Até árvores crescem em prédio de complexo ferroviário abandonado

Uma das mais antigas estações ferroviárias do interior de São Paulo está sendo, a cada dia, corroída pela falta de preservação.

Estação que integrava a malha ferroviária da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, Cordeirópolis –que leva o nome da cidade em que está localizada– vê a arquitetura desaparecer com o tempo e acumula ferrugem em suas estruturas, entre outros problemas.

O telhado está destruído e mato e até árvores cresceram em imóveis que integravam o complexo ferroviário.

O armazém da antiga estação também está em ruínas e moradores relatam a presença constante de usuários de drogas na região ferroviária de Cordeirópolis.

O que desperta mais a atenção –e a indignação de órgãos ligados à preservação ferroviária– é que, até 1995, a estação recebia trens de passageiros. Ou seja, a desativação é relativamente recente, se comparada a outros locais que deixaram de ser atendidos por trens.

Os trilhos ainda estão no local, mas somente para atender o transporte de cargas.

A estação foi fundada em 1876, apenas quatro anos depois do surgimento do primeiro trecho da Companhia Paulista, entre Jundiaí e Campinas.

A Prefeitura de Cordeirópolis fez um encontro com ferroviários no último mês e, entre os pontos discutidos na reunião, foi citada a possibilidade de fazer a pavimentação da região e estudar um possível projeto de reestruturação do complexo.

O argumento já foi utilizado pelo governo em anos anteriores. Uma das intenções era criar no local um centro cultural, mas o projeto não foi adiante devido à falta de recursos financeiros. O prédio da estação foi apenas cercado desde então.