Sobre Trilhos https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br Viaje ao passado, conheça o presente e imagine o futuro das ferrovias Mon, 06 Dec 2021 06:15:10 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Trem entre São Luís e Parauapebas volta a transportar passageiros após um mês https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/06/19/trem-entre-sao-luis-e-parauapebas-volta-a-transportar-passageiros-apos-um-mes/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/06/19/trem-entre-sao-luis-e-parauapebas-volta-a-transportar-passageiros-apos-um-mes/#respond Sat, 19 Jun 2021 11:10:41 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/WhatsApp-Image-2021-06-18-at-23.17.31-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2806 O trem de passageiros operado pela Vale entre São Luís e Parauapebas (PA) retomou as atividades após praticamente um mês de interrupção devido a medidas restritivas adotadas por conta da pandemia da Covid-19.

O transporte de passageiros tinha sido suspenso em 24 de maio na Estrada de Ferro Carajás a pedido do governo do Pará, depois que foi detectada a circulação da cepa indiana do novo coronavírus no Maranhão.

A circulação do trem foi retomada na última quinta-feira (17) pela Vale, após pedido feito pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Em média, antes da pandemia utilizavam os serviços ferroviários cerca de 30 mil passageiros por mês.

A Carajás foi inaugurada em 1985 e percorre 870 quilômetros de trilhos, passando por 25 povoados e municípios. Ela liga a maior mina do mundo de minério de ferro a céu aberto, em Carajás, ao porto de Ponta da Madeira, na capital maranhense.

Além do trem que liga os estados da região Nordeste e Norte do país, a Vale opera o transporte de passageiros na Estrada de Ferro Vitória-Minas, que foi escolhida como uma das mais seguras do país.

São os dois únicos trens regulares de passageiros no Brasil. As duas ferrovias, juntas, transportam 59% da carga que circula nas ferrovias brasileiras.

No retorno das operações, as medidas sanitárias que estavam sendo adotadas antes da paralisação seguem valendo, como a redução de 50% no total de vagas oferecidas, aferição de temperatura antes do embarque, uso de máscaras, disponibilização de álcool em gel no trem e nas estações e venda de bilhetes prioritariamente pela internet. Além disso, o carro-restaurante não está em funcionamento.

A interrupção nas operações do trem não foi a primeira durante a pandemia no país, que chegou a ter paralisação total das atividades de trens regulares e turísticos, o que não ocorreu nem mesmo durante a Segunda Guerra (1939-1945) ou após a quebra da Bolsa de Nova York (1929).

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Concessionária busca respostas para 4 problemas em ferrovias; veja quais são https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/05/26/concessionaria-busca-respostas-para-4-problemas-em-ferrovias-veja-quais-sao/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/05/26/concessionaria-busca-respostas-para-4-problemas-em-ferrovias-veja-quais-sao/#respond Wed, 26 May 2021 18:42:21 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/WhatsApp-Image-2021-05-18-at-22.11.20-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2698 Há problemas nas ferrovias que, por mais que as equipes das concessionárias atuem, não conseguem solucionar, o que as obriga a buscar respostas no mercado

Como garantir informações atualizadas de rastreamento dos veículos ferroviários? Como eliminar restos de carga concentrada nos vagões? Como realizar manutenção em túneis com restrição de acesso? Como viabilizar a manutenção da via numa região com restrição de circulação de pessoas?

Para tentar encontrar soluções para esses quatro desafios, a concessionária MRS Logística lançou um programa de inovação aberta, que receberá até o dia 30 propostas de startups, universidades, empresas e especialistas no setor.

A concessionária fez uma parceria com a Neo Ventures para lançar o Open MRS, que busca ideias ou soluções para esses problemas com o objetivo de construir a “logística do futuro”, com abordagens criativas para as demandas.

Elas serão apresentados à empresa, que as avaliará e, se encontrar viabilidade na proposta, fechará contrato com as empresas ou universidades participantes, custeando a implantação –que depois poderá ter continuidade para adotar a solução em larga escala.

“É voltado para ajudar a gente a resolver desafios relevantes para nós e também para o setor ferroviário, pensando na importância que a logística tem para o Brasil. Basicamente é um programa que envolve startups e universidades para poder ajudar a gente de fato a inovar para os desafios para os quais a gente não tem resposta”, disse o gerente de gestão da inovação da MRS, Gabriel Serpa.

