Sobre Trilhos https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br Viaje ao passado, conheça o presente e imagine o futuro das ferrovias Mon, 06 Dec 2021 06:15:10 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Por R$ 2,3 mi, estação ferroviária sem uso há 15 anos em Olímpia (SP) volta a abrir as portas https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/11/23/por-r-23-mi-estacao-ferroviaria-sem-uso-ha-15-anos-em-olimpia-sp-volta-a-abrir-as-portas/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/11/23/por-r-23-mi-estacao-ferroviaria-sem-uso-ha-15-anos-em-olimpia-sp-volta-a-abrir-as-portas/#respond Tue, 23 Nov 2021 10:10:22 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/Estação-Cultural-de-Olimpia-5-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=3133 Ela não recebe passageiros desde 1968 e, há 15 anos, estava sem utilização, mas a partir desta semana a estação ferroviária de Olímpia (a 438 km de São Paulo) voltará a ser usada, agora como centro cultural.

Depois de obras que custaram R$ 2,37 milhões, segundo a InvestSP (agência paulista de promoção de investimentos), sendo R$ 2,09 milhões do estado, foram reformados dois blocos da antiga estação, além do calçamento externo e da inclusão de obras de acessibilidade.

A reinauguração da estação, aberta em 1914 e que no passado fazia parte do trecho operado pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro, está marcada para sexta-feira (26), data em que o local passará a se chamar ECO (Estação Cultural de Olímpia).

Como o progresso dizimou os trilhos que no passado foram utilizados no escoamento da produção cafeeira da região, especialmente entre as décadas de 1920 e 1960, a restauração da estação também contou com a reconstituição de um trecho ferroviário, para abrigar uma antiga maria-fumaça.

A locomotiva que antes ficava no Museu de História e Folclore e que atendeu a cidade no período do transporte do “ouro verde”, como o café era chamado, também foi restaurada e está no local desde o dia 11 de setembro.

A prefeitura quer, agora, colocar dois vagões antigos acoplados à locomotiva, sendo um de passageiros e outro de cargas. O primeiro deles deve abrigar uma cafeteria, enquanto o de cargas será utilizado para exposições fotográficas e exibições de filmes antigos ligados ao universo ferroviário.

Apesar de ser inaugurada nesta semana, a visitação do público estará liberada a partir de dezembro, com duas exposições, que reunirão desenhos e pinturas.

Por meio de sua assessoria, o secretário estadual de Turismo, Vinicius Lummertz, disse que a obra é “particularmente importante por ter sido uma iniciativa do conselho municipal de turismo, com a qual o estado se alinhou”.

Olímpia, que com seus parques aquáticos (Thermas dos Laranjais e Hot Beach) recebe mais de 2,5 milhões de visitantes por ano, projeta desenvolver um roteiro cultural no entorno da estação ferroviária, aproveitando outros imóveis.

É a segunda estação ferroviária recuperada e entregue no intervalo de dois meses no interior de São Paulo. A primeira foi em 24 de setembro, em Presidente Epitácio, que tinha sido parcialmente destruída num incêndio em agosto de 2019.

Inaugurada em 1º de maio de 1922, a estação de 99 anos começou a ser recuperada em julho do ano passado.

Ela, no extremo oeste paulista, na divisa com Mato Grosso do Sul, era a ponta final da Estrada de Ferro Sorocabana, numa rota iniciada na estação Júlio Prestes, na capital.

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Após 47 anos juntando lixo e ratos em praça, locomotiva símbolo da destruição ferroviária está quase restaurada https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/10/25/apos-47-anos-juntando-lixo-e-ratos-em-praca-locomotiva-simbolo-da-destruicao-ferroviaria-esta-quase-restaurada/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/10/25/apos-47-anos-juntando-lixo-e-ratos-em-praca-locomotiva-simbolo-da-destruicao-ferroviaria-esta-quase-restaurada/#respond Mon, 25 Oct 2021 10:30:50 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/ABPF-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=3081 Depois de ficar exposta por 47 anos numa praça na região central de Ribeirão Preto, onde acumulou lixo e ratos e serviu como banheiro para moradores de rua, uma centenária locomotiva, importante para contar parte da trajetória econômica no início do século passado no interior paulista, está praticamente restaurada.

