-vale-das-frutas-inicia-operacoes-entre-3-cidades-do-interior-de-sao-paulo/#respond Thu, 23 Sep 2021 16:41:02 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/WhatsApp-Image-2021-09-08-at-10.19.37-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2945 Um novo trem entrará em operação nesta sexta-feira (24) no interior paulista, ligando três cidades que no passado foram atendidas pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro e que há mais de duas décadas não têm transporte de passageiros por seus trilhos.

O Expresso Vale das Frutas ligará Louveira a Valinhos, passando por Vinhedo, num projeto que inicialmente terá duração até o próximo dia 12 de outubro, mas que já tem sido responsável pela movimentação turística e de adeptos da preservação da memória ferroviária.

O roteiro passará por antigas instalações ferroviárias, estações desativadas e imóveis que remontam ao Brasil Império, em trecho que atualmente é administrado pela MRS Logística.

A experiência do projeto Natal nos Trilhos-Expresso Paulista, desenvolvida em 2018 e 2019, fez nascer a proposta do Expresso Vale das Frutas, que ganhou carros de passageiros para poder abrigar os turistas interessados na rota.

Serão utilizadas locomotivas e carros históricos, como a GE 9380, que pertencia à empresa Fiagril e foi comprada pela ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária) em leilão por cerca de R$ 150 mil em 2019. Restaurada em parceria com uma concessionária, foi colocada de volta aos trilhos.

Além da ABPF, a concessionária Rumo é realizadora do projeto, que tem apoio da MRS e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

“O legal é que será um desfile de carros antigos, da Paulista, Estrada de Ferro Araraquara, Rede Ferroviária Federal, uma bela salada de frutas para quem gosta de ver acervo ferroviário. E circulando nos trilhos da Paulista, para lembrar um pouco da história”, disse o presidente da ABPF, Bruno Crivelari Sanches.

A composição terá duas locomotivas a diesel e seis carros de passageiros. Outros exemplares raros são a locomotiva GE C30-7A, única do tipo que está preservada no país, e o carro de passageiros Budd/Mafersa 800, que foi transformado em salão-bar pela extinta Fepasa (Ferrovias Paulista S.A.).

Ele se soma, ainda que temporariamente, a outros roteiros existentes em São Paulo, como a Maria-Fumaça Campinas-Jaguariúna, o Trem de Guararema e o Trem Republicano -este inaugurado no ano passado.

Os passageiros poderão embarcar em qualquer uma das estações das três localidades paulistas.

O Vale das Frutas Convention & Visitors Bureau, idealizador do projeto, fez uma série de podcasts explicando a rota turística e como será a operação dos trens.

Nos episódios, destacou o uso de carros restaurados em várias oficinas da ABPF, compondo um “museu ambulante”, que o valor do ingresso tem como objetivo contribuir com a preservação ferroviária e que entidades assistenciais dos três municípios levarão pessoas assistidas por elas para visitar a rota.

Os ingressos custarão entre R$ 65,40 e R$ 98,10, dependendo do percurso escolhido. A rota entre Louveira e Vinhedo é percorrida em meia hora. De Louveira a Valinhos, a duração é de uma hora e dez minutos.

Em Louveira, a centenária estação ferroviária local, erguida em 1915 e que se localiza no centro da cidade, foi restaurada e atualmente é o centro de informações turísticas do município.

A Prefeitura de Louveira fará outras atividades na estação ferroviária durante a temporada do trem, com o objetivo de impulsionar o turismo local, com praça de alimentação e atrações culturais.

Segundo os organizadores, o trem contará com normas sanitárias devido à pandemia, como ocupação máxima de 75% da capacidade dos carros, distanciamento entre os viajantes (exceto os da mesma família), uso obrigatório de máscaras e higienização das áreas comuns a cada trecho percorrido.

