País registra cinco descarrilamentos em linhas férreas em menos de um mês

Num caso, um vagão saiu do trilho e levou outros juntos. Em outro, um vagão simplesmente se soltou de um trem. Num terceiro, um adolescente é suspeito de ter sabotado os trilhos. Seja por um ou outro motivo, o país registrou ao menos cinco descarrilamentos de trens em três estados em um intervalo inferior a um mês.

No total, os acidentes atingiram 24 vagões e duas locomotivas. Em nenhum deles houve registro de feridos, segundo as concessionárias que administram os trechos.

O mais recente deles ocorreu em Pedro Leopoldo, na região metropolitana de Belo Horizonte. No último dia 13, um dos vagões saiu dos trilhos na cidade mineira e, em seguida, outros dez também tombaram. Os vagões estavam vazios.

No dia anterior, um vagão descarrilou e se soltou de um trem em Uberaba, no Triângulo Mineiro. O descarrilamento ocorreu quando o trem passava num viaduto.

Além dos dois registros de Minas Gerais, houve notificações de descarrilamentos em São Paulo (1) e no Paraná (2).

Em Taquaritinga (a 334 km de São Paulo), duas locomotivas e quatro vagões carregados com óleo diesel descarrilaram e interromperam a circulação de trens por 17 horas no último dia 7.

O acidente aconteceu no pátio ferroviário da cidade, às 15h –a linha só foi liberada na manhã do dia seguinte.

Houve princípio de vazamento em uma das locomotivas que fazia o trajeto São Paulo-Mato Grosso, mas ele foi contido pelos técnicos da Rumo, que administra o trecho.

No Paraná, os casos ocorreram no último dia 3 e em 17 de julho.

Sete vagões descarrilaram em Cambé no dia 3 e, em julho, um vagão descarrilou em Ponta Grossa depois de um adolescente ter colocado parafusos nos trilhos. O caso é investigado pela polícia.

MORTES

Em 2013, a linha férrea que corta São José do Rio Preto (a 438 km de São Paulo) ficou nove dias interditada devido a um descarrilamento de trem que matou oito pessoas.

A interdição provocou congestionamento ferroviário, com ao menos 800 vagões parados na região com 80 mil toneladas de grãos (milho e soja), além de açúcar e combustível.