Fabricada em 1912 pela alemã Borsig, a maria-fumaça estava exposta desde 1973 sobre cerca de 30 m de trilhos na praça Francisco Schmidt, onde sofreu todos os tipos imagináveis de vandalismo nas décadas seguintes, como furtos de peças de cobre, ferro e aço. Seu péssimo estado a transformou num símbolo da destruição do patrimônio ferroviário.

Repleta de lixo, restos de comida, roupas estragadas e preservativos usados, a locomotiva precisou passar por um processo de completa desinfecção para que pudesse deixar Ribeirão e ser levada para Campinas, onde está sendo restaurada desde julho do ano passado. Dezenas de ratos moravam na maria-fumaça e foi preciso abrir a lataria dela com um maçarico para que todos fossem expulsos.

Ribeirão Preto, uma das mais importantes cidades do interior do país, cresceu devido à ferrovia: muito antes da cana-de-açúcar que hoje domina a paisagem em toda a região, o município desenvolveu sua economia a partir da segunda metade do século 19 com suas grandes lavouras de café, que utilizaram os trilhos principalmente da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro para transportar o produto até o porto de Santos.

Com isso, surgiram barões do café como Henrique Dumont (1832-1892), pai do aviador Alberto Santos Dumont (1873-1932), e Francisco Schmidt (1850-1924), que dá nome à praça em que a locomotiva estava abandonada.

A maria-fumaça de número 8 é uma das três remanescentes da marca alemã no país. Pertenceu à Estrada de Ferro Araraquara, foi comprada pela Usina Amália e, posteriormente, foi doada ao município pelas Indústrias Matarazzo.

A restauração —é o primeiro bem ferroviário recuperado na cidade— custou R$ 749 mil aos cofres públicos e está sendo feita pela ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), que tem oficina para a manutenção e restauração de carros de passageiros e locomotivas na estação Carlos Gomes, em Campinas.

“O estado dela era lamentável, um dos piores que já vi”, disse o diretor administrativo da associação, Helio Gazetta Filho.

Segundo ele, a maria-fumaça foi recuperada inteiramente na cor grafite escuro, fosca, pintura que remete à origem da locomotiva.

A previsão é que ela seja entregue a Ribeirão Preto em novembro. A prefeitura deve expor a locomotiva no parque Maurilio Biagi, próximo ao local em que ela esteve nas últimas décadas, mas que tem segurança e horários para abertura e fechamento.

Ela deverá ser usada de forma estática pela prefeitura, ou seja, não será utilizada para passeios, embora sua restauração permita —será necessário trocar apenas os tubos da caldeira para que isso seja possível.

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Incêndio em estação completa um ano e associação busca recursos para restauro https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/10/02/incendio-em-estacao-completa-um-ano-e-associacao-busca-recursos-para-restauro/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/10/02/incendio-em-estacao-completa-um-ano-e-associacao-busca-recursos-para-restauro/#respond Sat, 02 Oct 2021 10:40:21 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/120416934_1332080383792856_6723863850229208936_n-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2980 A noite de 30 de setembro de 2020 não será esquecida tão cedo pelos adeptos da preservação ferroviária. Naquela data, com as operações paradas devido à pandemia da Covid-19, um incêndio explodiu dois veículos, atingiu a plataforma da estação ferroviária Carlos Gomes, em Campinas, e danificou uma locomotiva histórica.

O fogo poderia ter causado consequências ainda piores, já que a estação abriga a oficina de restauro de trens da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), que possui locomotivas e carros de passageiros centenários à espera de recuperação.

Assim como na crise hídrica deste ano, que deixou a vegetação ressecada e com mais facilidade de causar incêndios de grandes proporções, a estiagem do ano passado propiciou que o fogo num pasto na vizinhança provocasse o incêndio.

Um coqueiro que foi derrubado pelas chamas atingiu uma retroescavadeira usada pela associação e, dela, o fogo se alastrou e atingiu a plataforma, que até hoje não foi recuperada por falta de recursos financeiros.

A associação enfrentou cerca de oito meses de atividades paralisadas, devido à pandemia, e viu sua arrecadação despencar. Com isso, priorizou manter funcionários, ainda que tenha ingressado em programas do governo, e pagar contas de manutenção das atividades da oficina, deixando a recuperação do prédio histórico para um momento posterior.

