Sobre Trilhos https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br Viaje ao passado, conheça o presente e imagine o futuro das ferrovias Mon, 06 Dec 2021 06:15:10 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Trem entre cidades mineiras inaugurado há 140 anos tem atividades suspensas https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/06/10/trem-entre-cidades-mineiras-inaugurado-ha-140-anos-tem-atividades-suspensas/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/06/10/trem-entre-cidades-mineiras-inaugurado-ha-140-anos-tem-atividades-suspensas/#respond Thu, 10 Jun 2021 10:50:23 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/1-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2768 O trem que percorre os trilhos entre as cidades históricas de São João del-Rei e Tiradentes, em Minas Gerais, terá as atividades suspensas a partir desta sexta-feira (11). A maria-fumaça que faz a rota inaugurada há 140 anos por dom Pedro 2º em meio a rios, montanhas e estações que preservam a arquitetura do século 19 sofrerá paralisação devido às restrições provocadas pela pandemia da Covid-19.

A paralisação ocorrerá apenas 41 dias depois de a rota ter sido reaberta pela concessionária VLI, responsável pela manutenção do roteiro. Antes, tinha ficado interrompida outros 48 dias.

Inaugurada em 1881, a rota entre as cidades mineiras foi uma das que contaram com a presença do imperador em suas viagens iniciais, como aconteceu também em outros locais, como no interior paulista.

“O objetivo é resguardar a saúde da comunidade e dos empregados da empresa, em razão do risco de disseminação do coronavírus. A medida atende ao Programa Minas Consciente, do governo estadual, que tornou a onda vermelha mais restritiva”, diz trecho de comunicado da concessionária sobre a suspensão das atividades.

O roteiro contempla 12 quilômetros de travessia por paisagens que apresentam diversidade ecológica, construções que preservam a arquitetura do século 19 e integravam a antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas.

A maria-fumaça, que opera com bitola (distância entre a parte interna dos trilhos) de 76 centímetros, percorre as serras do complexo de São José e tem atrações como a rotunda, equipamento que no passado fazia o giro da locomotiva nas estações para que ela pudesse retornar à estação de origem.

O trajeto entre as cidades é percorrido em 45 minutos.

Ainda não há previsão para o retorno das operações da rota. Passageiros que tinham comprado bilhetes antecipados poderão pedir a remarcação da viagem ou o reembolso do valor.

Em São João del-Rei há um museu inaugurado há 40 anos, e que já estava fechado temporariamente, que conta a história da extinta Estrada de Ferro Oeste de Minas.

A ferrovia teve vida curta. Com dívidas e muitas dificuldades para operar, ela foi liquidada ainda em 1900, 19 anos após a criação, e adquirida pelo governo federal três anos depois.

Em 1931, foi arrendada pelo governo mineiro e passou a fazer parte da RMV (Rede Mineira de Viação).

O acervo do museu abriga a primeira locomotiva utilizada na ferrovia.

Até a interrupção, as viagens estavam disponíveis de sexta-feira a domingo, com partidas às 10h de São João del-Rei e às 11h15 de Tiradentes.

O passeio custa R$ 70 (ida) e R$ 80 (ida e volta). A entrada é gratuita para crianças até 5 anos. Pagam meia-entrada crianças de 6 a 12 anos, estudantes e pessoas acima de 60 anos.

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Ferrovia amplia volume de insumos siderúrgicos transportados em 2020 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/05/21/ferrovia-amplia-volume-de-insumos-siderurgicos-transportados-em-2020/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/05/21/ferrovia-amplia-volume-de-insumos-siderurgicos-transportados-em-2020/#respond Fri, 21 May 2021 14:42:15 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/VLI_FCA-_-CRED-Gustavo-Andrade-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2679 Apesar das dificuldades que a pandemia provocou na logística do país no ano passado, o transporte de insumos siderúrgicos por ferrovias cresceu no trecho da FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), administrada pela VLI.

Foram transportadas 7,52 milhões de toneladas em 2020, ante 7,26 milhões em 2019, o que representa um crescimento de 3,64%. É um aumento tímido, mas devem ser levados em conta os problemas provocados pela pandemia da Covid-19, que restringiu a circulação de pessoas e provocou mudanças nas operações de indústrias do setor.