Expresso Vale das Frutas
Duração: 30 minutos (trecho) ou uma hora e dez minutos (percurso inteiro)
Trecho percorrido: Louveira a Valinhos, passando por Vinhedo
Preços: de R$ 65,40 a R$ 98,10 (conforme o trecho)
Atrações: estações desativadas e imóveis que remontam ao Brasil Império

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Documentário britânico mostra impacto histórico da São Paulo Railway no país https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/07/19/documentario-britanico-mostra-impacto-historico-da-sao-paulo-railway-no-pais/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/07/19/documentario-britanico-mostra-impacto-historico-da-sao-paulo-railway-no-pais/#respond Mon, 19 Jul 2021 22:59:56 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2022/07/WhatsApp-Image-2021-07-14-at-00.55.28-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2903 O impacto provocado pelos investimentos ingleses nas ferrovias brasileiras, especialmente a SPR (São Paulo Railway) é tema de um minidocumentário produzido pelo governo britânico que será lançado nesta terça-feira (20).

Intitulado “A Influência Britânica no Desenvolvimento do Setor Ferroviário Brasileiro”, o vídeo, de cerca de 17 minutos, conta como os investimentos feitos pelo Reino Unido foram importantes para o desenvolvimento da SPR –inaugurada em 1867– e, a partir dela, de outras ferrovias que surgiram em São Paulo na segunda metade do século 19.

Com entrevistas com pesquisadores brasileiros e membros do governo britânico, o documentário, visto pelo blog com exclusividade, tem como ponto de partida a estação da Luz, apontada como uma ótima representação da parceria entre o Reino Unido e o Brasil, e destaca duas das histórias mais emblemáticas das ferrovias no país: as obras de engenharia para que os trens rompessem a serra do Mar mais de 150 anos atrás e a vila de Paranapiacaba.

Entre os nomes entrevistados estão o arquiteto e pesquisador Antonio Soukef Júnior, o diretor do governo britânico para comércio e investimento no Brasil, Martin Whalley, Eric Lamarca, diretor de gestão de Paranapiacaba, e Paulo Monteiro Espanha, pesquisador da Secretaria de Turismo de Santos.

A narrativa mostra como o monopólio dos 139 quilômetros de trilhos sob concessão da SPR entre Santos e Jundiaí fizeram com que, durante todo o período da concessão, de 90 anos, ela fosse a mais bem sucedida companhia ferroviária em atuação no país.

Até o fim da concessão, em 1946, ela permaneceu como empresa britânica e, depois, foi administrada pelo governo federal (ferrovia Santos-Jundiaí).

A importância do capital estrangeiro, sobretudo inglês, no desenvolvimento das ferrovias brasileiras já foi apontado por outras obras, como no livro “Trilhos do Desenvolvimento: Ferrovias no Crescimento Econômico Brasileiro 1854-1913”, do brasilianista William Summerhill, professor na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e pesquisador de história econômica brasileira.

Os investimentos ferroviários foram o que de mais importante aconteceu no Brasil na segunda metade do século 19 e tiveram papel primordial para o crescimento econômico do país.

Além da SPR, com capital inglês se desenvolveram companhias ferroviárias como a Paulista, que buscou empréstimo em Londres para pagar a implantação do ramal ferroviário até Mogi Guaçu, isso para ficar em apenas um exemplo.

No fim do documentário, membros do governo britânico falam em fortalecer a parceria com o Brasil para o desenvolvimento futuro das ferrovias.

O vídeo estreará às 9h desta terça-feira (20), aqui. O trailer está disponível abaixo.

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CPTM prevê arrecadar R$ 5 mi com leilão de trilhos, dormentes e rodas ferroviárias https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/07/08/cptm-preve-arrecadar-r-5-mi-com-leilao-de-trilhos-dormentes-e-rodas-ferroviarias/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/07/08/cptm-preve-arrecadar-r-5-mi-com-leilao-de-trilhos-dormentes-e-rodas-ferroviarias/#respond Thu, 08 Jul 2021 10:50:17 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/07/WhatsApp-Image-2021-07-05-at-04.20.08-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2870 A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) fará um leilão de componentes ferroviários inservíveis na próxima semana em que pretende arrecadar pelo menos R$ 5 milhões.

