Sobre Trilhos https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br Viaje ao passado, conheça o presente e imagine o futuro das ferrovias Mon, 06 Dec 2021 06:15:10 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Vacinados contra a Covid poderão ver filmes de graça em vagão ferroviário https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/11/15/vacinados-contra-a-covid-poderao-ver-filmes-de-graca-em-vagao-ferroviario/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/11/15/vacinados-contra-a-covid-poderao-ver-filmes-de-graca-em-vagao-ferroviario/#respond Mon, 15 Nov 2021 18:30:39 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/Cine-Vagão_02-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=3113 O vagão ferroviário que a partir da década de 1950 atendeu passageiros da Estrada de Ferro Elétrica Votorantim agora tem nova utilidade, embora mantenha o olhar no passado.

Produzido em 1951 e restaurado pela Sorocabana – Movimento de Preservação Ferroviária, o carro de passageiros abriga sessões de cinema no projeto Cine-vagão, criado em Votorantim (a 107 km de São Paulo).

Lançado em 2019, o projeto foi suspenso por conta da pandemia da Covid-19 e foi retomado agora, com a proposta de exibir quatro filmes até o final deste mês.

A entrada é gratuita, mas só será permitida para quem apresentar comprovante de vacinação completa contra a Covid-19 (duas doses da Coronavac, da AstraZeneca e da Pfizer ou dose única da Janssen) ou comprovante de que recebeu a primeira dose, acompanhado de um teste negativo de Covid do tipo PCR feito até 48 horas antes da sessão ou de antígeno feito até 24 horas antes.

O objetivo do Cine-vagão é apresentar clássicos do cinema entre as décadas de 1930 e 1960. O período compreende parte do apogeu do sistema ferroviário e o início do declínio.

Nesta terça-feira (16), será exibido o longa-metragem de aventura “O Mágico de Oz”, de 1939, a partir das 19h30. O vagão está na rua Leopoldo Ferreira, perto do cruzamento da via férrea com a avenida Luiz do Patrocino Fernandes, na Vila Dominguinho.

Na quinta-feira (18), será a vez de “Metropolis”, seguido por “A General” (dia 23) e “À Noite Sonhamos” (dia 25).

A ação foi selecionada pelo FMC (Fundo Municipal de Cultura) da cidade, criado em decorrência da adesão do município ao SNC (Sistema Nacional de Cultura) e que abre inscrições anuais para projetos.

O vagão é equipado com projetor, sistema de som e gerador para funcionamento dos equipamentos.

A Estrada de Ferro Elétrica Votorantim foi uma pequena linha férrea, de apenas 13 quilômetros, a segunda a ser eletrificada em São Paulo, conforme o grupo Votorantim.

Sua origem remonta à construção da fábrica de tecidos Votorantim, no final do século 19, que fez com que fossem criadas condições logísticas para o empreendimento, o que incluiu o surgimento de um ramal da Estrada de Ferro Sorocabana, chamado Estrada de Ferro Votorantim.

Inicialmente as locomotivas eram movidas a vapor –maria-fumaça–, com bitola (distância entre os trilhos) de 60 cm. Já em 1918, a estrada de ferro foi comprada pela fábrica, que alterou o tamanho da bitola para um metro e eletrificou a via. Com isso, seu nome ganhou a palavra “elétrica”.

O uso de máscara durante a sessão é obrigatório e o limite é para 50 pessoas. Por isso, a recomendação é que as pessoas cheguem com uma hora de antecedência.

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Estação destruída por incêndio há 2 anos é reinaugurada em Presidente Epitácio https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/09/24/estacao-destruida-por-incendio-e-reinaugurada-em-presidente-epitacio/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/09/24/estacao-destruida-por-incendio-e-reinaugurada-em-presidente-epitacio/#respond Fri, 24 Sep 2021 18:30:02 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/3-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2961 Pouco mais de dois anos depois de ter sido atingida por um grande incêndio, a quase centenária estação ferroviária de Presidente Epitácio foi reinaugurada nesta sexta-feira (24).

Última estação do trecho operado pela extinta Estrada de Ferro Sorocabana, Presidente Epitácio foi importante para o desenvolvimento econômico da região nas primeiras décadas do século passado, mas nos últimos anos amargava um abandono total, até que em 26 de agosto de 2019 foi parcialmente destruída num incêndio.

Sobraram apenas as paredes, num imóvel que já era utilizado para abrigar moradores de rua e usuários de drogas.

