Sobre Trilhos https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br Viaje ao passado, conheça o presente e imagine o futuro das ferrovias Mon, 06 Dec 2021 06:15:10 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Celebração do Natal será feita em trens noturnos no interior de SP; veja datas https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/11/16/celebracao-do-natal-sera-feita-em-trens-noturnos-no-interior-de-sp-veja-datas/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/11/16/celebracao-do-natal-sera-feita-em-trens-noturnos-no-interior-de-sp-veja-datas/#respond Tue, 16 Nov 2021 10:48:25 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/d866e8201ad57ecb1922c347f2cfc6ae1ff83352146bc03dda1c5ab2ffd5eb0e_5be74b0e2440f-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=3124 Depois de um hiato em 2020 devido à pandemia da Covid-19, o Natal voltará a ser celebrado nos trilhos neste ano no interior de São Paulo.

Com decoração especial, brincadeiras e entrega de presentes pelo Papai Noel, o trem natalino percorrerá a rota entre Campinas e Jaguariúna no período noturno em três datas: 4, 11 e 18 de dezembro.

Batizado de Expresso Noel, o trem terá decoração interna especial nos carros de passageiros e será conduzido por uma locomotiva também iluminada.

Nas três datas, sempre aos sábados, o trem partirá da estação Anhumas, em Campinas, às 18h, com destino à estação Jaguariúna, na cidade vizinha. Meia hora antes, o Papai Noel e a fada chegarão de trem à estação de origem.

“É um passeio que já virou tradição e os passageiros aguardam por ele”, disse Mauricio Polli, tesoureiro da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), que oferece a rota desde a década de 80.

Segundo ele, haverá distribuição de balas às crianças que participarem do roteiro, com a presença do Papai Noel e de uma fada.

O trem tem chegada prevista para as 19h30 em Jaguariúna, com uma hora e meia de intervalo até o retorno, programado para as 21h, com chegada às 22h.

Os ingressos do primeiro lote custam R$ 120 (adultos) e R$ 80 (crianças de 6 a 12 anos). Para os pais que desejarem, o Papai Noel poderá entregar um presente aos filhos (taxa de R$ 35, além do presente, que já deverá ser levado embalado).

Maria-fumaça Campinas-Jaguariúna
Rota: estação Anhumas à estação Jaguariúna, passando por outras três no trecho
Duração*: 3h30 (completo, ida e volta) e 2h (meio percurso)
Preços*: R$ 150 (inteira), R$ 90 (meia-entrada ou ingresso solidário) no percurso completo e R$ 70 (meia ou ingresso solidário) no meio percurso
Atrações: demonstração da operação do trem, música e antigas fazendas

(*) passeios normais, diurnos, aos sábados e domingos

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Após 8 anos sem acidente, 2 mulheres são atropeladas por trem turístico em SP https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/10/10/apos-8-anos-sem-acidente-2-mulheres-sao-atropeladas-por-trem-turistico-em-sp/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/10/10/apos-8-anos-sem-acidente-2-mulheres-sao-atropeladas-por-trem-turistico-em-sp/#respond Mon, 11 Oct 2021 00:08:13 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2020/09/WhatsApp-Image-2020-09-05-at-23.02.24-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=3033 Oito anos após um acidente em Jaguariúna, o trem que percorre os 24 quilômetros de trilhos entre a cidade e Campinas voltou a registrar uma ocorrência neste sábado (9), quando duas mulheres foram atingidas pela composição. Uma delas teve o antebraço esquerdo amputado.

Elas estavam num grupo com cerca de dez pessoas que tentava atravessar a ponte sobre o rio Atibaia, por onde a maria-fumaça passa, quando foram surpreendidos pela composição, que percorre o trecho todos os finais de semana.

Uma das vítimas, de 28 anos, conseguiu pular a tempo, mas outra, de 23, foi atingida pela locomotiva. Foi o primeiro acidente na ponte desde que o roteiro passou a ser oferecido, em 1984, segundo a ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), que opera a rota.

A composição, que trafega em média a 25 km/h, era formada por uma maria-fumaça, uma locomotiva a diesel e sete carros de passageiros, que transportavam cerca de 200 turistas neste sábado.