De acordo com dados da FCA, nos últimos cinco anos foram transportadas 37,73 milhões de toneladas de materiais siderúrgicos na malha ferroviária da empresa, que incluem areia, calcário, cimento, clínquer, contêineres, coque, escória, ferro gusa, granito e minérios.

Por meio do corredor centro-leste, que recorta a Grande BH e o centro-oeste mineiro, ele atende, de acordo com a concessionária, demandas da indústria siderúrgica e a exportação de grãos pelo complexo de Tubarão, localizado em Vitória (ES).

O crescimento no transporte ferroviário de cargas foi registrado também no Tiplam (Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita), na Baixada Santista, onde o total de cargas movimentadas teve alta de 16,3% em 2020, em comparação com o ano anterior, e no corredor centro-norte (Maranhão e Tocantins).

Administrado pela VLI, o terminal em Santos teve aumento sustentado pelo transporte de grãos e açúcar pelas ferrovias e movimentou 12,6 milhões de toneladas. 

No caso da FCA, a logística de transporte dos insumos siderúrgicos é sustentada pelos terminais de Ouro Preto e Santa Luzia, ambos em Minas Gerais.

O Santa Luzia atua como centro para distribuir produtos siderúrgicos acabados e minério de ferro na Grande BH, interior de Minas Gerais e São Paulo e Sul do país, enquanto o Ouro Preto tem como objetivo escoar os produtos siderúrgicos do Vale do Aço mineiro para os mercados de Rio de Janeiro e São Paulo.

O balanço operacional de 2020 da concessionária mostra que o total transportado chegou a 39,55 milhões de toneladas, incluindo produtos do agronegócio e outros setores, ante 36,04 milhões de 2019, o que representa 9,8% de alta no período.  Um estudo do Instituto de Engenharia, aliás, indica a necessidade de unir ferrovia com o agro para o desenvolvimento do país.

A receita líquida da FCA saltou de R$ 2,41 bilhões, em 2019, para 2,68 bilhões no ano passado, 11% a mais.

A concessionária tem mais de 60 clientes ligados ao agronegócio, siderurgia, construção e industrializados, com e conexões entre as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do país.

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Rota aberta por dom Pedro 2º entre São João del-Rei e Tiradentes volta a operar https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/05/02/rota-aberta-por-dom-pedro-2o-entre-sao-joao-del-rei-e-tiradentes-volta-a-operar/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/05/02/rota-aberta-por-dom-pedro-2o-entre-sao-joao-del-rei-e-tiradentes-volta-a-operar/#respond Sun, 02 May 2021 13:58:48 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/1-1-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2579 Trem que percorre uma histórica rota com rios, montanhas e estações que preservam a arquitetura do século 19, a maria-fumaça entre São João del-Rei e Tiradentes voltou a operar após um hiato provocado pelas medidas restritivas adotadas devido à pandemia da Covid-19.

Inaugurada em 1881 por dom Pedro 2º, a rota entre as cidades mineiras foi uma das que contaram com a presença do imperador em suas viagens inaugurais, como ocorreu também em outros locais, como no interior paulista.

A maria-fumaça voltou aos trilhos na última sexta-feira (30), 48 dias depois de ter sido interrompida pela concessionária VLI, que a administra, em cumprimento às medidas restritivas de circulação decretadas em Minas Gerais.

As viagens estarão disponíveis de sexta-feira a domingo, com partidas às 10h de São João del-Rei e às 11h15 de Tiradentes. O trajeto entre as cidades é percorrido em 45 minutos.

O roteiro contempla 12 quilômetros de travessia por paisagens que apresentam diversidade ecológica, construções que preservam a arquitetura do século 19 e integravam a antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas.

A maria-fumaça, que opera com bitola (distância entre a parte interna dos trilhos) de 76 centímetros, percorre as serras do complexo de São José e tem atrações como a rotunda, equipamento que no passado fazia o giro da locomotiva nas estações para que ele pudesse retornar à estação de origem.

Segundo a VLI, foram adotadas medidas para garantir a segurança dos passageiros e empregados, como a redução da grade de trens e de assentos disponíveis, a higienização dos assentos antes de cada passeio, segregação dos acessos de entrada e saída das estações, demarcações de distanciamento, suspensão da feira de artesanato na estação e da visitação do museu de São João del-Rei, instalação de tapetes higienizadores e aferição de temperatura dos passageiros.