Inaugurada em 1º de maio de 1922, a estação de 99 anos começou a ser recuperada em julho do ano passado. Ela, no extremo oeste paulista, na divisa com Mato Grosso do Sul, era a ponta final de uma rota iniciada na estação Júlio Prestes, na capital.

Os recursos para a restauração, R$ 459 mil, além de uma contrapartida municipal, são originários do Dadetur (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento do Turismo), órgão da Secretaria do Turismo que atende cidades paulistas estâncias turísticas, caso de Presidente Epitácio.

Curioso na história é que a reinauguração, nesta sexta, ocorreu a distância, já que o descerramento da placa foi marcado para Presidente Prudente, onde o vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB), cumpriu agenda.

Ele, que deverá disputar o cargo de governador do estado em 2022, foi levado do DEM para o PSDB por João Doria e adotou figurino de candidato, com uma série de viagens pelo interior.

O prédio revitalizado abriga a Secretaria de Turismo e Cultura da cidade. Por meio da assessoria de comunicação da prefeitura, o secretário da pasta, Wantuyr Tartari, disse que a recuperação do prédio vai além do objetivo de criar uma nova sede para a secretaria.

“É o resgate da história e autoestima de um povo batalhador que tem na antiga estação um dos símbolos do desenvolvimento local”, disse.

Na cidade, os passageiros deixaram de ter o trem como opção de transporte na estação em janeiro de 1999, mas o local seguiu servindo para o despacho de cargas por mais alguns anos.

A partir do momento em que deixou de ser utilizada para o transporte de cargas, no início da década de 2000, passou a sofrer deterioração constante nos anos seguintes, com perda gradual de telhas da plataforma de embarque, pichações, vidros quebrados, furtos e depósito de lixo, até culminar com o incêndio de 2019.

A Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada em 10 de julho de 1875 e chegou a Epitácio, na divisa com Mato Grosso do Sul (à época apenas Mato Grosso), 46 anos depois, em 1921, quando o ex-presidente Epitácio Pessoa, que governou o país de 1919 a 1922, a visitou.

Em janeiro de 1936, o então povoado foi elevado à categoria de distrito de Presidente Venceslau e, em dezembro de 1948, tornou-se município autônomo e homenageou o ex-presidente que a visitou.

A estação, porém, foi inaugurada apenas no ano seguinte à visita presidencial. Agora, caso o prazo seja cumprido, ela celebrará seu centenário sendo utilizada, o que não ocorreu nas duas últimas décadas.

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Acervo de associação inclui locomotivas fabricadas entre 1891 e 1968; conheça https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/05/01/acervo-de-associacao-inclui-locomotivas-fabricadas-entre-1891-e-1968-conheca/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/05/01/acervo-de-associacao-inclui-locomotivas-fabricadas-entre-1891-e-1968-conheca/#respond Sat, 01 May 2021 19:48:08 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/1-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2566 Há máquinas para todos os gostos, da boa e velha maria-fumaça fabricada ainda no século 19 a uma pequena locomotiva diesel-mecânica, passando pelas elétricas, que se notabilizaram na EFS (Estrada de Ferro Sorocabana).

O acervo do Centro de Memória Ferroviária mantido pela Sorocabana – Movimento de Preservação Ferroviária foi aberto para visitação controlada neste sábado (1), em Sorocaba, no interior paulista, exibindo aos frequentadores um acervo variado de locomotivas e vagões que foram recuperados nos últimos anos e escaparam de virar sucata.

A clássica maria-fumaça é uma locomotiva Baldwin, de número 58 e fabricada em 1891, que atendeu a Sorocabana, enquanto outra, mais moderna, é elétrica, foi produzida em 1948 pela General Eletric e leva o número 2041.

São só dois exemplos de uma coleção que contempla ainda outras cinco locomotivas: diesel-mecânica Whitcomb (1942), diesel-elétricas GE/Caterpillar e GE/Cooper Bessemer (1948), LEW (1968) e elétrica Westinghouse (1948), além de carros de passageiros de luxo ou superluxo fabricados entre 1951 e 1963 para operação na Sorocabana.

A manutenção e conservação da número 58 ocorre por meio de parceria da associação com a Prefeitura de Sorocaba.