Serão leiloados trilhos, dormentes, rodas ferroviárias e sucata de cobre, entre outros materiais ferroviários que não servem mais para a empresa. Diferentemente de um leilão realizado no fim de 2020, agora não haverá lotes com carros de passageiros à venda.

O leilão está marcado para as 10h do próximo dia 16 e, de acordo com a CPTM, deve atrair interesse principalmente de siderúrgicas (para reciclar o ferro) e fábricas de móveis rústicos (dormentes). São, ao todo, 80 lotes.

Por meio da assessoria de comunicação da companhia,  o gerente de logística, Leandro Capergiani Moreira, disse que leilões do tipo são importantes para a recuperação de parte do investimento na compra dos materiais e no “benefício ambiental da reutilização”.

O leilão da próxima semana será o segundo deste ano. No primeiro, em fevereiro, foram arrecadados R$ 11,6 milhões, 16% a mais que a previsão, de R$ 10 milhões.

Se agora a previsão mínima for alcançada, o montante arrecadado neste ano já será equivalente ao valor obtido em três leilões no ano passado, que renderam R$ 16,7 milhões.

Além dos leilões de sucata, a CPTM vendeu em 2020 cinco carros de passageiros por R$ 268 mil, no total. Até 2019, eles foram utilizados na linha 7-rubi (Brás-Jundiaí).

Cada um dos carros, fabricados nos anos 80 e que tinham lance inicial de R$ 40,5 mil, custou R$ 53,6 mil ao arrematador, 32,3% mais.

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Após resgate histórico, locomotivas terão plano de restauro; veja como foi a viagem https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/09/20/apos-resgate-historico-locomotivas-terao-plano-de-restauro-veja-como-foi-a-viagem/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/09/20/apos-resgate-historico-locomotivas-terao-plano-de-restauro-veja-como-foi-a-viagem/#respond Sun, 20 Sep 2020 11:55:16 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2020/09/3-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2044 Última quarta-feira (16). Depois de uma jornada iniciada entre a noite de sábado (12) e a madrugada do dia seguinte no pátio da Luz, na capital, uma composição levando três antigas locomotivas chegou a Cruzeiro (a 219 km de São Paulo), onde serão preservadas.

A epopeia é vista por integrantes de movimentos de preservação como um dos maiores feitos já registrados no setor no país, por salvar de uma só vez três locomotivas e por elas terem sido transferidas para o local em que serão restauradas pelos próprios trilhos.

As máquinas, fabricadas entre as décadas de 40 e 50, estavam abrigadas no depósito da Luz desde 2008. Duas delas foram produzidas pela General Electric e utilizadas inicialmente pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro, uma das ferrovias que originaram a Fepasa (Ferrovia Paulista S.A.), em 1971. Elas ficaram nos trilhos até 1998.

A outra é uma máquina inglesa, que permaneceu nos trilhos até 1996, fabricada pela English Electric e que foi usada inicialmente pela antiga EFSJ (Estrada de Ferro Santos-Jundiaí).

A viagem teve início pouco depois da 0h de domingo (13), quando as locomotivas partiram, rebocadas, do pátio da Luz. A passagem pela icônica estação paulistana foi registrada por membros de associações de preservação em lives e fotos. Foi uma etapa curta, a menor delas, até o pátio de Manoel Feio, em Itaquaquecetuba.

O trabalho foi retomado na segunda-feira (14), às 8h, quando deixaram o pátio para seguir até São José dos Campos. Na terça (15), foi a vez de viajar, no mesmo horário, da maior cidade do Vale do Paraíba até Roseira, no maior trecho da viagem (73 quilômetros).

A última etapa foi registrada no dia seguinte, entre Roseira e Cruzeiro, onde elas permanecerão para restauro.