Diretor administrativo da ABPF, Hélio Gazetta Filho disse que a estimativa é que seja necessário investir entre R$ 200 mil e R$ 250 mil para a restauração, valor que a associação não tem.

No ano passado, uma campanha de arrecadação virtual foi lançada, mas ela amealhou apenas R$ 6.581. Ainda está aberta para doações, aqui.

“Depois daquele fatídico 30 de setembro, a estação está do mesmo jeito. O conselho de preservação aprovou e liberou para fazer a reforma, se quisermos. Fomos atrás de pessoas para ajudar, mas não conseguimos. Por conta da pandemia, muitos estão segurando [possíveis doações]”, disse.

O teto metálico da construção, cuja estrutura de sustentação era de madeira, caiu e o fogo atingiu portas e janelas da estação, além de dois carros de funcionários da ABPF, que explodiram, e parte da pintura da histórica maria-fumaça número 9, fabricada em 1912 na Alemanha e que voltou aos trilhos há cerca de 20 anos. Não houve feridos.

Agora, de acordo com o diretor, a associação deve esperar a chegada de 2022, que tem a perspectiva de ser melhor, com mais turistas viajando, para trabalhar na restauração.

“Temos um pedreiro que fez trabalhos em Tanquinho [outra estação do trecho entre Campinas e Jaguariúna], talvez dê certo de irmos fazendo reboque, janelas, o que for possível nessa fase de restauro”, afirmou.

Em setembro de 1985, a associação, criada oito anos antes, sofreu o que é, até aqui, o maior baque nas suas mais de quatro décadas de existência, quando um incêndio criminoso destruiu dez vagões usados no transporte de turistas entre Campinas e Jaguariúna. Eles estavam estacionados na mesma estação.

Maria-fumaça Campinas-Jaguariúna
Trecho: estação Anhumas à estação Jaguariúna, passando por outras três no trecho
Rota: 48 km (ida e volta)
Duração: 3h30 (completo, ida e volta) e 2h (meio percurso)
Preços: R$ 90 (meia-entrada ou ingresso solidário) no percurso completo e R$ 70 (meia ou ingresso solidário) no meio percurso
Atrações: demonstração da operação do trem, música e antigas fazendas

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Locomotiva que acumulava lixo e ratos em praça está prestes a voltar para casa https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/06/13/locomotiva-que-acumulava-lixo-e-ratos-em-praca-esta-prestes-a-voltar-para-casa/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/06/13/locomotiva-que-acumulava-lixo-e-ratos-em-praca-esta-prestes-a-voltar-para-casa/#respond Sun, 13 Jun 2021 10:10:26 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2025/07/WhatsApp-Image-2020-07-21-at-18.05.24-1-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2779 O cenário há um ano era devastador. Abandonada numa praça onde décadas atrás os trens significaram o progresso econômico de Ribeirão Preto, uma locomotiva centenária servia como banheiro para usuário de drogas e como moradia para dezenas de ratos, que se alimentavam de restos de comida jogadas no local e só contribuía para a degradação do centro histórico da cidade do interior paulista. Mas a situação está prestes a mudar totalmente.

A intenção ao colocar uma locomotiva para exposição numa praça da região central da cidade tinha como objetivo agradecer ao desenvolvimento econômico que Ribeirão teve devido à ferrovia. A partir dos trilhos principalmente da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, foi possível transportar mais rapidamente o café produzido na região na segunda metade do século 19.

Com isso, ela contribuiu para o enriquecimento e a fama de barões do café como Henrique Dumont (1832-1892), pai do aviador Alberto Santos Dumont (1873-1932), e Francisco Schmidt (1850-1924), que dá nome à praça em que a locomotiva alemã Borsig fabricada em 1912 estava exposta desde 1973.

Alvo de furtos de peças de cobre, ferro e aço nos últimos 47 anos, a locomotiva pertenceu à Usina Amália e foi doada ao município de Ribeirão pelas Indústrias Matarazzo. É o primeiro bem ferroviário a ser recuperado na cidade, o que é visto pelo Instituto do Trem como um fato importante para tentar avançar nas ações locais de preservação.

“O estado dela era lamentável, um dos piores que já vi”, disse Helio Gazetta Filho, diretor administrativo da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária).