Os problemas são considerados alguns dos mais difíceis e que já são enfrentados pela concessionária há muito tempo. Várias soluções foram tentadas, mas nenhuma conseguiu resolver de maneira definitiva.

“Dois deles têm muito a ver com uma necessidade recente que a gente teve, de operar dentro de uma região onde não podemos entrar com pessoas e de fato muito relevantes nesse aspecto”, disse Serpa.

Segundo ele, por muito tempo a concessionária inovou por conta própria, mas desenvolver ideias em colaboração pode ser mais vantajoso para todos os envolvidos.

“Nem todas as pessoas brilhantes do mundo estão em nossa empresa, há gente brilhante fora, que ajuda a alcançar novos patamares. Vimos um amadurecimento nosso e também iniciativas em todos os setores da sociedade, valia a pena buscar esse apoio da sociedade.”

Até aqui, a concessionária já foi procurada, conforme o gerente, por embaixadas de países europeus e empresas de outros países, com propostas para a colaboração.

Desafios do tipo já foram lançados pelo setor ferroviário, como um em que a concessionária Rumo buscava soluções para melhorar a segurança nos cruzamentos entre a linha férrea e vias urbanas, as chamadas passagens em nível.

As duas, Rumo e MRS, com a VLI, lançaram também um programa para melhorar a eficiência na comunicação no porto de Santos, o principal do país.

Guilherme Delgado, gerente geral de transformação digital da MRS, disse que os problemas foram escolhidos para o programa de inovação por serem complexos.

Um dos trechos fica no entorno de Congonhas (MG), na frente norte da Ferrovia do Aço, de acordo com ele. “Não é uma iniciativa isolada, teremos esse programa de forma contínua. É o primeiro, mas teremos outros editais na frente”, disse Delgado.

A seleção dos projetos acontecerá até o dia 10 de junho.

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Ferrovia amplia volume de insumos siderúrgicos transportados em 2020 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/05/21/ferrovia-amplia-volume-de-insumos-siderurgicos-transportados-em-2020/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/05/21/ferrovia-amplia-volume-de-insumos-siderurgicos-transportados-em-2020/#respond Fri, 21 May 2021 14:42:15 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/VLI_FCA-_-CRED-Gustavo-Andrade-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2679 Apesar das dificuldades que a pandemia provocou na logística do país no ano passado, o transporte de insumos siderúrgicos por ferrovias cresceu no trecho da FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), administrada pela VLI.

Foram transportadas 7,52 milhões de toneladas em 2020, ante 7,26 milhões em 2019, o que representa um crescimento de 3,64%. É um aumento tímido, mas devem ser levados em conta os problemas provocados pela pandemia da Covid-19, que restringiu a circulação de pessoas e provocou mudanças nas operações de indústrias do setor.

De acordo com dados da FCA, nos últimos cinco anos foram transportadas 37,73 milhões de toneladas de materiais siderúrgicos na malha ferroviária da empresa, que incluem areia, calcário, cimento, clínquer, contêineres, coque, escória, ferro gusa, granito e minérios.

Por meio do corredor centro-leste, que recorta a Grande BH e o centro-oeste mineiro, ele atende, de acordo com a concessionária, demandas da indústria siderúrgica e a exportação de grãos pelo complexo de Tubarão, localizado em Vitória (ES).

O crescimento no transporte ferroviário de cargas foi registrado também no Tiplam (Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita), na Baixada Santista, onde o total de cargas movimentadas teve alta de 16,3% em 2020, em comparação com o ano anterior, e no corredor centro-norte (Maranhão e Tocantins).

Administrado pela VLI, o terminal em Santos teve aumento sustentado pelo transporte de grãos e açúcar pelas ferrovias e movimentou 12,6 milhões de toneladas. 

No caso da FCA, a logística de transporte dos insumos siderúrgicos é sustentada pelos terminais de Ouro Preto e Santa Luzia, ambos em Minas Gerais.

O Santa Luzia atua como centro para distribuir produtos siderúrgicos acabados e minério de ferro na Grande BH, interior de Minas Gerais e São Paulo e Sul do país, enquanto o Ouro Preto tem como objetivo escoar os produtos siderúrgicos do Vale do Aço mineiro para os mercados de Rio de Janeiro e São Paulo.