E o que vai acontecer com essas locomotivas a partir de agora? Sob responsabilidade da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), elas serão alvo de um projeto de restauro, que será enviado aos órgãos patrimoniais para ser aprovado e, em seguida, executado, segundo Bruno Crivelari Sanches, presidente da associação.

“Vai ser uma reforma estética, pois o custo e as limitações para colocá-las em operação são inviáveis”, afirmou.

A ABPF está restaurando uma locomotiva a vapor após vencer licitação aberta em Ribeirão Preto pela prefeitura. O custo é de R$ 749 mil.

Segundo Sanches, só da ABPF estiveram envolvidas na operação cerca de 20 pessoas diretamente, além de equipes da concessionária MRS, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).

A viagem foi marcada por baixa velocidade da composição –no máximo 30 quilômetros por hora– e paradas para inspeção em todos os pátios. Para voltarem aos trilhos após mais de uma década estacionadas, elas passaram por revisão e lubrificação.

As locomotivas ficarão sob responsabilidade da regional Sul de Minas da ABPF, que opera os trens da Serra da Mantiqueira (Passa Quatro-MG), das Águas (São Lourenço-Soledade de Minas) e de Guararema (Guararema-distrito de Luís Carlos), que retomaram as atividades depois de cinco meses de paralisação devido à pandemia do novo coronavírus.

Além das três locomotivas já transferidas, outras três nas mesmas condições serão levadas posteriormente à ABPF e ao IMF (Instituto de Memória Ferroviária), com sede em Rio Claro, também no interior paulista.

Uma delas será levada para a unidade da ABPF na própria capital, para preservação no pátio da Mooca, e outras duas serão rebocadas para Rio Claro.

Em Cruzeiro, os trens farão parte de um acervo com 10 locomotivas elétricas e 8 a vapor, além de 14 carros de passageiros. Do total, duas pequenas locomotivas usadas para serviços de manobra e no pátio estão operacionais. Há uma outra passando por restauro.

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Após 20 anos, três locomotivas iniciam viagem pelos trilhos rumo à preservação https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/09/12/apos-20-anos-tres-locomotivas-iniciam-viagem-pelos-trilhos-rumo-a-preservacao/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/09/12/apos-20-anos-tres-locomotivas-iniciam-viagem-pelos-trilhos-rumo-a-preservacao/#respond Sat, 12 Sep 2020 22:13:51 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2020/09/WhatsApp-Image-2020-09-11-at-15.38.14-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2029 Depois de mais de 20 anos guardadas no depósito da Luz, em São Paulo, três locomotivas elétricas voltarão aos trilhos neste domingo (13) numa viagem rumo à preservação, em Cruzeiro.

A transferência das locomotivas à cidade do interior, distante 219 quilômetros da capital, será concluída em quatro etapas, cada uma delas percorrida em um dia.

O início da viagem será à 0h30 deste domingo, quando deixarão a Luz, rebocadas, e irão até o pátio de Manoel Feio, em Itaquaquecetuba.

Na segunda-feira (14), as locomotivas iniciarão às 8h a jornada até São José dos Campos. No mesmo horário, no dia seguinte, partirão da cidade rumo a Roseira, no maior trecho da viagem (73 quilômetros).

A transferência das locomotivas será concluída na quarta-feira (16). Elas sairão às 8h de Roseira rumo ao pátio de Cruzeiro, onde ficarão sob a guarda da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária).

A estimativa, segundo o presidente da ABPF, Bruno Crivelari Sanches, é a de que o último trecho da viagem seja percorrido em ao menos cinco horas, por questões de segurança.

A velocidade máxima na viagem será de 30 quilômetros por hora na via principal, mas em pátios e em alguns trechos será inferior a 10 quilômetros por hora.

Isso acontecerá devido às restrições dos trens, que vão parar em todos os pátios para inspeção.