A entidade venceu a licitação para o restauro e retirou a locomotiva da praça em julho do ano passado. A restauração, que custará ao todo R$ 749 mil à prefeitura, está incluída num pacote de R$ 75 milhões de uma operação de crédito entre a prefeitura e o Banco do Brasil, assinado em setembro de 2019 e que inclui recuperação de prédios públicos e obras de mobilidade urbana.

E como está a restauração? “Está caminhando para a fase final. Uma parte vai entrar para pintura e estamos só esperando a definição de algumas coisas. A nossa estimativa é que em uns dois meses ela fique pronta, zero bala”, disse o diretor.

Referência para o restauro a ABPF tinha dentro de sua própria casa, já que o acervo da entidade abriga uma locomotiva “irmã” da que estava em Ribeirão.

O prazo para a recuperação se deve às péssimas condições em que a locomotiva se encontrava. Só da fornalha foram retirados dez cobertores usados por moradores de rua e foi preciso abrir um buraco com maçarico para que os ratos que habitavam o local fossem retirados.

A praça em que ela estava em Ribeirão fica na região que abrigava a principal estação da Mogiana na cidade, demolida em 1967.

Uma outra locomotiva, que também sofre ações de vandalismo, está exposta na área da atual estação ferroviária, na avenida Mogiana, na zona norte de Ribeirão. A cidade quase a perdeu, há pouco mais de três anos.

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Recebido como sucata, vagão renasce em oficina em Campinas e voltará aos trilhos https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/06/07/recebido-como-sucata-vagao-renasce-em-oficina-em-campinas-e-voltara-aos-trilhos/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/06/07/recebido-como-sucata-vagao-renasce-em-oficina-em-campinas-e-voltara-aos-trilhos/#respond Mon, 07 Jun 2021 23:58:38 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/5-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2755 Ele, literalmente, iria virar sucata há 11 anos, quando estava na fila do desmanche e foi resgatado para ser recuperado numa oficina no interior de São Paulo.

Fabricado em 1965 pela Companhia Industrial Santa Matilde, em Três Rios (RJ), o vagão foi utilizado em sua existência exclusivamente na Estrada de Ferro Vitória-Minas. E foi por um acaso –dos muitos que permeiam o universo da preservação ferroviária– que ele foi resgatado.

Em 2010, o diretor administrativo da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), Hélio Gazetta Filho, foi conhecer a oficina da Vale no Espírito Santo, depois de ter embarcado em Belo Horizonte e percorrido o trecho de 664 km da Vitória-Minas.

“Chegando lá, havia uma fila de carros na sucata e vimos esse de passageiros e mais dois. Estavam podres mesmo, mas perguntaram se a gente tinha interesse. Dissemos que sim, fizemos a documentação e saíram os três carros de lá. Trazer foi outra luta”, disse.

Dois dos carros foram levados pela própria Vale até Belo Horizonte, de onde seguiram para Lavras. Na cidade, foram retirados de caminhão.

O terceiro, que é o que foi restaurado agora, seguiu da capital mineira pelos trilhos até Paulínia, passando antes por Divinópolis e Uberaba. Em Campinas, foi colocado numa carreta e levado para as oficinas da ABPF, na estação Carlos Gomes, em Campinas.

A recuperação foi complicada. A primeira etapa foi tirar as partes podres, como os bancos. Também quase não havia janelas, mas a solução para isso foi juntar as janelas dos três carros de passageiros para tentar fazer um –os outros dois carros serão reformados em outra oficina da ABPF, sem seguir as características originais.

Além das janelas, foram reaproveitados suportes de maleiros, porém ainda faltava muita coisa. O restauro foi acelerado em janeiro do ano passado, mas após as restrições impostas pela pandemia foram interrompidas. Foi quando surgiu novamente a ideia de procurar a Vale.

“Íamos pintar nas cores originais, do trem Rio Doce, e pensamos se poderia haver interesse da Vale. Deu certo, se interessaram e financiaram o que faltava para o restauro. Nós não tínhamos nenhum [carro da] Santa Matilde, nem da Vitória-Minas, e adoraram [a Vale] a ideia da representatividade do trem em nosso acervo”, afirmou.