O museu, agora fechado temporariamente, foi inaugurado há 40 anos e conta a história da extinta Estrada de Ferro Oeste de Minas. Seu acervo, inclusive, abriga a primeira locomotiva utilizada na ferrovia.

A Oeste de Minas teve vida curta. Cheia de dívidas e dificuldades para operar, foi liquidada ainda em 1900, 19 anos após a criação, e adquirida pelo governo federal três anos depois.

Em 1931, foi arrendada pelo governo mineiro e passou a fazer parte da RMV (Rede Mineira de Viação).

O passeio custa R$ 70 (ida) e R$ 80 (ida e volta). A entrada é gratuita para crianças até 5 anos. Pagam meia-entrada crianças de 6 a 12 anos, estudantes e pessoas acima de 60 anos.

As bilheterias nas duas cidades históricas funcionam de 4ª a sábado das 8h às 12h e das 13h às 17h. Aos domingos, das 8h às 12h. Informações: (32) 3371-8485.

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Terminal em Santos recebe 16% mais cargas via ferrovia com avanço do agro https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/04/26/terminal-em-santos-recebe-16-mais-cargas-via-ferrovia-com-avanco-do-agro/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/04/26/terminal-em-santos-recebe-16-mais-cargas-via-ferrovia-com-avanco-do-agro/#respond Mon, 26 Apr 2021 23:45:01 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/111-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2537 O total de cargas movimentadas no Tiplam (Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita), na Baixada Santista, apresentou crescimento de 16,3% em 2020, em comparação com o ano anterior, com o impulso do transporte de grãos e açúcar pelas ferrovias.

Administrado pela concessionária VLI, o terminal em Santos movimentou 12,6 milhões de toneladas, entre grãos, açúcar e fertilizantes em todo o ano passado.

Um estudo concluído no ano passado pelo Instituto de Engenharia, organização com mais de cem anos de atuação, mostrou que o caminho para o escoamento da produção do agronegócio nacional é o investimento no desenvolvimento ferroviário do país.

Juntos, mostra o estudo, o agro e as ferrovias podem contribuir para o crescimento da economia nacional, gerando empregos, reduzindo custos –em relação ao sistema rodoviário, emissão de gás carbônico e perdas–, e ampliando a capacidade de transporte devido ao tamanho das composições, diz o instituto.

O volume transportado pela VLI representa 1,7 milhão de toneladas a mais que o total de 2019, que alcançou 10,9 milhões de toneladas. Em comparação com 2018, o avanço é de 31,4% (9,6 milhões de toneladas).

De acordo com a concessionária, só o volume de soja, milho e açúcar exportados a partir do terminal superou 8 milhões de toneladas, ou 63,5% do total acumulado no ano passado.

A VLI informou, por meio de sua assessoria, que a integração com o modal ferroviário torna o processo de escoamento de produtos mais ágil e permite que o terminal receba, diariamente, três composições, cada uma delas com 80 vagões.

A alta foi puxada pelo avanço de 26,7% na movimentação de soja, que alcançou 2,5 milhões de toneladas, e de açúcar, que cresceu 29,9% -chegou a 3,9 milhões de toneladas.

A safra de cana-de-açúcar 2020/21 viu, nas usinas do centro-sul do país, a produção de etanol recuar 8,7% devido às restrições de circulação provocadas pela Covid-19 e, ao mesmo tempo, aumentar a fabricação de açúcar.

Com preços mais atrativos, uma parcela maior de cana em comparação à safra passada foi destinada a produzir açúcar, cuja fabricação alcançou 38,46 milhões de toneladas no último dia 31 de março. Isso representa 43,73% mais que as 26,76 milhões da safra passada.

Segundo a VLI, a concessionária é responsável por movimentar 25% do açúcar exportado a partir do porto de Santos.

Dois armazéns de açúcar, construídos em parceria com a Tereos no Tiplam e no terminal em Guará, na região de Barretos, têm capacidade de 240 mil toneladas e foram vistos como essenciais para a ampliação das exportações. O investimento nos armazéns superou R$ 200 milhões.