As máquinas, fabricadas entre as décadas de 40 e 50, estavam abrigadas no depósito da Luz desde 2008. Duas delas foram fabricadas pela General Electric e usadas inicialmente pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro, uma das ferrovias que originaram a Fepasa (Ferrovia Paulista S.A.), em 1971. Ficaram nos trilhos até 1998.

A outra é uma inglesa, produzida pela English Electric e que foi utilizada inicialmente pela antiga EFSJ (Estrada de Ferro Santos-Jundiaí) e permaneceu nos trilhos até 1996.

A operação envolve a concessionária do trecho ferroviário, MRS Logística, e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

As três locomotivas foram inspecionadas, lubrificadas e tiveram os sistemas limpos para que pudessem ser rebocadas por outras máquinas até o destino.

Além das três, outras três locomotivas nas mesmas condições serão transferidas posteriormente à ABPF e ao IMF (Instituto de Memória Ferroviária), com sede em Rio Claro, também no interior paulista.

Uma delas será levada para a unidade da ABPF na própria capital, para preservação no pátio da Mooca, e outras duas serão rebocadas para Rio Claro.

Em Cruzeiro, os trens farão parte de um acervo com 10 locomotivas elétricas e 8 a vapor, além de 14 carros de passageiros. Do total, duas pequenas locomotivas usadas para serviços de manobra e no pátio estão operacionais. Há uma outra passando por restauro.

A cidade faz parte da regional Sul de Minas da associação, que inclui o Trem de Guararema e o Trem da Serra da Mantiqueira, que já voltaram aos trilhos depois de cinco meses parados por conta da pandemia do novo coronavírus.

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Há 20 anos, acidente envolvendo 2 trens em SP deixou 9 mortos e 115 feridos https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/07/28/ha-20-anos-acidente-envolvendo-2-trens-em-sp-deixou-9-mortos-e-115-feridos/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/07/28/ha-20-anos-acidente-envolvendo-2-trens-em-sp-deixou-9-mortos-e-115-feridos/#respond Wed, 29 Jul 2020 01:40:23 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2020/07/accdd2eb122aec98af9a2cb7c7153f3035e24900fea20563ce4fedb175d66d7a_5ad898598252b-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=1838 Há exatos 20 anos, na noite de 28 de julho de 2000, um acidente envolvendo dois trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) deixou 9 mortos e 115 feridos na capital, em um dos mais trágicos acidentes envolvendo composições ferroviárias no país.

Naquele dia, dois trens se chocaram violentamente na estação de Perus, na então linha A (Brás-Francisco Morato). Uma queda de energia elétrica no sistema entre as estações Jaraguá e Perus, provocada por falha na rede elétrica da companhia, foi apontada como responsável pelo acidente entre as duas composições.

Houve uma falha no sistema de energia das 19h35 às 19h40 e o trem que iria para Francisco Morato parou no meio da linha, num trecho de descida. Uma hora e meia depois, só com os condutores, ele começou a andar devido a uma falha no sistema de freio. Percorreu cinco quilômetros até se chocar com o trem que estava parado em Perus para que passageiros descessem.

O acidente mobilizou dezenas de equipes de resgate, que em duas horas tinham removido todos os feridos para hospitais da região.

Um laudo do IC (Instituto de Criminalística), divulgado pouco mais de dois meses após o acidente, responsabilizou a CPTM pela tragédia. “Houve falha no gerenciamento operacional para neutralização da possibilidade da movimentação da composição”, dizia trecho do laudo.

Em 2012, a CPTM foi condenada em primeira instância a pagar indenização para as vítimas do acidente em Perus.

O acidente na capital não foi o pior em número de mortos ou feridos na história ferroviária brasileira, já que em 1987 um acidente envolvendo dois trens matou 58 pessoas e deixou outras 140 feridas.

Outro desastre, em 1969, foi emblemático pela forma como aconteceu. Em 21 de março daquele ano, dois trens se chocaram no trecho da EFSJ (Estrada de Ferro Santos-Jundiaí), a antiga São Paulo Railway, entre as estações Perus e Caieiras, provocando as mortes de ao menos 21 pessoas e deixando outras 300 feridas.