O trem entre Espírito Santo e Minas Gerais percorre diariamente 664 km de trilhos, em viagem que dura 13 horas. No trajeto, percorre margens do rio Doce e passa por trechos de mata atlântica no Espírito Santo e montanhas em Minas. E para em 28 estações na rota.

É um dos dois únicos trens de passageiros regulares no Brasil. O outro é o da Estrada de Ferro Carajás –que percorre os trilhos entre São Luís e Parauapebas (PA).

Agora, o carro da ABPF que representa a ferrovia interestadual está praticamente pronto, faltando apenas alguns detalhes, que devem ser concluídos nas próximas semanas.

A data para o retorno aos trilhos não está definida, mas, se a associação quisesse, poderia ser hoje.

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Após restauro de estação, Paranapiacaba projeta recuperação de pátio ferroviário https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/04/08/apos-restauro-de-estacao-paranapiacaba-projeta-recuperacao-de-patio-ferroviario/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/04/08/apos-restauro-de-estacao-paranapiacaba-projeta-recuperacao-de-patio-ferroviario/#respond Thu, 08 Apr 2021 17:18:07 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/WhatsApp-Image-2021-04-06-at-22.17.37-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2420 Após ter concluída a restauração da estação ferroviária Campo Grande, no fim do ano passado, a histórica Vila de Paranapiacaba, em Santo André, terá um novo projeto de restauro.

Agora, serão feitos os projetos executivos, com mapas e detalhamento em textos, para que seja recuperada no futuro a plataforma de embarque e desembarque do pátio ferroviário. O projeto vai coletar informações, preparar plantas, desenhos e cálculos e planejar paisagismo para o entorno.

Construído pela SPR (São Paulo Railway) no século 19 e tombado por órgãos de preservação municipal, estadual e federal, o local passará por estudos que devem ser concluídos em julho e usados para embasar obras futuras no local. A área é concedida à MRS Logística, que patrocina o projeto.

O pátio tem área total de 3.452 metros quadrados, com 465 metros quadrados de área construída e integra o patrimônio histórico e ambiental da vila ferroviária. Foi tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 2002, 15 anos após tombamento feito pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Artístico, Arquitetônico e Turístico do Estado de São Paulo). Em 2003, também foi alvo de proteção pelo conselho municipal de Santo André.

O núcleo urbano implantado em frente à antiga estação ferroviária Alto da Serra, na parte alta de Paranapiacaba, tem características arquitetônicas e urbanísticas oriundas da tradição luso-brasileira. Já a parte baixa teve técnicas construtivas usadas pelos ingleses da SPR.

Além dos estudos técnicos para a recuperação do patrimônio ferroviário, será investigado o potencial para a economia criativa da região. A estruturação dos projetos começou em janeiro e o objetivo é que sejam indicados caminhos para integrar poder público e comunidade para unir a conservação da memória ao desenvolvimento sustentável do turismo e da cultura.

O projeto custará R$ 445 mil, patrocinado pela concessionária por meio de lei de incentivo à cultura, e desenvolvido pela Brasil Restauro. 

Em dezembro, depois de dez meses de trabalhos, chegou ao fim a restauração da estação ferroviária Campo Grande, na vila histórica, que estava abandonada havia quase duas décadas.

A estação foi inaugurada em 1889, 40 anos antes do surgimento do prédio atual, e pertenceu à SPR, que surgiu em 1867 e foi pioneira no transporte ferroviário paulista.

Ela deixou de transportar passageiros em 2002, quando foi acentuado o processo de abandono, e passou até a sofrer risco de desabamento por conta de umidade, sujeira, fungos e bolores.

A previsão inicial apontava perda de 90% da estação, com a manutenção só de tijolos e alvenarias externas, mas a partir da limpeza inicial a equipe da arquiteta Fabiula Domingues constatou que outros componentes do prédio estavam em bom estado de conservação.

A restauração envolveu cerca de 40 profissionais, custou R$ 1,74 milhão e também foi patrocinada pela concessionária.