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De olho no agro, transporte ferroviário no corredor centro-norte quase dobra https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/04/17/de-olho-no-agro-transporte-ferroviario-no-corredor-centro-norte-quase-dobra/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/04/17/de-olho-no-agro-transporte-ferroviario-no-corredor-centro-norte-quase-dobra/#respond Sat, 17 Apr 2021 11:10:26 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/Movimentação-em-terminal-de-grãos-do-corredor-centro-norte-Divulgação-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2468 Impulsionado pelo agronegócio, o transporte ferroviário de cargas no corredor centro-norte, que percorre trilhos dos estados do Maranhão e Tocantins, cresceu 89,5% nos últimos cinco anos.

O corredor teve movimentação de 41,7 milhões de toneladas de cargas desde 2016, que rodaram o trecho da ferrovia Norte-Sul administrado pela concessionária VLI e a Estrada de Ferro Carajás.

Desse montante, 10,6 milhões de toneladas circularam apenas no ano passado, o que representa um crescimento de 6,7% em comparação com o ano anterior, de acordo com a VLI.

A ferrovia Norte-Sul tem as operações divididas entre VLI e Rumo. A primeira administra o trecho entre Porto Nacional (TO) e Açailândia (MA), de onde há conexão com a Estrada de Ferro Carajás, operada pela Vale, até o porto de Itaqui (MA).

Já a Rumo venceu em 2019 leilão do trecho entre Porto Nacional e Estrela D’Oeste, no interior paulista. A primeira das três partes em que a concessão foi dividida foi inaugurada em março, ligando São Simão (GO) a Estrela D’Oeste.

O trecho, de 172 quilômetros, operava em fase de testes desde fevereiro e foi o primeiro da Malha Central da Rumo, após investimento de R$ 711 milhões —no terminal, em pontes e em dezenas de quilômetros de trilhos.

Já no chamado tramo norte da ferrovia, que está sob responsabilidade da VLI, foram investidos R$ 997,6 milhões nos cinco anos, para manutenção e modernização dos ativos e projetos ambientais, de saúde e de segurança.

São utilizados no trecho mais de 3.000 vagões, o quádruplo do que existia em 2015.

O corredor é visto pela concessionária como o “futuro da logística nacional” e por meio do qual o agronegócio alcançará novo patamar no transporte de milho, soja e farelo de soja. Para integrar a ferrovia com as rodovias, foram implantados terminais em Porto Nacional e Palmeirante (Tocantins) e um terminal portuário em São Luís.

O modal ferroviário é responsável por transportar 15% das cargas no Brasil, índice muito inferior aos de países como EUA (43%) e Rússia (81%), conforme dados da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários).

Além do trecho da Norte-Sul, a VLI engloba a FCA (Ferrovia Centro-Atlântica) e possui terminais intermodais e portuários em cidades como Santos e Vitória.

A Norte-Sul é uma ferrovia cuja história se arrasta desde a década de 1980. Em 13 de maio de 1987, a Folha publicou reportagem de Janio de Freitas que mostrou que a concorrência para a construção da ferrovia tinha sido uma farsa. De forma cifrada, o resultado das empresas vencedoras tinha sido publicado cinco dias antes.

Além disso, até 2017 a ferrovia já tinha consumido R$ 28 bilhões em valores corrigidos pela inflação e órgãos de controle e fiscalização estimavam que pelo menos um terço tinha sido superfaturado.

Cinco anos antes, a PF (Polícia Federal) deflagrou operação que revelou corrupção nas obras feitas pela Valec, estatal que então detinha a concessão da ferrovia.

As obras atrasaram porque houve troca de executivos e centenas de pendências com o TCU (Tribunal de Contas da União) tiveram de ser resolvidas para que o embargo às obras fosse suspenso. Contratos foram refeitos para que os sobrepreços fossem cancelados.

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Ferrovias buscam solução que melhore a comunicação no porto de Santos https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/10/07/ferrovias-buscam-solucao-que-melhore-a-comunicacao-no-porto-de-santos/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/10/07/ferrovias-buscam-solucao-que-melhore-a-comunicacao-no-porto-de-santos/#respond Wed, 07 Oct 2020 04:13:49 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/Antf-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2103 Todos os dias, trens das concessionárias Rumo, MRS e VLI chegam ao porto de Santos, o principal do país, para descarregar cargas a serem embarcadas nos navios, numa operação que é mais complicada do que pode parecer.