O acidente aconteceu minutos após uma composição elétrica partir da estação Caieiras com seis vagões lotados de passageiros. Pouco mais de três quilômetros depois da saída, o trem bateu de frente com uma locomotiva diesel numa curva.

O impacto foi tão forte, conforme relato da Folha à época, que a locomotiva a diesel entrou no primeiro vagão do trem de passageiros “como um abridor de latas”. O segundo vagão tombou e os quatro de trás sofreram abalos.

Imagens do acidente ferroviário que deixou 21 mortos em Perus, em 1969 (Reprodução)

A lista de acidentes em ferrovias brasileiras, aliás, é extensa, especialmente no período em que as composições de passageiros ainda existiam. Abaixo, alguns dos mais graves:

Outubro de 1958
14 mortos e dezenas de feridos (próximo à estação da Lapa)

Março de 1959
50 mortos e mais de cem feridos (estação Engenheiro Goulart)

Março de 1968
16 mortos e 35 feridos (trem da Central do Brasil bate em um ônibus no Tatuapé)

Janeiro de 1968
7 mortos e 70 feridos (batida de um trem de carga com trem de passageiros num túnel na serra do Mar)

Março de 1969
21 mortos e 300 feridos (entre Perus e Caieiras)

Junho de 1972
24 mortos e 66 feridos (um trem foi atingido por outra composição que ia no mesmo sentido)

Fevereiro de 1987
O pior em número de mortos: 58, com 140 feridos (dois trens da CBTU colidem a 300 m da estação de Itaquera)

Abril de 1987
231 feridos (colisão entre dois trens de subúrbio da CBTU, a 2 km da estação Perus)

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País vive na pandemia paralisação total nas operações de trens de passageiros https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/05/05/pais-vive-na-pandemia-paralisacao-total-nas-operacoes-de-trens-de-passageiros/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/05/05/pais-vive-na-pandemia-paralisacao-total-nas-operacoes-de-trens-de-passageiros/#respond Tue, 05 May 2020 17:29:18 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2019/05/1-1-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=1471 Nenhum passageiro foi transportado por trens regulares ou turísticos no país desde março, devido à pandemia do novo coronavírus e as consequentes medidas adotadas para restringir a circulação de pessoas, fenômeno que não ocorreu nessa intensidade nem mesmo durante a Segunda Guerra (1939-1945) ou após a quebra da Bolsa de Nova York (1929), segundo pesquisadores ferroviários e especialistas.

Nem era esperado que fosse muito diferente disso, já que a pandemia dizimou temporariamente a malha aérea, viu empresas de ônibus intermunicipais demitindo e reduziu o fluxo de veículos nas rodovias.

A diferença é que, enquanto há passageiros –poucos, mas há– voando, usando ônibus e carros, eles não têm opção para deslocamentos ferroviários, o que só mostra como o sistema é limitado no país.

Enquanto a aviação transportou 104,4 milhões de passageiros em 2019 no país, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), os trens de passageiros regulares e turísticos não chegaram a 4,5 milhões, a maioria deles em operações turísticas, aos finais de semana.

“Nunca tinha havido interrupção dessa forma, até porque os trens turísticos existem há muito tempo. Quando o trem começou a operar entre Campinas e Jaguariúna [1984], por exemplo, ainda havia muitos trens de passageiros. Parar tudo como agora não tinha ocorrido”, afirmou o pesquisador ferroviário Ralph Mennucci Giesbrecht.

Segundo ele, houve paralisações nas atividades de algumas linhas ferroviárias após a quebra da Bolsa nos EUA, que fez com que fosse reduzida significativamente a compra de café brasileiro, gerando a interrupção em ramais ferroviários no interior paulista.