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Restaurada, estação em Paranapiacaba será ocupada após abandono de 18 anos https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/12/28/restaurada-estacao-em-paranapiacaba-sera-ocupada-apos-abandono-de-18-anos/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/12/28/restaurada-estacao-em-paranapiacaba-sera-ocupada-apos-abandono-de-18-anos/#respond Mon, 28 Dec 2020 07:45:18 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2020/07/WhatsApp-Image-2020-07-19-at-14.29.59-1.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2342 Após dez meses de trabalhos, chegou ao fim a restauração da estação ferroviária Campo Grande, na vila histórica de Paranapiacaba, que voltará a ser ocupada em 2021 após abandono de quase duas décadas.

A estação foi inaugurada em 1889, 40 anos antes do surgimento do prédio atual, e pertenceu à histórica SPR (São Paulo Railway), que surgiu em 1867 e foi pioneira no transporte ferroviário paulista.

Ela deixou de transportar passageiros em 2002, quando foi acentuado o processo de abandono, e passou até a sofrer risco de desabamento por conta de umidade, sujeira, fungos e bolores. A primeira parte da restauração foi limpar o local, para que fosse permitido visualizar todos os danos existentes.

Agora, o local abrigará a partir do próximo ano o centro de controle operacional da concessionária MRS. As composições que trafegam pela região têm como destino o porto de Santos e o retorno do litoral sentido interior paulista.

De acordo com a arquiteta Fabiula Domingues, do escritório de arquitetura e urbanismo Contemporânea Paulista, especializado em restauração de patrimônio histórico e cultural e que coordenou a obra, as características arquitetônicas da construção quase centenária foram mantidas.

A previsão inicial apontava perda de 90% da estação, com a manutenção só de tijolos e alvenarias externas, mas a partir da limpeza inicial a equipe constatou que outros componentes do prédio estavam em bom estado de conservação.

Cerca de 2.000 telhas, fabricadas no século 19, foram limpas e testadas antes de serem devolvidas à cobertura da estação. Respiradores de ferro (usados para troca de ar perto do chão), ainda com a marca SPR, foram recuperados. Três deles foram substituídos por réplicas.

“O piso originalmente era feito de pinho de riga, madeira mais nobre, que hoje não se consegue achar no mercado com tanta facilidade. O projeto previa madeiramento similar e adotamos a garapeira.”

A arquiteta disse que tudo o que estava previsto no projeto, iniciado em janeiro, foi entregue. A restauração envolveu cerca de 40 profissionais, custou R$ 1,74 milhão e foi patrocinada pela própria concessionária, por meio de lei de incentivo à cultura.

Além do piso e das telhas, a restauração interna envolveu tijolos, madeiramento estrutural, argamassa de revestimento, portas e janelas.

No lado externo, piso, cercamento, preparação de solo para estacionamento, postes de energia e iluminação estão entre os pontos restaurados.

“O parapeito que a gente encontra na área do estacionamento é diferente do encontrado em outra fachada. A leitura que fizemos é a de que na fachada noroeste, por ter condição climática mais ensolarada, foi usado ferro fundido. No outro lado, sudeste, foi adotado parapeito em pedra granito, muito provavelmente por ser uma área de incidência maior de umidade. O granito é mais resistente que o ferro fundido.”

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Após resgate histórico, locomotivas terão plano de restauro; veja como foi a viagem https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/09/20/apos-resgate-historico-locomotivas-terao-plano-de-restauro-veja-como-foi-a-viagem/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/09/20/apos-resgate-historico-locomotivas-terao-plano-de-restauro-veja-como-foi-a-viagem/#respond Sun, 20 Sep 2020 11:55:16 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2020/09/3-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2044 Última quarta-feira (16). Depois de uma jornada iniciada entre a noite de sábado (12) e a madrugada do dia seguinte no pátio da Luz, na capital, uma composição levando três antigas locomotivas chegou a Cruzeiro (a 219 km de São Paulo), onde serão preservadas.

A epopeia é vista por integrantes de movimentos de preservação como um dos maiores feitos já registrados no setor no país, por salvar de uma só vez três locomotivas e por elas terem sido transferidas para o local em que serão restauradas pelos próprios trilhos.

As máquinas, fabricadas entre as décadas de 40 e 50, estavam abrigadas no depósito da Luz desde 2008. Duas delas foram produzidas pela General Electric e utilizadas inicialmente pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro, uma das ferrovias que originaram a Fepasa (Ferrovia Paulista S.A.), em 1971. Elas ficaram nos trilhos até 1998.