A malha ferroviária interna existente no porto é composta por 100 quilômetros de trilhos, de acordo com a autoridade portuária, e soluções são cada vez mais necessárias para otimizar a comunicação entre as concessionárias e os terminais, para que não haja atrasos nem sejam criados gargalos logísticos.

Com esse pensamento, os setores de inovação das três empresas buscam propostas para melhorar a eficiência na comunicação. Tempo perdido impacta em custos para as concessionárias.

O que elas querem? Que profissionais de tecnologia criem grupos com até três pessoas e inscrevam propostas para resolver o problema. Um programa do tipo foi lançado pela Rumo para buscar solucionar conflitos em cruzamentos urbanos.

Serão avaliadas criatividade, viabilidade, qualidade técnica e aplicabilidade do projeto.

O sistema ferroviário dentro do porto é administrado pela operadora Portofer, que coordena a chegada dos trens ao cais e é responsável por distribuir os vagões carregados para 11 terminais na margem direita do porto.

Após os trens descarregarem, a operadora tem de organizar a formação de novos trens e coordenar a saída deles da zona portuária.

O sistema ferroviário responde por cerca de 27% do transporte de cargas movimentadas no maior porto brasileiro, índice que tem crescido a cada ano. Tanto que, em 2015, as concessionárias criaram um grupo de trabalho para cuidar dos investimentos necessários para resolver conflitos nos acessos da Baixada Santista e dentro do porto.

As inscrições podem ser feitas até o próximo domingo (11). Quatro dias depois será a competição, num hackathon, e os resultados serão publicados no dia 19.

“Como as áreas de inovação das concessionárias já são próximas e trocam experiências bem sucedidas, o caminho natural foi unir os esforços nesse hackathon. A solução encontrada na maratona de inovação não será benéfica apenas para as empresas, mas sim para todo o sistema ferroviário do porto”, disse Amer Orra, gerente de inovação aberta da Rumo.

Os três projetos selecionados serão apresentados no Fórum Brasil Export em novembro, que também englobará outros setores, como hidrovias, corredores logísticos, cabotagens e rodovias.

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Waze faz parceria com VLI para alertar motorista sobre cruzamento ferroviário https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2019/11/12/waze-faz-parceria-com-vli-para-alertar-motorista-sobre-cruzamento-ferroviario/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2019/11/12/waze-faz-parceria-com-vli-para-alertar-motorista-sobre-cruzamento-ferroviario/#respond Tue, 12 Nov 2019 10:38:14 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/VLI_Segurança_Divulgação-VLI-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=1299 Uma parceria feita entre o Waze —aplicativo de serviços de mapas com informação em tempo real— e a companhia de logística VLI vai informar aos motoristas alertas de cruzamentos ferroviários no mapa do app.

O recurso é simples de ser utilizado: quando o motorista traçar um caminho que tenha algum cruzamento de linha férrea ele receberá notificações de reforço na atenção quando se aproximar da ferrovia.

Foram incluídos nos mapas aproximadamente 4.000 pontos de interação do fluxo viário com a passagem em vias operadas pela VLI, que engloba as ferrovias Norte-Sul e Centro-Atlântica. O sistema já está em funcionamento.

De acordo com a empresa, a parceria estimula a segurança no trânsito e a tecnologia será uma aliada para evitar situações de risco.

Embora a velocidade dos trens em trechos urbanos não seja alta (há casos em que chega a 20 km/h), uma composição carregada pode levar até um quilômetro para parar totalmente –e, não custa lembrar, o trem não consegue desviar de um obstáculo que surgir à sua frente.

PRECAUÇÕES

Antes de atravessar um cruzamento ferroviário, o motorista deve parar o veículo, olhar para os dois lados e escutar. Para isso, deve abaixar os vidros e o volume do som do carro, se estiver ligado.

Além de esperar para cruzar a linha férrea se um trem estiver se aproximando, o motorista não deve estacionar carros perto da ferrovia.

Trace a rota antes de começar a dirigir. Não só por segurança, mas também para não infringir o CTB (Código de Trânsito Brasileiro) –usar o celular no trânsito é passível de infração gravíssima ao motorista, com perda de sete pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e multa de R$ 293,47.