“Teve [também] uma ou outra paralisação na Segunda Guerra, mas nada que impedisse o transporte de passageiros”, afirmou. À época, o trem era praticamente a única opção viável de transporte.

O país, que tem malha ferroviária basicamente destinada ao transporte de cargas, ainda possui pouco mais de 1.500 quilômetros de trilhos utilizados para o transporte regular de passageiros, que levam, em média, 1,3 milhão de passageiros por ano.

Não estão nesse cálculo trens metropolitanos, como os operados pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), em São Paulo, e SuperVia, no Rio, que seguem funcionando, mas com ocupação reduzida.

Os únicos dois trens de passageiros com operação regular no Brasil são operados pela Vale, o da EFVM (Estrada de Ferro Vitória-Minas) e o da Estrada de Ferro Carajás. O primeiro faz a rota entre Belo Horizonte e Vitória, enquanto o segundo percorre os trilhos entre São Luís e Parauapebas (PA).

A circulação de ambos foi suspensa em 24 de março, como forma de contribuir para as ações de contenção à pandemia da Covid-19, segundo a empresa.

OS TRENS

O trem entre Espírito Santo e Minas Gerais percorre diariamente 664 quilômetros de trilhos, parte às 7h de Cariacica (ES) e chega à capital mineira às 20h10. No sentido contrário, parte de Belo Horizonte às 7h30 e termina a viagem às 20h30.

No trajeto entre os dois estados, percorre margens do rio Doce e passa por trechos de mata atlântica no Espírito Santo e montanhas em Minas. E para em 28 estações no trajeto.

Já o de Carajás parte às 8h (segundas, quintas e sábados) de São Luís e chega a Parauapebas às 23h50. Às terças, sextas e domingos, parte às 6h da cidade paraense e chega às 22h na capital do Maranhão.

O trem foi inaugurado em 1985 e percorre 870 quilômetros de trilhos, passando por 25 povoados e municípios. Não há prazo para que os trens voltem a circular.

“Nunca tivemos isso, o retrocesso que vivemos agora é total. Se o governo assinar a antecipação das renovações das concessões como estão, aí será sepultado o transporte de cargas em geral e o de passageiros por mais 40 anos”, afirmou José Manoel Ferreira Gonçalves, presidente da Ferrofrente (Frente Nacional pela Volta das Ferrovias).

De acordo com ele, os trens regulares não deveriam sofrer interrupção, pois são um meio de transporte, assim como ônibus e aviões.

TURISMO PARADO

Além dos dois trens da Vale, há outros 21 trens turísticos e culturais, que em média transportam por ano 3 milhões de passageiros, segundo a Abottc (Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos e Culturais).

Um dos mais tradicionais passeios turísticos do país, o trem da serra do mar paranaense, que percorre os trilhos entre Curitiba e Morretes, está sem operar desde o dia 20 de março e as bilheterias existentes nas duas cidades estão fechadas.

A Serra Verde Express, empresa que faz a rota ferroviária, não está comercializando bilhetes para o mês de maio e diz ter previsão de retomada das atividades em junho.

Quando retomado, a empresa informou que limitará a ocupação dos vagões, para que haja espaço mínimo de 2 m entre os passageiros, exceto familiares, e só permitirá o embarque com o uso de máscaras, entre outras medidas.

Todos os trens operados pela ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária) no país estão parados, como o Campinas-Jaguariúna. 

“É muito surreal tudo que está ocorrendo, é inédito e muito preocupante. Estamos desde 15 de março sem um centavo de receita e sem saber quando voltaremos”, afirmou o diretor administrativo da ABPF, Helio Gazetta Filho.

Mesmo que a circulação do trem fosse retomada de imediato, o prejuízo já é enorme para as operações no interior paulista, já que as férias de julho –melhor mês do ano para a associação– estarão prejudicadas com a reposição de aulas.

“Os três primeiros meses do ano foram ruins, por causa de chuva. Estávamos até com dificuldades para reservas em abril, de tanta procura, mas aí acontece isso [pandemia].”