A Whitcomb, de 1942, chama a atenção pelo tamanho, muito diferente do habitualmente imaginado de uma locomotiva. Pequena, ela será como apoio operacional à maria-fumaça 58 no futuro Trem dos Operários, que percorrerá o trecho entre Sorocaba e Votorantim.

A locomotiva, que pertenceu no passado à própria Estrada de Ferro Sorocabana, foi restaurada após 18 meses de trabalhos, depois de a entidade receber patrocínio de uma empresa fornecedora de componentes, rolamentos e sistemas de alta precisão.

Já a maria-fumaça 58 foi colocada nos trilhos em caráter experimental em 2018, percorrendo trecho de um quilômetro.

Quando o trem entre Sorocaba e Votorantim estiver em operação, ela, que completou neste mês de abril 130 anos de fabricação, fará um trajeto de sete quilômetros entre as cidades.

Essas máquinas ficaram expostas ao público neste sábado, para visitação monitorada, em celebração ao Dia do Ferroviário (30 de abril), na estação Paula Souza.

A estação era o ponto inicial da antiga Estrada de Ferro Elétrica Votorantim e foi inaugurada em 1922. Ela abriga as locomotivas e carros de passageiros já restaurados ou que estão à espera de restauro, que é feito por voluntários.

Por conta da pandemia, a visitação foi limitada em 25% da capacidade do espaço. Informações sobre o acervo podem ser obtidas pelo e-mail mpfsorocabana@gmail.com.

A Sorocabana foi eletrificada em dezembro de 1944, o que foi algo notável para a época, por substituir o óleo diesel e a lenha pela eletricidade como propulsora de suas locomotivas. A ferrovia foi inaugurada em 1875.

O sistema operou por 55 anos, até que, em 1999, as locomotivas elétricas foram trocadas por diesel após o leilão feito pelo governo federal que resultou na desestatização da malha da já extinta RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A.).

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Dia do Ferroviário é celebrado com festa para locomotiva e eventos virtuais em SP https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/04/30/dia-do-ferroviario-e-celebrado-com-festa-para-locomotiva-e-eventos-virtuais-em-sp/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/04/30/dia-do-ferroviario-e-celebrado-com-festa-para-locomotiva-e-eventos-virtuais-em-sp/#respond Fri, 30 Apr 2021 19:41:18 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/WhatsApp-Image-2021-04-30-at-14.53.51-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2549 O Dia do Ferroviário, celebrado neste 30 de abril, está sendo comemorado no interior de São Paulo com o aniversário de uma locomotiva histórica e eventos virtuais com vídeos comemorativos em cidades com forte influência das ferrovias, como Sorocaba, Bauru e Araraquara.

Em Sorocaba, a Sorocabana – Movimento de Preservação Ferroviária fez um evento virtual nesta sexta-feira para comemorar também o aniversário de 130 anos da maria-fumaça nº 58, construída em abril de 1891 pela Baldwin Locomotive Works, nos EUA.

Locomotiva que pertenceu à EFS (Estrada de Ferro Sorocabana), ela é um dos principais símbolos do passado ferroviário de Sorocaba.

A associação de preservação apresentou a última fase de restauração do patrimônio histórico, que ocorrerá por meio de edital ProAC, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo.

A restauração da máquina tem como objetivo uso futuro no Trem dos Operários, rota turística e cultural entre Sorocaba e Votorantim.

O pesquisador ferroviário e presidente da Sorocabana, Eric Mantuan, disse que o projeto prevê a manutenção do tênder, a restauração do compressor de ar a vapor, a produção e instalação de peneira na caixa de fumaça (para contenção de fagulhas) e a restauração externa da locomotiva.

Em Bauru, o museu ferroviário regional divulgará, a partir das 19h, um vídeo em homenagem à data, por meio das redes sociais da instituição.

O vídeo apresenta depoimentos de profissionais que atuam na preservação da memória ferroviária, como atuais e ex-ferroviários da cidade e da região.

Já em Araraquara, a coordenadoria de acervos e patrimônio histórico da Secretaria da Cultura lançou um vídeo comemorativo no canal da prefeitura no YouTube.

Produzido pela equipe da coordenadoria em parceria com o Museu Ferroviário e o MIS (Museu da Imagem e do Som), o material mostra o surgimento da ferrovia e o desenvolvimento da cidade, que estão entrelaçados, e homenageia homens e mulheres que dedicaram suas vidas a atividades ferroviárias.