A outra é uma máquina inglesa, que permaneceu nos trilhos até 1996, fabricada pela English Electric e que foi usada inicialmente pela antiga EFSJ (Estrada de Ferro Santos-Jundiaí).

A viagem teve início pouco depois da 0h de domingo (13), quando as locomotivas partiram, rebocadas, do pátio da Luz. A passagem pela icônica estação paulistana foi registrada por membros de associações de preservação em lives e fotos. Foi uma etapa curta, a menor delas, até o pátio de Manoel Feio, em Itaquaquecetuba.

O trabalho foi retomado na segunda-feira (14), às 8h, quando deixaram o pátio para seguir até São José dos Campos. Na terça (15), foi a vez de viajar, no mesmo horário, da maior cidade do Vale do Paraíba até Roseira, no maior trecho da viagem (73 quilômetros).

A última etapa foi registrada no dia seguinte, entre Roseira e Cruzeiro, onde elas permanecerão para restauro.

E o que vai acontecer com essas locomotivas a partir de agora? Sob responsabilidade da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), elas serão alvo de um projeto de restauro, que será enviado aos órgãos patrimoniais para ser aprovado e, em seguida, executado, segundo Bruno Crivelari Sanches, presidente da associação.

“Vai ser uma reforma estética, pois o custo e as limitações para colocá-las em operação são inviáveis”, afirmou.

A ABPF está restaurando uma locomotiva a vapor após vencer licitação aberta em Ribeirão Preto pela prefeitura. O custo é de R$ 749 mil.

Segundo Sanches, só da ABPF estiveram envolvidas na operação cerca de 20 pessoas diretamente, além de equipes da concessionária MRS, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).

A viagem foi marcada por baixa velocidade da composição –no máximo 30 quilômetros por hora– e paradas para inspeção em todos os pátios. Para voltarem aos trilhos após mais de uma década estacionadas, elas passaram por revisão e lubrificação.

As locomotivas ficarão sob responsabilidade da regional Sul de Minas da ABPF, que opera os trens da Serra da Mantiqueira (Passa Quatro-MG), das Águas (São Lourenço-Soledade de Minas) e de Guararema (Guararema-distrito de Luís Carlos), que retomaram as atividades depois de cinco meses de paralisação devido à pandemia do novo coronavírus.

Além das três locomotivas já transferidas, outras três nas mesmas condições serão levadas posteriormente à ABPF e ao IMF (Instituto de Memória Ferroviária), com sede em Rio Claro, também no interior paulista.

Uma delas será levada para a unidade da ABPF na própria capital, para preservação no pátio da Mooca, e outras duas serão rebocadas para Rio Claro.

Em Cruzeiro, os trens farão parte de um acervo com 10 locomotivas elétricas e 8 a vapor, além de 14 carros de passageiros. Do total, duas pequenas locomotivas usadas para serviços de manobra e no pátio estão operacionais. Há uma outra passando por restauro.

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Perto do centenário, estação destruída por incêndio começa a ser recuperada https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/08/23/perto-do-centenario-estacao-destruida-por-incendio-comeca-a-ser-recuperada/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/08/23/perto-do-centenario-estacao-destruida-por-incendio-comeca-a-ser-recuperada/#respond Sun, 23 Aug 2020 10:40:03 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2020/08/PP-1-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=1926 Um ano após ter sido atingida por um grande incêndio e prestes a completar cem anos de inauguração, a histórica estação ferroviária de Presidente Epitácio passará por restauro para abrigar órgãos ligados ao turismo.

Importante para o desenvolvimento econômico da região, a estação foi parcialmente destruída –sobraram apenas as paredes– em 26 de agosto de 2019, no que foi apenas mais um episódio envolvendo o abandono vivido por ela, que já abrigava moradores de rua e usuários de drogas nas duas últimas décadas.

Ela foi essencial não só por amplificar a economia da cidade e municípios vizinhos, mas também por ser a última estação da Estrada de Ferro Sorocabana, que no mês de julho completou 145 anos de sua inauguração.

Aberta em 1º de maio de 1922, a estação está sendo recuperada há um mês e a previsão é de que as obras durem, no total, oito meses.