O balanço operacional de 2020 da concessionária mostra que o total transportado chegou a 39,55 milhões de toneladas, incluindo produtos do agronegócio e outros setores, ante 36,04 milhões de 2019, o que representa 9,8% de alta no período.  Um estudo do Instituto de Engenharia, aliás, indica a necessidade de unir ferrovia com o agro para o desenvolvimento do país.

A receita líquida da FCA saltou de R$ 2,41 bilhões, em 2019, para 2,68 bilhões no ano passado, 11% a mais.

A concessionária tem mais de 60 clientes ligados ao agronegócio, siderurgia, construção e industrializados, com e conexões entre as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do país.

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Por pouco, carro escapa de batida com trem, mostra vídeo de concessionária https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/05/20/por-pouco-carro-escapa-de-batida-com-trem-mostra-video-de-concessionaria/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/05/20/por-pouco-carro-escapa-de-batida-com-trem-mostra-video-de-concessionaria/#respond Thu, 20 May 2021 23:59:33 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/1-2-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2669 Acidentes envolvendo composições ferroviárias e veículos são, infelizmente, mais comuns do que se imagina no país.

Por conta desses acidentes, a concessionária MRS, que administra  1.643 quilômetros de trilhos em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, lançou uma campanha de conscientização dos motoristas que mostra dois episódios que quase culminaram em acidentes ferroviários.

Veja, no vídeo abaixo, o momento em que um carro cruza irregularmente a via férrea e quase é atingido por uma composição.

O vídeo que mostra o veículo branco foi registrado por uma câmera de segurança de passagem em nível em Juiz de Fora (MG), da malha da concessionária.

Os acidentes ferroviários registrados em todo o ano passado na área de concessão da MRS Logística apresentaram alta de 4% em comparação com o ano anterior, com crescimento no Rio de Janeiro e em Minas Gerais e queda em São Paulo.

De acordo com os dados da concessionária, foram registrados 103 acidentes nos três estados em que ela atua, incluindo atropelamentos e batidas em trechos onde o acesso de pedestres e veículos é proibido ou ainda em passagens em nível ao longo do trecho ferroviário.

Desses registros, 48 envolveram veículos e 55 foram resultantes de atropelamentos. Em 2019, houve 99 acidentes no total.

O total de atropelados caiu 27,6% (de 76 para 55), enquanto os acidentes envolvendo veículos mais do que dobraram, subindo de 23 para 48 entre 2019 e o ano passado.

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Após sete décadas, trilhos estão sendo retirados de área urbana de Barra Mansa https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/05/13/apos-sete-decadas-trilhos-estao-sendo-retirados-de-area-urbana-de-barra-mansa/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/05/13/apos-sete-decadas-trilhos-estao-sendo-retirados-de-area-urbana-de-barra-mansa/#respond Thu, 13 May 2021 20:58:29 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/Barra-Mansa-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2642 Retomadas no ano passado, as obras de readequação da linha férrea e do pátio de manobras de Barra Mansa (RJ) irão resultar na retirada das operações ferroviárias da região central da cidade, o que é alvo de queixas da população há pelo menos sete décadas, de acordo com a prefeitura.

O projeto gerido pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) prevê a adequação de 4,84 quilômetros do corredor ferroviário no perímetro urbano e a implantação e pavimentação de cerca de 5,7 quilômetros de vias urbanas.

Também serão criados dispositivos de transposição da faixa ferroviária para pedestres e veículos, para eliminar as principais passagens em nível com o feixe ferroviário. A retirada dos trilhos está sendo executada pela concessionária MRS Logística. Também há mudanças sob responsabilidade da VLI. No total, o investimento chega a R$ 94 milhões.

As obras de retirada do pátio de manobras do centro urbano de Barra Mansa são aguardadas há pelo menos sete décadas pela população. Além de promover o desenvolvimento da cidade, elas possibilitarão uma convivência mais harmônica entre os pedestres, o trânsito e a ferrovia”, diz a prefeitura.

Os trilhos que estão sendo retirados pela concessionária levam ao pátio de manobras, que será realocado. No local dos trilhos surgirá uma avenida, para desafogar o fluxo de veículos na região.