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Ferrovia leva ao porto primeira carga de açúcar de acordo de 1 mi de toneladas https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2019/06/20/ferrovia-leva-ao-porto-1a-primeira-carga-de-acucar-de-acordo-de-1-mi-de-toneladas/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2019/06/20/ferrovia-leva-ao-porto-1a-primeira-carga-de-acucar-de-acordo-de-1-mi-de-toneladas/#respond Thu, 20 Jun 2019 10:45:37 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2019/06/Embarque-açúcar-primeiro-navio-Tereos_divulvação-VLI-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=1025 A primeira carga de açúcar de um contrato que prevê o transporte por ferrovia de 1 milhão de toneladas por ano para o porto de Santos foi embarcada na última terça-feira (18).

O acordo fechado no ano passado entre Tereos, terceiro maior produtor de açúcar no mundo, e VLI –empresa que administra a concessionária FCA (Ferrovia Centro-Atlântica)– permitiu o crescimento no fluxo de cargas transportadas pelo chamado corredor centro-sudeste, que corta cidades do interior paulista como Guará, Ribeirão Preto e Paulínia.

A carga foi embarcada no navio Rosco Sandalwood (Hong Kong) no berço 3 do Tiplam, terminal em Santos, com destino à China, depois de chegar ao porto por meio da ferrovia.

Para permitir ampliar o volume de carga transportada pelas linhas férreas estão sendo investidos mais de R$ 200 milhões em obras como a construção de dois armazéns, em Guará e no porto. As obras estão em andamento.

Do total, R$ 145 milhões devem ser investidos pela Tereos e, o restante, pela VLI.

O grupo sucroenergético, que tem sete usinas de açúcar e etanol no interior de São Paulo, exporta açúcar branco e bruto para mais de 60 dos 150 países para os quais o Brasil embarca a commodity.

Nos últimos quatro anos, foram transportados pela concessionária cerca de 15 milhões de toneladas de açúcar. Entre 2013 e 2017, a rota entre Guará e o Tiplam passou de 2,3 milhões de toneladas para 4,6 milhões.

No ano passado, a crescente demanda do agronegócio fez a FCA adquirir 26 novas locomotivas, 15 do modelo SD70 BB da EMD. Com três delas, é possível tracionar até 90 vagões carregados.

As outras 11 locomotivas são do modelo ES43 BBi e foram produzidas pela unidade da GE em Contagem (MG).

O foco delas é atender o transporte de carga justamente no corredor centro-sudeste, no interior paulista. Com duas, uma composição pode ter até 82 vagões carregados, o que equivale a carga transportada por 240 caminhões em rodovias.

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Em quatro meses, 13 pessoas morrem ao serem atropeladas por trens no país https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2018/11/21/em-quatro-meses-13-pessoas-morrem-ao-serem-atropeladas-por-trens-no-pais/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2018/11/21/em-quatro-meses-13-pessoas-morrem-ao-serem-atropeladas-por-trens-no-pais/#respond Wed, 21 Nov 2018 09:49:00 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2018/10/Caminho-seguro_pedestre_Ribeirão-Preto_CRED-Divulgação-VLI-28229-150x150.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=619 Ao tentar atravessar a linha férrea no último sábado (17), uma mulher de 45 anos foi atropelada e morreu em São Simão, no interior paulista. No depoimento que prestou à polícia, o maquinista disse que não viu a mulher na ferrovia.

O cenário é mais comum do que se imagina e, só nos últimos quatro meses, o país já registrou ao menos 14 atropelamentos em vias férreas, dos quais 13 resultaram em mortes.

Em novembro, foram quatro mortes. Além da morte na cidade do interior, uma mulher foi atropelada no dia 6 por um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) em Juazeiro do Norte (CE), um policial morreu em São Caetano do Sul após ser atingido por um trem da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), dia 8, e, no dia seguinte, em Camaçari (BA), um menino de oito anos morreu depois de tentar pular de um vagão, se desequilibrar e ser atropelado.

Em outubro, foram registrados acidentes com mortes em Resende (RJ), Curitiba e Rio Negro (PR), Licínio de Almeida (BA) e Betim (MG) –na cidade mineira foram dois casos.

Já em setembro, houve registros em Morretes (PR) e São Carlos (SP) e, em agosto, em Juiz de Fora (MG) e Barra Mansa (RJ) –o único registro em que a vítima não morreu.