O peso estimado do trem era de 300 toneladas, o que impede, segundo o setor ferroviário, que a parada ocorra imediatamente após os freios serem acionados.

De acordo com a ABPF, o maquinista acionou a buzina e freou, o que ainda permitiu que parte das pessoas conseguisse atravessar a ponte a tempo, exceto as duas mulheres. O grupo era composto por dois casais e cinco crianças.

“Por sorte, havia um médico no trem, que fez um torniquete no braço dela. A parte atingida fica do cotovelo para baixo. Fizemos todo o possível para socorrer imediatamente. Depois, levamos a família até Anhumas e, em seguida, à casa deles. O helicóptero Águia, da PM, foi acionado para socorrer a mulher para São Paulo”, disse Hélio Gazetta Filho, diretor administrativo da ABPF.

O acidente ocorreu por volta das 13h, quando o trem retornava de Jaguariúna para a estação Anhumas, em Campinas. O grupo a pé caminhava no mesmo sentido.

O último acidente até aqui tinha sido registrado em 2013, na estação de Jaguariúna. No dia 6 de outubro daquele ano, uma turista teve o pé direito e um dedo do esquerdo amputados após ser atropelada por uma maria-fumaça.

A mulher ferida neste sábado foi levada pelo helicóptero da PM ao HC (Hospital das Clínicas), em São Paulo, para uma cirurgia de reimplante do membro.

A outra pedestre foi levada pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ao Hospital Mário Gatti, em Campinas. Ao menos uma passageira do trem passou mal após o acidente deste sábado.

Por conta de acidentes do tipo, concessionárias que administram ferrovias fazem campanhas de conscientização permanentes contra atropelamentos. Elas afirmam que a presença de pedestres é proibida nos trilhos e nas áreas próximas e que os trens têm um tempo de reação até a parada total muito maior que um automóvel.

Como exemplo, embora tenha registrado queda em relação em 2019, a concessionária MRS Logística registrou 55 atropelamentos em sua área de atuação em 2020. Batidas envolvendo trens e carros são outra preocupação.

Neste domingo (10), o roteiro entre Campinas e Jaguariúna operou normalmente, com mais carros de passageiros que no dia anterior.

Devido ao feriado prolongado, a associação colocou trens extras em operação: um nesta segunda-feira (11) e dois na terça-feira (12), quando, em celebração ao Dia da Criança, uma composição com 120 passageiros partirá da estação Anhumas, em Campinas, às 10h10.

Maria-fumaça Campinas-Jaguariúna
Rota: estação Anhumas à estação Jaguariúna, passando por outras três no trecho
Duração: 3h30 (completo, ida e volta) e 2h (meio percurso)
Preços: R$ 150 (inteira), R$ 90 (meia-entrada ou ingresso solidário, com doação de 1 kg de alimento) no percurso completo e R$ 70 (meia ou ingresso solidário) no meio percurso
Atrações: demonstração da operação do trem, música e antigas fazendas

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Com maria-fumaça e trens extras, Dia da Criança será celebrado nos trilhos em SP https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/10/08/com-maria-fumaca-e-trens-extras-dia-da-crianca-sera-celebrado-nos-trilhos-em-sp/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/10/08/com-maria-fumaca-e-trens-extras-dia-da-crianca-sera-celebrado-nos-trilhos-em-sp/#respond Fri, 08 Oct 2021 16:21:13 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/WhatsApp-Image-2021-10-07-at-14.43.53-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=3023 Um trem especial com direito a super-herói, fada e vagão VIP e as últimas viagens de uma composição comemorativa celebrarão o Dia da Criança neste feriado prolongado no interior de São Paulo.

Na rota entre Campinas e Jaguariúna, a maior em operação no estado, entre sábado (9) e terça-feira (12) serão oferecidas sete viagens entre as cidades, num trecho total de 48 quilômetros que permite conhecer cinco estações ferroviárias –três no trecho, além das duas de origem e destino.

Serão duas sábado (9), duas domingo (10), uma segunda-feira (11) e outras duas terça. Para comemorar o Dia da Criança, terça-feira, a composição liderada por uma maria-fumaça e que tem apenas 120 bilhetes à venda partirá da estação Anhumas, em Campinas, às 10h10, mas as atividades terão início antes.