Para que as obras fossem realizadas, 40 imóveis foram desapropriados. De acordo com a prefeitura, parte das famílias foi indenizada financeiramente, enquanto 22 serão reassentadas. Dessas, 17 ficarão em imóveis que estão sendo construídos no Campo do Ferroviário e as outras 5 irão para o bairro Roberto Silveira.

As obras, embora desejadas há mais de 70 anos, foram iniciadas em 2010 e paralisadas quatro anos depois, justamente por conta da necessidade de desapropriações e reassentamentos de moradores.

A MRS, criada em 1996, administra uma malha ferroviária de 1.643 quilômetros em São Paulo, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro e concentra cerca de 20% das exportações do país.

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Acidentes em ferrovias têm queda em SP, mas crescem em Minas Gerais e no Rio https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/05/07/acidentes-em-ferrovias-tem-queda-em-sp-mas-crescem-em-minas-gerais-e-no-rio/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/05/07/acidentes-em-ferrovias-tem-queda-em-sp-mas-crescem-em-minas-gerais-e-no-rio/#respond Fri, 07 May 2021 23:08:54 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/1-2-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2598 Os acidentes ferroviários registrados em todo o ano passado na área de concessão da MRS Logística apresentaram alta de 4% em comparação com o ano anterior, com crescimento no Rio de Janeiro e em Minas Gerais e forte queda em São Paulo.

De acordo com os dados da concessionária, foram registrados 103 acidentes nos três estados em que atua. São computados no levantamento atropelamentos e batidas em trechos onde o acesso de pedestres e veículos é proibido ou ainda em passagens em nível ao longo do trecho ferroviário.

Desses registros, 48 envolveram veículos e 55 foram resultantes de atropelamentos. Em 2019, houve 99 acidentes no total.

O total de atropelados caiu 27,6% (de 76 para 55), enquanto os acidentes envolvendo veículos mais do que dobraram, subindo de 23 para 48 entre 2019 e o ano passado.

A MRS, criada em 1996, administra uma malha ferroviária de 1.643 quilômetros nos três estados e concentra cerca de 20% das exportações do país.

Em São Paulo, houve redução de 55,6% no total de acidentes, com 12 ocorrências no total, ante as 27 do ano anterior.

O Rio de Janeiro, ao contrário, apresentou aumento de 41,2% nos acidentes, enquanto em Minas Gerais a alta foi de 13,2%.

O Rio, aliás, foi o estado com maior volume de ocorrências, 48, seguido por Minas, com 43, e São Paulo.

Por meio da assessoria de comunicação da concessionária, o gerente de segurança operacional da MRS, Filipe Berzoini, disse que os números mostram a importância de ter mais atenção ao atravessar as passagens em nível.

“Em 2020, a circulação de pessoas e veículos foi reduzida em função das medidas de isolamento social. Ainda assim, vemos que houve mais abalroamentos, ou seja, colisões de composições ferroviárias com veículos. O menor movimento nas ruas pode ter levado as pessoas a dirigirem mais desatentas, como se o trânsito menos pesado permitisse um relaxamento.”

Três cidades apresentaram mais casos, com destaque para Juiz de Fora (MG), com 13 acidentes, dos quais 12 atropelamentos.

Em Barra Mansa (RJ), foram 11 casos, com 5 atropelamentos, seguida por Nova Iguaçu (RJ), com 6 registros, sendo 1 atropelamento.

A concessionária diz ter ampliado a vedação da linha férrea em 2,2 quilômetros em Belo Horizonte, Conselheiro Lafaiete e Juiz de Fora (todas em Minas Gerais), e em Aparecida, Guaratinguetá e Taubaté, em São Paulo,  para ampliar a segurança ferroviária, além de outras intervenções pontuais.

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Terminal em Santos recebe 16% mais cargas via ferrovia com avanço do agro https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/04/26/terminal-em-santos-recebe-16-mais-cargas-via-ferrovia-com-avanco-do-agro/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/04/26/terminal-em-santos-recebe-16-mais-cargas-via-ferrovia-com-avanco-do-agro/#respond Mon, 26 Apr 2021 23:45:01 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/111-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2537 O total de cargas movimentadas no Tiplam (Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita), na Baixada Santista, apresentou crescimento de 16,3% em 2020, em comparação com o ano anterior, com o impulso do transporte de grãos e açúcar pelas ferrovias.

Administrado pela concessionária VLI, o terminal em Santos movimentou 12,6 milhões de toneladas, entre grãos, açúcar e fertilizantes em todo o ano passado.

