Exposição conta a história da primeira fábrica de vagões ferroviários do país
A FNV (Fábrica Nacional de Vagões), primeira fábrica brasileira de vagões ferroviários, é tema de uma exposição que está aberta ao público até a próxima sexta-feira (1) em Cruzeiro (a 219 km de São Paulo).
Surgida em 22 de outubro de 1943 no Rio de Janeiro, no governo Getúlio Vargas (1882-1954) a FNV foi transferida para Cruzeiro dois anos depois e tem um histórico de atuação no setor ferroviário, mas não só nele.
As imagens fotográficas de “Fábrica: história, memórias e vidas em Cruzeiro” contam a história da primeira indústria brasileira de vagões e o cotidiano da cidade do interior paulista. A exposição foi aberta na última sexta-feira (25) no museu Major Novaes.
A exposição de parte do acervo fotográfico está sendo realizada pela AmstedMaxion, originária da FNV.
A empresa surgiu num período em que Vargas buscava fortalecer a indústria nacional e ampliar as ferrovias no país. Os primeiros vagões com estrutura metálica da FNV datam de 1948.
O surgimento, em meio à Segunda Guerra, precede o início da piora da situação econômica do sistema ferroviário, iniciada nos anos 50, como mostramos aqui. Naquela década, começaram demissões em massa em companhias de trens, além de transformações de estações em simples pontos de parada de composições.
HISTÓRIA
A empresa, na década seguinte à transferência para Cruzeiro, diversificou a sua linha de atuação e ingressou no segmento rodoviário, que se desenvolveu muito desde então no Brasil.
Em 1956, começou a fabricar caminhões e automóveis e, em 1958, longarinas. Já em 1990, o grupo Iochpe-Maxion assumiu o controle da empresa, que em 1998 foi dividido em duas empresas distintas, uma voltada para setor ferroviário e fundição e outra para autopeças e implementos rodoviários. Em 2000, a partir de uma joint venture entre a Iochpe-Maxion e a norte-americana Amsted Industries, surgiu a AmstedMaxion.
A exposição, gratuita, pode ser visitada das 8h às 17h (av. Jorge Tibiriçá, s/nº, Vila Canevari, Cruzeiro).