Ação simula atendimento de emergência num acidente de trem no Vale do Paraíba
Acidentes envolvendo trens, quando acontecem, normalmente deixam vítimas. Nos últimos 60 anos, oito grandes acidentes deixaram ao menos 190 mortos e cerca de mil feridos no país.
Na última semana, uma simulação de atendimento emergencial foi realizada na EFCJ (Estrada de Ferro Campos do Jordão, entre Santo Antônio do Pinhal e Pindamonhangaba, às margens da rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro, numa região que já registrou acidente nesta década.
A ação envolveu funcionários da estrada de ferro e órgãos como a Defesa Civil estadual, Cruz Vermelha, Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e o Corpo de Bombeiros, com o objetivo de treinar as equipes da região do Vale do Paraíba para ações de salvamento e resgate.
Foi simulado o resgate de vítimas de um descarrilamento de trem para integrar e treinar as equipes. Em 2012, um acidente na região matou três pessoas e deixou 41 feridas, no trem turístico entre Pindamonhangaba e Campos do Jordão.
A partir do simulado, será criado um plano de contingência preventivo para atuar em caso de necessidade.
Já mostrei aqui uma série de acidentes envolvendo trens no país. Um deles, em 1969, marcou a história das tragédias envolvendo composições pela forma como aconteceu.
Em 21 de março daquele ano, dois trens se chocaram no trecho da EFSJ (Estrada de Ferro Santos-Jundiaí), a antiga São Paulo Railway, entre as estações Perus e Caieiras, provocando as mortes de ao menos 21 pessoas e deixando outras 300 feridas.
Abaixo, alguns dos mais graves acidentes já registrados no país:
Outubro de 1958
14 mortos e dezenas de feridos (próximo à estação da Lapa)
Março de 1959
50 mortos e mais de cem feridos (estação Engenheiro Goulart)
Março de 1968
16 mortos e 35 feridos (trem da Central do Brasil bate em um ônibus no Tatuapé)
Janeiro de 1968
Sete mortos e 70 feridos (batida de um trem de carga com trem de passageiros num túnel na serra do Mar)
Março de 1969
21 mortos e 300 feridos (entre Perus e Caieiras)
Junho de 1972
24 mortos e 66 feridos (um trem foi atingido por outra composição que ia no mesmo sentido)
Fevereiro de 1987
O pior em número de mortos: 58, com 140 feridos (dois trens da CBTU colidem a 300 m da estação de Itaquera)
Abril de 1987
231 feridos (colisão entre dois trens de subúrbio da CBTU, a 2 km da estação Perus)