Geraldo Benedicto, o Chumbinho, que trabalhou 30 anos na Estrada de Ferro Araraquara e é o principal personagem do vídeo, conta que tem saudades do tempo de ferroviário e que não entende o motivo de as ferrovias terem entrado em declínio no país.

“A história de Araraquara está profundamente entrelaçada à chegada dos trilhos no município e isto vai para muito além das questões econômicas envolvidas, que evidentemente foram imensas. As transformações no tecido social da cidade, com o afluxo de pessoas e de mercadorias, a velocidade no tráfego de informações, abrem as janelas de Araraquara para o mundo. Talvez o advento contemporâneo que mais se aproxima do impacto das transformações trazidas pela chegada dos trilhos seja o acesso à internet: há um antes e um depois”, disse, por meio da assessoria de imprensa da administração, a secretária da Cultura, Teresa Telarolli.

O museu ferroviário de Araraquara foi inaugurado em 2008 e reinaugurado em 2011 na antiga estação ferroviária e apresenta em suas salas mostras de diversos tipos de objetos, de ferramentas a material gráfico da Estrada de Ferro Araraquara.

No térreo os visitantes podem conhecer onde era a sala do chefe da estação, com móveis e objetos de época, além da sala de comunicação. No piso superior, há o memorial do imigrante, o salão principal, um auditório e a sala dos ferroviários.

Por conta da pandemia, o museu está funcionando das 9h às 17h, com atendimento máximo simultaneamente de 10 pessoas, sendo 5 em cada piso.

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Vagões deixam ES e viajam 1.000 km para serem preservados no interior de SP https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/11/01/vagoes-deixam-es-e-viajam-1-000-km-para-serem-preservados-no-interior-de-sp/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/11/01/vagoes-deixam-es-e-viajam-1-000-km-para-serem-preservados-no-interior-de-sp/#respond Sun, 01 Nov 2020 05:31:45 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2020/11/4-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2179 Quatro carros de passageiros fabricados na década de 60 e que estavam encostados há seis anos foram doados para duas entidades ferroviárias e iniciaram uma jornada de mais de mil quilômetros de viagem rumo à preservação.

Os quatro carros, dois de primeira classe e dois de segunda, fabricados pela Mafersa em 1962, estavam em Cariacica (ES), onde foram utilizados até 2014 no trem entre a cidade e Belo Horizonte, uma das duas únicas linhas ferroviárias regulares do país.

A Vale doou os quatro carros à Sorocabana – Movimento de Preservação Ferroviária e à APMF (Associação de Preservação da Memória Ferroviária), que iniciaram o processo de transporte por rodovias na última sexta-feira (30).

A previsão é que o comboio chegue terça-feira (3) a Sorocaba, após percorrer 1.038 quilômetros entre Cariacica e a cidade do interior paulista. 

Os quatro carros pertenceram à Estrada de Ferro Sorocabana e eram utilizados no trem superluxo da companhia ferroviária.

As negociações para a transferência dos carros tiveram início em 2017, segundo o presidente da associação sorocabana, Eric Mantuan, e foram concluídas no primeiro semestre deste ano.

“Fizemos parceria com a APMF para que os dois carros dela fiquem sob nossa custódia em Sorocaba. Desenvolveremos projeto conjunto para restauração e futura utilização”, disse.

Dos quatro vagões, dois estão plenamente operacionais. O terceiro precisa de reparos, enquanto o quarto carro necessita de restauração mais severa.

A história dos vagões é repleta de transferências de donos. Produzidos nos anos 60 para a Sorocabana, nove anos depois passaram a integrar a Fepasa (Ferrovia Paulista S.A.), que surgiu da união de cinco companhias ferroviárias, entre elas a Sorocabana.

Nos anos 90, deixaram de pertencer à estatal paulista e foram transferidos à RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A.), que assumiu o espólio ferroviário de São Paulo em negociação entre os governos estadual e federal.

Em 2002, eles foram transferidos para a Vale, que usou nos anos seguintes os carros de passageiros no trem entre Espírito Santo e Minas Gerais, situação que ocorreu até 2014, quando foram retirados de operação devido à modernização da frota.

Segundo Mantuan, os carros recuperados deverão ser utilizados no trem entre Sorocaba e Votorantim, principal projeto da associação sorocabana. Com os dois vagões, o acervo da entidade agora é composto por 11 carros de passageiros, dos quais um está totalmente restaurado. Um segundo está com o restauro adiantado.