Um estudo concluído no ano passado pelo Instituto de Engenharia, organização com mais de cem anos de atuação, mostrou que o caminho para o escoamento da produção do agronegócio nacional é o investimento no desenvolvimento ferroviário do país.

Juntos, mostra o estudo, o agro e as ferrovias podem contribuir para o crescimento da economia nacional, gerando empregos, reduzindo custos –em relação ao sistema rodoviário, emissão de gás carbônico e perdas–, e ampliando a capacidade de transporte devido ao tamanho das composições, diz o instituto.

O volume transportado pela VLI representa 1,7 milhão de toneladas a mais que o total de 2019, que alcançou 10,9 milhões de toneladas. Em comparação com 2018, o avanço é de 31,4% (9,6 milhões de toneladas).

De acordo com a concessionária, só o volume de soja, milho e açúcar exportados a partir do terminal superou 8 milhões de toneladas, ou 63,5% do total acumulado no ano passado.

A VLI informou, por meio de sua assessoria, que a integração com o modal ferroviário torna o processo de escoamento de produtos mais ágil e permite que o terminal receba, diariamente, três composições, cada uma delas com 80 vagões.

A alta foi puxada pelo avanço de 26,7% na movimentação de soja, que alcançou 2,5 milhões de toneladas, e de açúcar, que cresceu 29,9% -chegou a 3,9 milhões de toneladas.

A safra de cana-de-açúcar 2020/21 viu, nas usinas do centro-sul do país, a produção de etanol recuar 8,7% devido às restrições de circulação provocadas pela Covid-19 e, ao mesmo tempo, aumentar a fabricação de açúcar.

Com preços mais atrativos, uma parcela maior de cana em comparação à safra passada foi destinada a produzir açúcar, cuja fabricação alcançou 38,46 milhões de toneladas no último dia 31 de março. Isso representa 43,73% mais que as 26,76 milhões da safra passada.

Segundo a VLI, a concessionária é responsável por movimentar 25% do açúcar exportado a partir do porto de Santos.

Dois armazéns de açúcar, construídos em parceria com a Tereos no Tiplam e no terminal em Guará, na região de Barretos, têm capacidade de 240 mil toneladas e foram vistos como essenciais para a ampliação das exportações. O investimento nos armazéns superou R$ 200 milhões.

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De olho no agro, transporte ferroviário no corredor centro-norte quase dobra https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/04/17/de-olho-no-agro-transporte-ferroviario-no-corredor-centro-norte-quase-dobra/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/04/17/de-olho-no-agro-transporte-ferroviario-no-corredor-centro-norte-quase-dobra/#respond Sat, 17 Apr 2021 11:10:26 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/Movimentação-em-terminal-de-grãos-do-corredor-centro-norte-Divulgação-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2468 Impulsionado pelo agronegócio, o transporte ferroviário de cargas no corredor centro-norte, que percorre trilhos dos estados do Maranhão e Tocantins, cresceu 89,5% nos últimos cinco anos.

O corredor teve movimentação de 41,7 milhões de toneladas de cargas desde 2016, que rodaram o trecho da ferrovia Norte-Sul administrado pela concessionária VLI e a Estrada de Ferro Carajás.

Desse montante, 10,6 milhões de toneladas circularam apenas no ano passado, o que representa um crescimento de 6,7% em comparação com o ano anterior, de acordo com a VLI.

A ferrovia Norte-Sul tem as operações divididas entre VLI e Rumo. A primeira administra o trecho entre Porto Nacional (TO) e Açailândia (MA), de onde há conexão com a Estrada de Ferro Carajás, operada pela Vale, até o porto de Itaqui (MA).

Já a Rumo venceu em 2019 leilão do trecho entre Porto Nacional e Estrela D’Oeste, no interior paulista. A primeira das três partes em que a concessão foi dividida foi inaugurada em março, ligando São Simão (GO) a Estrela D’Oeste.

O trecho, de 172 quilômetros, operava em fase de testes desde fevereiro e foi o primeiro da Malha Central da Rumo, após investimento de R$ 711 milhões —no terminal, em pontes e em dezenas de quilômetros de trilhos.

Já no chamado tramo norte da ferrovia, que está sob responsabilidade da VLI, foram investidos R$ 997,6 milhões nos cinco anos, para manutenção e modernização dos ativos e projetos ambientais, de saúde e de segurança.