As situações que levaram aos acidentes com mortes são variadas, mas, nos casos recentes, sempre contaram com a presença das vítimas nos trilhos.

As concessionárias que administram ferrovias afirmam que a presença de pedestres é proibida nos trilhos e nas áreas próximas e que os trens têm um tempo de reação até a parada total muito maior que um automóvel, por exemplo.

Devido ao peso das composições, mesmo após os freios serem acionados um trem carregado pode percorrer cerca de um quilômetro na linha férrea antes da parada.

Com isso, ainda que o maquinista veja o pedestre –o que nem sempre acontece–, pode não haver tempo útil para evitar o atropelamento.

Para tentar evitar acidentes, os trens também apitam quando o maquinista percebe pedestres próximos aos trilhos –houve casos em que a pessoa atropelada usava fones de ouvido.

Outro problema detectado pelas empresas é quando o pedestre tenta pegar “carona” nos trens, mas acaba caindo e sendo atingida. Foi o que que ocorreu em Camaçari.

‘TÚNEL’

Por causa de acidentes do tipo, concessionárias têm adotado medidas de segurança, como campanhas de conscientização e a criação de “túneis” para pedestres.

Ao menos quatro cidades paulistas receberão obras do tipo. A primeira delas foi Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), com quatro unidades instaladas.

As passagens estão em três bairros da zona norte e foram feitas por meio de parceria entre a VLI, controladora da FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), e a prefeitura local.

Outras três cidades do chamado corredor centro-sudeste terão projetos semelhantes nos próximos meses –Mogi Mirim, Mogi Guaçu e Jaguariúna, todas na região de Campinas.

Os projetos receberam validação da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

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Ferrovia passa a ter ‘túnel’ para pedestres em cidades do interior de São Paulo https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2018/10/24/ferrovia-passa-a-ter-tunel-para-pedestres-em-cidades-do-interior-de-sao-paulo/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2018/10/24/ferrovia-passa-a-ter-tunel-para-pedestres-em-cidades-do-interior-de-sao-paulo/#respond Wed, 24 Oct 2018 16:59:45 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2018/10/Caminho-seguro_pedestre_Ribeirão-Preto_CRED-Divulgação-VLI-28229-150x150.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=586 As composições gigantes utilizadas pelas concessionárias para escoar a produção para o porto de Santos cruzando municípios do interior de São Paulo fazem cada vez mais os pedestres serem obrigados a esperar para cruzar a linha férrea.

Para evitar isso –e aumentar a segurança na operação ferroviária–, “túneis” para a passagem de pedestres serão instaladas em ao menos quatro cidades paulistas nos próximos meses.

A primeira cidade a ter as passagens de pedestres é Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), com quatro unidades instaladas e que até a próxima semana deverão estar sinalizadas.

As quatro passagens estão sendo feitas em três bairros da zona norte da cidade por meio de parceria entre a VLI, controladora da FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), e a prefeitura local.

Após a conclusão da operação em Ribeirão Preto, pelo menos outras três cidades do chamado corredor centro-sudeste terão projetos semelhantes nos próximos meses –Mogi Mirim, Mogi Guaçu e Jaguariúna, todas na região de Campinas.

Os projetos receberam validação da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

Segundo Diógenes Segantini, gerente de via permanente da concessionária, o foco das obras é só o de garantir segurança para os pedestres que precisem cruzar a linha férrea.

As passagens foram instaladas nas ruas Artur de Jesus Campos, entre os bairros Quintino Facci 1 e 2, no prolongamento da rua Argentina, na Vila Elisa, e na rua David Capistrano da Costa Filho, no Jardim Ouro Branco –neste local serão duas.

RISCO

Acidentes envolvendo pedestres e trens têm sido registrados com frequência nos últimos meses.

Em agosto, um pedestre morreu após ser atingido por um trem em Juiz de Fora (MG). Na mesma cidade, em junho, uma pessoa morreu e outra foi atropelada por composições.

Também em junho, um homem foi atropelado na região metropolitana de Curitiba quando caminhava sobre os trilhos.
Na própria Ribeirão, em junho, uma mulher morreu depois de ser atropelada por um trem que seguia para Santos. Ela chegou a ser socorrida e teve as duas pernas amputadas, mas não resistiu. Neste caso, porém, ela não tentou cruzar a via férrea –caiu de um viaduto no momento em que o trem passava.

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