A transferência dos carros ocorre pouco mais de um mês após um resgate histórico de três locomotivas que deixaram o pátio da Luz, em São Paulo, para serem levadas a Cruzeiro (a 219 km da capital), onde serão preservadas.

A epopeia foi vista por integrantes de movimentos de preservação como um dos maiores feitos já registrados no setor no país, por salvar de uma só vez três locomotivas e por elas terem sido transferidas para o local em que serão restauradas pelos próprios trilhos.

As máquinas, fabricadas entre as décadas de 40 e 50, estavam abrigadas no depósito da Luz desde 2008. Duas delas foram produzidas pela General Electric e utilizadas inicialmente pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro, outra das empresas que originaram a Fepasa. Ficaram nos trilhos até 1998.

A outra é uma máquina inglesa, que permaneceu nos trilhos até 1996, fabricada pela English Electric e que foi usada inicialmente pela antiga EFSJ (Estrada de Ferro Santos-Jundiaí).

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Grupo busca recursos para resgate de cinco vagões do icônico Trem Ouro Verde https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/09/27/apos-ter-projeto-aprovado-associacao-busca-verba-para-restauro-de-vagoes/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/09/27/apos-ter-projeto-aprovado-associacao-busca-verba-para-restauro-de-vagoes/#respond Sun, 27 Sep 2020 10:45:08 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2020/08/Trem-Ouro-Verde_01-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=1974 Cinco carros de passageiros que estão abandonados em cidades do interior de São Paulo devem ser levados para Sorocaba para serem preservados e, no futuro, passarem por restauro.

Os cinco integraram o icônico Trem Ouro Verde, operado pela EFS (Estrada de Ferro Sorocabana), e serão preservados pela Sorocabana – Movimento de Preservação Ferroviária, que está em fase de captação de recursos para viabilizar o projeto integralmente.

O projeto intitulado EFS Ouro Verde 80 Anos foi aprovado pelo Proac (Programa de Ação Cultural), da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do governo paulista, que autorizou a captação de até R$ 269 mil.

A proposta prevê o resgate dos cinco carros de passageiros fabricados em 1937 para sediarem uma exposição temporária alusiva à história dos trens no estado.

“O trem foi o mais famoso da Sorocabana e estamos buscando recursos para operacionalizar o projeto total. É possível fazer com um valor inferior, mas não da forma como gostaríamos. Queremos uma ação à altura que o trem teve para a indústria ferroviária mundial, já que foi feito na Alemanha, e também por ter sido o primeiro trem de aço da Sorocabana”, afirmou Eric Mantuan, presidente da associação.

Do valor total, cerca de 60% já foram captados pelo movimento de preservação, que tem prazo até dezembro para buscar os valores necessários. O patrocínio das empresas pode ser pago com débitos de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços).

Além da fabricação alemã e de ter sido pioneiro entre os carros feitos com aço, os vagões também tiveram importância econômica e cultural muito forte para o período em que foram utilizados, pois ligavam a capital a Presidente Epitácio, passando por cidades como Sorocaba, Assis e Botucatu.

A Sorocabana – Movimento de Preservação Ferroviária obteve autorização de uso pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e agora terá a missão de recolher esses vagões, que estão abandonados no interior. Entre eles, há um carro que já foi incendiado.

Mantuan afirmou que o objetivo da associação é, também, amealhar os vagões para resguardá-los de danos maiores, para que numa segunda etapa possa ser desenvolvido e colocado em prática um projeto de restauro.

“Teremos, depois, de buscar outras leis de incentivo para fazer o restauro. Sem o que estamos fazendo agora, não seria possível no futuro fazer o restauro.”

Estrada de Ferro Sorocabana, inaugurada em 1875, celebra, desde dezembro, 75 anos da substituição do óleo diesel e da lenha pela eletricidade como propulsora de suas locomotivas. A ferrovia data de 1875.

O sistema operou por 55 anos, até que, em 1999, as locomotivas elétricas foram trocadas por diesel após o leilão feito pelo governo federal que resultou na desestatização da malha da já extinta RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A.). No último dia 10 de julho, a Sorocabana completou 145 anos da sua inauguração.

Entre 1943 e 1948, a Sorocabana comprou 46 locomotivas elétricas do consórcio Electrical Export Corporation, que reunia a General Electric International e a Westinghouse Electric Company, para eletrificar a sua malha ferroviária entre as estações Júlio Prestes e Bernardino de Campos.