Com custo mensal que oscila de R$ 130 mil a R$ 170 mil, a associação lançou campanha para tentar antecipar receita com a venda de bilhetes futuros e pretende criar outras iniciativas.

 A Vale também opera um trem turístico entre as cidades mineiras de Ouro Preto e Mariana, que está suspenso desde 14 de março.

No Rio Grande do Sul, o Trem do Vinho, que percorre 23 quilômetros entre Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa, foi parado em 18 de março.

Já no Rio, o Trem do Corcovado, que é o que mais recebe passageiros entre os trens turísticos no país, está com as operações paralisadas desde 17 de março.

Estação ferroviária Visconde de Parnaíba, desativada em 1968 (Joel Silva/Folhapress)

HISTÓRICO

Apesar de alguns ramais isolados já não operarem mais na década de 40, foram os anos 1950 os responsáveis pelo início do declínio no sistema ferroviário paulista.

Os trens foram suprimidos aos poucos, mas os cancelamentos tiveram forte impacto, em São Paulo, principalmente nas décadas de 1970 e 1980.

Em 1976, num intervalo de apenas três meses, por exemplo, a Fepasa (Ferrovia Paulista S.A.), que nasceu da incorporação pelo estado de cinco companhias ferroviárias cinco anos antes, fechou estações e suprimiu o tráfego de passageiros em ao menos cinco trechos.

São Paulo teve transporte ferroviário de passageiros até o início da década de 2000, mas de forma precária.

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Trens turísticos são suspensos em São Paulo devido ao avanço do coronavírus https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/03/20/trens-turisticos-sao-suspensos-em-sao-paulo-devido-ao-avanco-do-coronavirus/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/03/20/trens-turisticos-sao-suspensos-em-sao-paulo-devido-ao-avanco-do-coronavirus/#respond Fri, 20 Mar 2020 10:01:05 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2020/03/Divulgação1.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=1419 A operação de trens turísticos em São Paulo foi suspensa a partir deste final de semana devido ao avanço do novo coronavírus.

Três rotas oferecidas semanalmente aos turistas deixarão de percorrer os trilhos. Nesta sexta-feira (20), a EFCJ (Estrada de Ferro Campos do Jordão), inaugurada em 1914, suspenderá as operações de todos os seus serviços turísticos por tempo indeterminado.

Foram cancelados atrativos em Pindamonhangaba e Campo do Jordão. Em Pindamonhangaba, deixarão de operar o Trem Turístico Piracuama e parque Reino das Águas Claras, enquanto em Campos foram suspensos o Bonde Turístico, o Bonde Turístico Urbano, a Maria-Fumaça e o Centro de Memória Ferroviária.

Apenas será mantido o funcionamento do Trem de Subúrbio, transporte público em Pindamonhangaba.

Estação Tanquinho, entre Campinas e Jaguariúna, em rota ferroviária suspensa (Marcelo Toledo/Folhapress)

Já em Campinas, a ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária) suspendeu as operações da maria-fumaça que percorre aos finais de semana os 24 quilômetros de trilhos existentes entre as estações Anhumas e Jaguariúna.

Diretor administrativo da associação, Helio Gazetta Filho disse que os passeios deixarão de ser oferecidos para seguir as determinações das autoridades sanitárias e evitar a disseminação do coronavírus.

“Esperamos que isso passe o mais rápido possível, pois a única renda da ABPF é vinda do seus visitantes. [A pandemia] Vai atrasar nossos planos, metas e teremos momentos difíceis para arcar com todas as despesas neste período”, afirmou.

Em São Paulo, devido ao decreto de estado de emergência, foram canceladas as operações do Expresso Turístico, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), desde o último domingo (15).

Nos três casos, a suspensão das viagens é por tempo indeterminado e turistas que compraram passagens antes de o serviço ter sido suspenso poderão optar pelo reembolso ou remarcação dos passeios quando eles forem retomados.

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