São utilizados no trecho mais de 3.000 vagões, o quádruplo do que existia em 2015.

O corredor é visto pela concessionária como o “futuro da logística nacional” e por meio do qual o agronegócio alcançará novo patamar no transporte de milho, soja e farelo de soja. Para integrar a ferrovia com as rodovias, foram implantados terminais em Porto Nacional e Palmeirante (Tocantins) e um terminal portuário em São Luís.

O modal ferroviário é responsável por transportar 15% das cargas no Brasil, índice muito inferior aos de países como EUA (43%) e Rússia (81%), conforme dados da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários).

Além do trecho da Norte-Sul, a VLI engloba a FCA (Ferrovia Centro-Atlântica) e possui terminais intermodais e portuários em cidades como Santos e Vitória.

A Norte-Sul é uma ferrovia cuja história se arrasta desde a década de 1980. Em 13 de maio de 1987, a Folha publicou reportagem de Janio de Freitas que mostrou que a concorrência para a construção da ferrovia tinha sido uma farsa. De forma cifrada, o resultado das empresas vencedoras tinha sido publicado cinco dias antes.

Além disso, até 2017 a ferrovia já tinha consumido R$ 28 bilhões em valores corrigidos pela inflação e órgãos de controle e fiscalização estimavam que pelo menos um terço tinha sido superfaturado.

Cinco anos antes, a PF (Polícia Federal) deflagrou operação que revelou corrupção nas obras feitas pela Valec, estatal que então detinha a concessão da ferrovia.

As obras atrasaram porque houve troca de executivos e centenas de pendências com o TCU (Tribunal de Contas da União) tiveram de ser resolvidas para que o embargo às obras fosse suspenso. Contratos foram refeitos para que os sobrepreços fossem cancelados.

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Soja domina embarques em trens na ferrovia Norte-Sul no primeiro semestre https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/03/04/soja-domina-embarques-em-trens-na-ferrovia-norte-sul-no-primeiro-semestre/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/03/04/soja-domina-embarques-em-trens-na-ferrovia-norte-sul-no-primeiro-semestre/#respond Thu, 04 Mar 2021 19:54:54 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/03/4-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2392 O transporte de soja vai dominar os embarques no primeiro semestre no terminal ferroviário de São Simão (GO), inaugurado nesta quinta-feira (4) e que faz parte do primeiro dos três trechos da ferrovia Norte-Sul operados pela concessionária Rumo.

O trecho já estava em funcionamento desde a segunda semana de fevereiro, sempre transportando soja até o porto de Santos, o principal do país.

O trem que marcou oficialmente a inauguração do terminal ferroviário na cidade goiana também deixou o local nesta quinta com 120 vagões carregados de soja, cenário que só deve deixar de ocorrer a partir de julho, de acordo com o presidente da Rumo, José Alberto Abreu.

“Até junho, julho, praticamente esse vai ser o produto a ser transportado. Provavelmente a partir do segundo semestre a gente vai começar a descer com milho. E tem farelo também”, afirmou.

A Norte-Sul é uma ferrovia cuja história se arrasta desde a década de 1980. Em 13 de maio de 1987, a Folha publicou reportagem de Janio de Freitas que mostrou que a concorrência para a construção da ferrovia tinha sido uma farsa. De forma cifrada, o resultado dos vencedores da concorrência tinha sido publicado cinco dias antes.

O trecho aberto tem 172 km e conecta a cidade goiana a Estrela D’Oeste, no interior de São Paulo, que integra a chamada malha paulista, já operada pela Rumo.

Com a inauguração da rota, Abreu afirmou que São Paulo se conectará com outras regiões brasileiras, o que poderá ser importante para o transporte de cargas em geral.

“Todo o provedor de combustíveis de Mato Grosso, de diesel e gasolina, é São Paulo. Falamos de grãos, mas a Rumo sobe [a partir de Santos] com diesel, gasolina, e abastece aquele estado com combustível, já que não tem refinaria. E desce com etanol de milho, por outro lado”, afirmou.

A concessionária investiu R$ 711 milhões em obras, que incluem terminal, pontes e dezenas de quilômetros de trilhos.