A eletrificação permitiu o aumento da velocidade dos trens e também do número de vagões por composição com mais segurança. O custo também era menor em comparação com o óleo diesel e à queima de lenha e carvão.
Em suas primeiras cinco décadas, a companhia ferroviária teve forte crescimento e a linha-tronco (a principal) chegou a Presidente Epitácio –município que hoje desenvolve um projeto de restauração de sua estação.

 

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Ferrovia eletrificada aberta por Vargas completa 75 anos; conheça sua história https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/08/30/ferrovia-eletrificada-aberta-por-vargas-completa-75-anos-conheca-sua-historia/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/08/30/ferrovia-eletrificada-aberta-por-vargas-completa-75-anos-conheca-sua-historia/#respond Sun, 30 Aug 2020 11:00:29 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2019/12/Inauguração-da-Eletrificação-da-EFS-em-1944-Crédito-Arquivo-Publico-do-Estado-de-SP-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=1336 “Precisamente às 10h40, vindo diretamente da casa maternal, em companhia do senhor Fernando Costa, secretários de estado e outras altas autoridades, o senhor Getulio Vargas chegou à estação da Sorocabana, a fim de inaugurar o trecho já eletrificado daquela ferrovia.”

Assim a Folha publicou, em 10 de dezembro de 1944, o surgimento da eletrificação da Estrada de Ferro Sorocabana, uma das mais importantes criadas no interior de São Paulo e que celebra desde dezembro os 75 anos da substituição do óleo diesel e da lenha pela eletricidade como propulsora de suas locomotivas. A ferrovia data de 1875.

Já havia trens elétricos circulando entre Sorocaba e São Paulo alguns meses antes da visita de Vargas à estação Júlio Prestes, na capital, para inaugurar o sistema, mas todos em fase experimental.

O sistema operou por 55 anos, até que, em 1999, as locomotivas elétricas foram trocadas por diesel após o leilão feito pelo governo federal que resultou na desestatização da malha da já extinta RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A.).

“Foi uma obra viabilizada num período bastante conturbado da economia mundial, na Segunda Guerra, e o país conseguiu viabilizar isso num momento em que toda a indústria ferroviária norte-americana estava mobilizada para a produção de artefatos bélicos. É um dos maiores feitos do Brasil”, disse Eric Mantuan, presidente da Sorocabana – Movimento de Preservação Ferroviária.

No dia anterior, a Folha publicou que os nazistas tinham abandonado a Áustria e que as forças russas marchavam para completar o cerco a Budapeste (Hungria). A Segunda Guerra, iniciada em 1939, acabou em 1945.

Entre 1943 e 1948, a Sorocabana comprou 46 locomotivas elétricas do consórcio Electrical Export Corporation, que reunia a General Electric International e a Westinghouse Electric Company, para eletrificar a sua malha ferroviária entre as estações Júlio Prestes e Bernardino de Campos.

A eletrificação permitiu o aumento da velocidade dos trens e também do número de vagões por composição com mais segurança. O custo também era menor em comparação com o óleo diesel e à queima de lenha e carvão.

“A eletrificação foi um grande salto tecnológico, que fez da Sorocabana a ferrovia recordista em toneladas transportadas nos anos 50, principalmente, e 60. Essas duas décadas foram o auge da eletrificação”, afirmou Mantuan.

Os índices de transporte de cargas eram superiores, por exemplo, aos apresentados pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro.

A locomotiva Westinghouse nº 2041, que foi restaurada por voluntários do movimento de preservação da Sorocabana (Divulgação)
A locomotiva Westinghouse nº 2041, que foi restaurada por voluntários do movimento de preservação da Sorocabana (Divulgação)

Em comemoração à data, a Sorocabana – Movimento de Preservação Ferroviária fez, já em dezembro do ano passado, uma exposição da locomotiva elétrica Westinghouse nº 2041, que foi restaurada por voluntários, e uma mostra fotográfica sobre o tema. O trem foi fabricado em 1948 nos EUA e é um dos que integram os lotes comprados naquela década pela Sorocabana.

A Sorocabana, no último dia 10 de julho, completou 145 anos de inauguração. A estrada de ferro foi muito importante para o desenvolvimento econômico do interior paulista e uma das cinco ferrovias que originaram a Fepasa (Ferrovia Paulista S.A.), em 1971.

