Trens levaram 10% mais combustível em SP durante protestos de caminhoneiros
Uma semana após o início dos protestos dos caminhoneiros em rodovias do país, a região de Bauru ainda tinha combustível nos postos para abastecer os veículos.
Enquanto motoristas ficavam horas parados em postos à espera de gasolina, etanol e diesel nas maiores cidades do país, Bauru e outras cidades paulistas demoraram mais a sofrer os impactos das paralisações dos motoristas por receberem combustíveis por meio de ferrovias.
As bases das distribuidoras na região e no entorno de São José do Rio Preto apresentaram crescimento de 10% nos carregamentos diários de combustíveis durante o período de manifestações nas rodovias, de acordo com a Rumo, concessionária da ferrovia que atende as regiões.
Segundo a empresa, os combustíveis eram levados da Replan, em Paulínia, para as centrais de abastecimento das duas cidades.
Conforme a Rumo, nos últimos três anos o volume de combustíveis transportados por trens entre São Paulo e Mato Grosso teve aumento de 25% e atualmente representa 44% do volume transportado no trecho.
No ano passado, na chamada operação norte –São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul– foram transportados 2,4 bilhões de toneladas dos três combustíveis.
Embora tenha recebido combustível, Bauru não ficou livre de problemas. Manifestantes passaram a fazer atos em frente ao local de onde saíam os caminhões depois de abastecidos com produtos transportados pelos trens, bloqueando a saída dos veículos.
Durante o período de protestos, uma composição com dez vagões carregada com 650 mil litros de diesel descarrilou na cidade, pouco antes de chegar a uma distribuidora. Para a Polícia Civil, a suspeita é de sabotagem.