A restauração vai custar R$ 459 mil, além de contrapartida municipal, e será paga principalmente com recursos de convênio com o Dadetur (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento do Turismo), órgão da Secretaria do Turismo que atende cidades paulistas estâncias turísticas, caso de Presidente Epitácio.

Após a conclusão, de acordo com a prefeitura, o imóvel abrigará a pasta do Turismo e Cultura local, além de um ateliê e o acervo histórico da cidade.

Os passageiros deixaram de ter o trem como opção de transporte na estação em janeiro de 1999, mas o local seguiu servindo para o despacho de cargas por mais alguns anos.

A partir do momento em que deixou de ser utilizada para o transporte de cargas, no início da década de 2000, passou a sofrer deterioração permanente nos anos seguintes, com perda gradual de telhas da plataforma de embarque, pichações, vidros quebrados, furtos e depósito de lixo, até culminar com o incêndio do ano passado.

A Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada em 10 de julho de 1875 e chegou a Epitácio, na divisa com Mato Grosso do Sul (à época apenas Mato Grosso), 46 anos depois, em 1921, quando o ex-presidente Epitácio Pessoa, que governou o país de 1919 a 1922, a visitou.

Em janeiro de 1936, o então povoado foi elevado à categoria de distrito de Presidente Venceslau e, em dezembro de 1948, tornou-se município autônomo e homenageou o ex-presidente que a visitou.

A estação, porém, foi inaugurada apenas no ano seguinte à visita presidencial. Agora, caso o prazo seja cumprido, ela celebrará seu centenário sendo utilizada, o que não ocorreu nas duas últimas décadas.

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Tombada, casa do chefe da estação de Pindamonhangaba será restaurada https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/08/16/tombada-casa-do-chefe-da-estacao-de-pinda-sera-restaurada/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/08/16/tombada-casa-do-chefe-da-estacao-de-pinda-sera-restaurada/#respond Sun, 16 Aug 2020 10:50:15 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2020/07/Projeto-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=1831 Depois de ter um passado glamouroso e fazer parte da rota ferroviária entre São Paulo e o Rio de Janeiro, o imóvel que foi utilizado como casa do chefe da estação de Pindamonhangaba sofreu vandalismo, virou depósito de lixo e passou a abrigar usuários de drogas.

Agora, passará por restauro, com investimento total de R$ 1,3 milhão, na primeira etapa de restauração do complexo ferroviário da cidade, que é tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo).

O objetivo da restauração é devolver a originalidade da fachada do imóvel, que está totalmente deteriorado e tem área construída de 125 metros quadrados.

As obras serão divididas em três etapas e, na primeira, serão feitas limpeza, fechamento de vãos e o início da execução do projeto. Na segunda etapa, o imóvel receberá uma nova cobertura e, na terceira, o restauro será concluído.

A previsão da prefeitura é que a antiga casa do chefe da estação esteja totalmente concluída no ano que vem. A recuperação será paga pela concessionária MRS Logística, que administra o trecho ferroviário que corta a cidade, e pela empresa Novelis.

De acordo com a prefeitura, após concluído o restauro o imóvel abrigará uma farmácia solidária. Outros dois imóveis existentes no local, o escritório da estação e o armazém, fazem parte de um planejamento futuro para restauro, também com o objetivo de abrigar projetos sociais.

A história das ferrovias na cidade do Vale do Paraíba remonta ao século 19, quando produtores rurais da região criaram no fim da década de 1860 a Estrada de Ferro do Norte, também chamada São Paulo-Rio.

Com esse nome, a companhia ferroviária teve curta duração –não chegou a três décadas– e, em 1896, foi incorporada pela Estrada de Ferro Central do Brasil, situação que durou até 1975, quando passou a fazer parte da RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A.). Esta, por sua vez, foi concedida à iniciativa privada e, desde 1998, ela é administrada pela MRS.

A estação ferroviária de Pindamonhangaba e seu entorno estão tombados pelo Condephaat desde dezembro de 2017.

De acordo com o órgão de preservação paulista, o conjunto, além de conectar as duas capitais mais populosas do país, também serviu como ponto inicial da Estrada de Ferro Campos do Jordão, “até que uma nova estação para a linha dessa companhia fosse inaugurada”.

Ainda segundo o Condephaat, o complexo ferroviário mostra o avanço da economia cafeeira na região do Vale do Paraíba.

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