As outras foram a Companhia Paulista, a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, a Estrada de Ferro Araraquara e a São Paulo-Minas.

A Sorocabana apresentou forte crescimento nas suas primeiras cinco décadas, quando a linha-tronco (a principal) chegou a Presidente Epitácio –município que hoje, por rodovia, fica a 556 quilômetros de distância de Sorocaba.

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Fabricada em 1891, locomotiva da extinta Sorocabana volta aos trilhos no interior https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2018/09/20/fabricada-em-1891-locomotiva-da-extinta-sorocabana-volta-aos-trilhos-no-interior/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2018/09/20/fabricada-em-1891-locomotiva-da-extinta-sorocabana-volta-aos-trilhos-no-interior/#respond Thu, 20 Sep 2018 09:49:01 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2018/09/Locomotiva-58-01-150x150.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=460 Fabricada em 1891, a locomotiva 58 da extinta Estrada de Ferro Sorocabana voltará aos trilhos neste sábado (22) no interior paulista.

A operação turística, em caráter experimental, é uma iniciativa da Sorocabana – Movimento de Preservação Ferroviária, que tem como objetivo popularizar o trem como triplo instrumento, de lazer, história e cultura.

O passeio será oferecido entre a estação Paula Souza, no centro de Sorocaba, e a Vila Hortência, num trecho pequeno, de um quilômetro, mas que deve crescer para sete quilômetros a partir do ano que vem, quando for implantado o Trem dos Operários, entre a cidade e Votorantim.

A intenção é que ela esteja apta para percorrer os sete quilômetros até o final do ano que vem. Em seguida, um novo trecho de um quilômetro será incluído no trajeto.

O trem tem como objetivo resgatar a antiga Estrada de Ferro Sorocabana, que teve sua primeira linha inaugurada em 1875.

A rota experimental já foi oferecida no último dia 7, quando foi celebrado o feriado da Independência.

Agora, serão seis horários disponíveis –10h30, 11h30, 12h30, 15h, 16h e 17h–, limitadas a 60 passageiros por viagem.

Além deste sábado, o cronograma experimental prevê passeios nos dias 13 de outubro, 17 de novembro e 15, 16 e 22 de dezembro.

O projeto é desenvolvido em parceria com a prefeitura, a associação comercial e a Votorantim Cimentos.

O embarque, de acordo com a associação, ocorrerá na área externa da estação Paula Souza (rua Dr. Paula Souza, 420, centro).

O passeio é gratuito e os ingressos devem ser retirados antecipadamente, até sexta-feira (21), na associação comercial (8h às 18h) ou na Secretaria da Cultura e Turismo (9h às 17h).

Além de colocar a locomotiva em operação, a Oscip responsável pela preservação recuperou um vagão construído em 1951 nos EUA, que estava em péssimo estado.

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Herói morto para salvar passageiros de desastre com trens é homenageado https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2018/09/05/heroi-morto-para-salvar-passageiros-de-desastre-com-trens-e-homenageado/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2018/09/05/heroi-morto-para-salvar-passageiros-de-desastre-com-trens-e-homenageado/#respond Wed, 05 Sep 2018 10:40:14 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2018/09/1-min-150x150.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=448 Madrugada de 23 de dezembro de 1964. Enquanto algumas famílias sonhavam com os preparativos para a ceia de Natal, no dia seguinte, outras faziam as malas para viajar na data.

Os planos de algumas delas foram frustrados com o maior acidente ferroviário em trecho urbano já registrado em Sorocaba.

Um trem de carga que tinha deixado Botucatu bateu na traseira de outro trem que estava parado na estação sorocabana. Com o impacto, parte da estação foi danificada e o que se via após o acidente era ferro retorcido para todos os lados.

Duas pessoas morreram e outras, feridas, ficaram semanas internadas. A tragédia, porém, poderia ter sido ainda maior não fosse a atuação de Romeu de Mello, o Passarinho, então chefe da estação.

Ao perceber que haveria o acidente, ele começou a gritar com os passageiros que estavam na plataforma de embarque da estação para que deixassem o local imediatamente. Ele foi um dos mortos, ao lado de um idoso.

O ferroviário agora batiza um espaço ferroviário criado na Prefeitura de Sorocaba e inaugurado nesta segunda-feira (3).

O local abriga um banco de estação e um triciclo de manutenção, além de fotos históricas do período de atuação da Estrada de Ferro Sorocabana, uma das companhias ferroviárias paulistas que em 1971 originaram a Fepasa (Ferrovia Paulista S.A.).