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Trens passam a operar com 120 vagões para atender safra de soja em MT https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/03/01/composicoes-passam-a-operar-com-120-vagoes-para-atender-safra-de-soja-em-mt/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/03/01/composicoes-passam-a-operar-com-120-vagoes-para-atender-safra-de-soja-em-mt/#respond Mon, 01 Mar 2021 19:45:58 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/02/DJI_0049-min-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2381 Até o ano passado, os trens que deixavam Rondonópolis (MT) para levar soja até o porto de Santos, o principal do país, transportavam 7.600 toneladas, mas agora têm transportado 11.500. O que aconteceu?

Dois anos após um plano iniciado em 2018, as composições operadas pela concessionária Rumo no principal corredor ferroviário do agronegócio brasileiro agora têm feito viagens com 120 vagões, 50% a mais que os 80 utilizados até a safra passada.

Com isso, além da capacidade transportada, aumentaram o comprimento do trem –que passou de 1,5 quilômetro para 2,2 quilômetros– e a eficiência, com ganhos em emissão de gases e economia de combustível.

Após mais de 500 viagens de testes, desde o início da safra na cidade mato-grossense, em fevereiro, sete trens têm saído por dia rumo a Santos, cada um com 10.500 toneladas de soja, o que significa 73.500 toneladas diárias.

“Consigo colocar mais volume num trecho inteiro só aumentando o comprimento do trem. Ganho capacidade, reduzo o número de trens para fazer o mesmo volume. Outro ponto, a expectativa ao fazer a simulação era de que teríamos um trem muito melhor em emissão de gases e economia de combustível. Isso se mostrou de fato, tivemos economia energética 5% melhor em comparação com 2019 e uma parcela desses 5% tivemos já em função dos testes que fizemos. Em 2021 teremos isso num percentual muito maior”, disse Darlan Fábio De David, vice-presidente da Operação Norte da Rumo.

A fase de testes mostrou que, a cada 100 viagens feitas com o trem de 120 vagões, há um ganho de combustível equivalente a 4 trens.

 

Comprimento da nova composição chega a 2,2 quilômetros (Divulgação/Rumo)
Comprimento da nova composição chega a 2,2 quilômetros (Divulgação/Rumo)

Segundo ele, o plano de ganho de capacidade começou em 2018 e envolveu mapeamento da tecnologia embarcada nas locomotivas, como é o carregamento em Rondonópolis, o tempo que leva para embarcar toda a carga, como seria trafegar por todas as cidades paulistas e a chegada a Santos.

A malha paulista é altamente recortada, com curvas irregulares e traçado que dificulta a operação de grandes composições. Isso acontece devido às suas origens, entre o fim do século 19 e as primeiras décadas do século 20.

Criadas em sua maioria para atender aos interesses dos cafeicultores, as ferrovias iam até as fazendas para que as cargas de café fossem embarcadas. Lembre-se, no século 19 não havia caminhões ou outro meio de transporte que não fossem as mulas ou carroças.

De acordo com David, o trem com 120 vagões é um compromisso que a concessionária assumiu na renovação antecipada da concessão da malha paulista, que terá investimentos de R$ 6 bilhões. A concessão terá duração até 2058.

Um trem desse tamanho não é inédito no país, já que há outras ferrovias que transportam minério, por exemplo, em que as composições chegam a ter 300 vagões. Em outras, não é possível trafegar com mais de 40 vagões.

Isso é determinado conforme a existência ou não de trechos de serra ou raios de curvatura menores, por exemplo.

As ferrovias mais modernas são desenhadas para ter trens mais longos, mas isso, na avaliação de David, não significa deixar de utilizar os caminhões.

Segundo a Rumo, mais de 1.600 caminhões carregados com grãos e farelo de soja descarregam diariamente no terminal de Rondonópolis, de onde a carga embarca rumo a Santos. “Eles têm um papel fundamental na logística ferroviária, porque são o complemento. A ferrovia não chega a cada fazenda, mas o caminhão chega.”

Com a alteração no tamanho dos trens, a capacidade de cada um passou da equivalência de 173 caminhões para 261 caminhões.

De acordo com a Rumo, além das adequações feitas nas malhas paulista e norte, a operação envolvendo a malha central (ferrovia Norte-Sul), entre Porto Nacional (TO) e Estrela D’Oeste (SP) está sendo estruturada para atender as operações com os trens de 120 vagões.

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