Trens, metrôs e VLTs transportam 10,9 milhões de passageiros por dia no país
Em um ano, o Brasil viu crescer 9,2% em dias úteis o total de passageiros transportados por metrôs, trens e VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos). São, hoje, 10,9 milhões de usuários diariamente nos sistemas, de acordo com estudo divulgado pela ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos), que reúne as concessionárias que atuam no setor no Brasil.
O total é concentrado em São Paulo (33,8%) e Rio de Janeiro (25,9%), estados que juntos responderam por seis em cada dez quilômetros de trilhos em todo o ano passado. Na sequência, aparece o Ceará, com 7,5% do total.
O balanço do setor mostra ainda que o Brasil tem atualmente 1.105 quilômetros de malha metroferroviária, com a perspectiva de ter um crescimento pequeno neste ano.
Enquanto em 2018 foram previstos 41,3 quilômetros de trilhos novos –e realizados 41 quilômetros–, para este ano a previsão é bem mais modesta: 9,8 quilômetros. É mais um indicativo de que a indústria ferroviária vai mal: em 2018, foram fabricadas apenas 64 locomotivas no país, pior desempenho do setor desde 2009, conforme a Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária).
A frota em 2018 só cresceu 1,7%, com 91 carros de passageiros incorporados aos sistemas, que fazem com que as concessionárias atuem com 5.444 unidades.
EXPANSÕES
Os 41 quilômetros de crescimento do ano passado foram possíveis com as expansões de linhas em São Paulo, Ceará e Bahia. Surgiram duas novas rotas: Linha 13-Jade, em São Paulo, e no VLT de Fortaleza (CE).
Presidente da ANPTrilhos, Joubert Flores disse, por meio de sua assessoria, que o desenvolvimento do setor é pequeno perto da demanda de deslocamentos do país.
“O transporte metroferroviário está presente em apenas 13 regiões metropolitanas, de um total de 63 de médio e grande porte.”
O deslocamento para o trabalho, claro, é líder absoluto entre os usuários. Sete em cada dez passageiros afirmam que utilizam o sistema para ir e voltar de seus empregos. Em seguida, aparece o lazer, com 20%. Entre os outros motivos apontados estão estudo e saúde.