Embora o município tenha registrado em sua história outros acidentes –inclusive um na zona rural com dez mortos–, o episódio de 1964 é emblemático por ter ocorrido em período natalino, na estação central da cidade e pelos estragos que provocou no local e à cidade. Animais que estavam em vagões, como bois, fugiram e passaram a ocupar as ruas da cidade.

Sorocaba recebeu trens entre 1875, três anos após a fundação da Sorocabana, e 2001.

RESTAURO

Além de homenagear um ferroviário tratado como herói, Sorocaba tem dado outros passos no sentido de resgatar o ciclo das ferrovias.

A Associação Movimento de Preservação Ferroviária do Trecho Sorocabana restaurou um vagão de passageiros que estava praticamente destruído. Em apenas cinco meses, voluntários reformaram o carro, que será colocado nos trilhos para atender uma linha turística que será criada.

O vagão C-509 foi construído em 1951 nos EUA e, na Sorocabana, operava um trem de luxo entre São Paulo e Presidente Epitácio.

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Em cinco meses, voluntários restauram vagão de trem sucateado; veja como ficou https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2018/08/19/em-cinco-meses-voluntarios-restauram-vagao-de-trem-sucateado-veja-como-ficou/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2018/08/19/em-cinco-meses-voluntarios-restauram-vagao-de-trem-sucateado-veja-como-ficou/#respond Sun, 19 Aug 2018 11:15:51 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2018/08/Sorocaba-estrago-150x150.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=379 O vagão deixou de percorrer a linha férrea em 1999, quando o transporte de passageiros foi extinto em seu ramal ferroviário. Ficou guardado por nove anos, em relativo estado de conservação, até que a concessionária que assumiu a linha resolveu tirá-lo de Sorocaba para ser levado para Bauru.

Dez anos depois, ele voltou para Sorocaba, mas totalmente destruído, para ser reconstruído por um grupo de voluntários. Em apenas cinco meses, o vagão foi restaurado –está em processo de acabamento– e será colocado nos trilhos para atender uma linha turística.

A transformação foi feita por membros de uma Oscip –alguns ex-ferroviários– ligada à preservação na cidade, que avalia que o vagão foi saqueado no período em que esteve abandonado.

“Devemos levar de 15 a 30 dias para que seja totalmente concluído. Mas já foi recuperado o salão interno de passageiros e restam alguns serviços de parte mecânica e confecção de portas e janelas”, disse o presidente da entidade, Eric Mantuan Cezar de Camargo.

Vagão, ainda sem janelas, em processo de restauro, após cinco meses de trabalho (Reprodução)

A então concessionária ALL (América Latina Logística) decidiu há uma década levar locomotivas elétricas e carros de passageiros para Bauru, para organizar seu acervo e reduzir custos de manutenção dos vagões espalhados pela malha ferroviária.

“Tinha o compromisso de que os vagões seriam mantidos com vigilância, mas o que vimos foi o oposto. Ele ficou abandonado para ser saqueado por vândalos e foi trazido de volta no fim do ano passado em situação muito pior em relação a quando foi levado”, afirmou.

O vagão C-509 foi construído em 1951 nos EUA e, na Sorocabana, operava um trem de luxo entre São Paulo e Presidente Epitácio.

A Oscip está trabalhando na implantação de um trem turístico entre Sorocaba e Votorantim, num trecho que, quando concluído, terá oito quilômetros de extensão e será percorrido por uma maria-fumaça e seus vagões restaurados.

O chamado Trem dos Operários tem como objetivo resgatar a antiga Estrada de Ferro Sorocabana, que teve sua primeira linha inaugurada em 1875.

Já há uma locomotiva disponível para o projeto, pertencente à prefeitura local e que foi reformada.

“Ou resgatamos e recuperamos hoje o que ainda tem ou daqui a pouco [os vagões restantes] estarão economicamente inviáveis. A destruição e a degradação tornam mais caro recuperar do que fazer um novo, se fosse possível.”

EXPERIMENTAL

Em setembro, o trem vai operar experimentalmente num trecho de 1,5 quilômetro que já foi recuperado.

A intenção é que ele esteja apto para percorrer os sete quilômetros previstos inicialmente até o final do ano que vem. Em seguida, um novo trecho de um quilômetro será incluído no trajeto, de acordo com Camargo.

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