Às 9h está prevista a chegada do Homem-Aranha e da Fada Docinho, que vão entreter as crianças até o embarque. Com o trem em movimento, as crianças receberão um kit lanche.

“É um trem especial, para celebrar a data. Teremos um carro [de passageiros] VIP, com monitor explicando mais detalhadamente o roteiro”, afirmou Mauricio Polli, tesoureiro da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), responsável pela ferrovia.

A viagem até Jaguariúna dura uma hora e 20 minutos. Após uma parada de uma hora, o trem retornará a Campinas. Os ingressos custam R$ 150 (inteira) ou R$ 90 (ingresso solidário, com doação de um quilo de alimento).

Parte da renda obtida no roteiro é aplicada na manutenção de carros de passageiros e locomotivas e, também, na busca de mais veículos históricos.

Carro de passageiros Budd/Mafersa 800, que foi transformado em salão-bar pela extinta Fepasa (Divulgação/ABPF)
Carro de passageiros Budd/Mafersa 800, que foi transformado em salão-bar pela extinta Fepasa (Divulgação/ABPF)

Já entre Valinhos e Louveira, passando por Vinhedo, o final de semana prolongado marcará a despedida –ao menos por enquanto– do Expresso Vale das Frutas, que foi inaugurado em setembro.

O trem fará viagens entre sábado e terça-feira, ligando as três cidades do interior paulista, que no passado foram atendidas pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro e que há mais de duas décadas não tinham transporte de passageiros por seus trilhos.

O roteiro passa por antigas instalações ferroviárias, estações desativadas e imóveis que remontam ao Brasil Império, em trecho que atualmente é administrado pela MRS LogísticaOs ingressos custam de R$ 65,40 e R$ 98,10, dependendo do percurso escolhido, e podem ser adquiridos aqui.

A rota entre Louveira e Vinhedo é percorrida em meia hora. De Louveira a Valinhos, a duração é de uma hora e dez minutos.

Carros históricos da ABPF são utilizados no trecho, por isso o Trem de Guararema, que abriga esse acervo ferroviário, não vai operar neste feriado prolongado.

Maria-fumaça Campinas-Jaguariúna
Rota: estação Anhumas à estação Jaguariúna, passando por outras três no trecho
Duração: 3h30 (completo, ida e volta) e 2h (meio percurso)
Preços: R$ 150 (inteira), R$ 90 (meia-entrada ou ingresso solidário) no percurso completo e R$ 70 (meia ou ingresso solidário) no meio percurso
Atrações: demonstração da operação do trem, música e antigas fazendas

Expresso Vale das Frutas
Rota: Louveira a Valinhos, passando por Vinhedo
Duração: 30 minutos (trecho) ou uma hora e dez minutos (percurso inteiro)
Preços: de R$ 65,40 a R$ 98,10 (conforme o trecho)
Atrações: estações desativadas e imóveis que remontam ao Brasil Império

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Restaurado após 11 anos, vagão que viraria sucata volta aos trilhos em SP https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/07/05/restaurado-apos-11-anos-vagao-que-viraria-sucata-volta-aos-trilhos-em-sp/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/07/05/restaurado-apos-11-anos-vagao-que-viraria-sucata-volta-aos-trilhos-em-sp/#respond Mon, 05 Jul 2021 11:26:44 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/07/1-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2854 Depois de chegar a entrar na fila para ser desmanchado, um carro de passageiros que foi doado pela Vale à ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária) voltou aos trilhos neste domingo (4) no interior de São Paulo.

Ele não é um vagão antigo como outros já recuperados –foi produzido em 1965–, mas é emblemático para a entidade por ser o primeiro do acervo a ter pertencido à Estrada de Ferro Vitória-Minas.

Fabricado pela Companhia Industrial Santa Matilde em Três Rios (RJ), o carro de passageiros foi utilizado em toda a sua existência exclusivamente na ferrovia que liga Belo Horizonte a Cariacica (ES).

“Ele estava parado desde meados dos anos 2000 e logo que chegou para nós começamos a reformar, mas paramos por conta de outras demandas. Reiniciamos em 2020, mas veio a pandemia a paramos de novo. Conseguimos reiniciar mais uma vez, agora com apoio da Vale, que aprovou um projeto que apresentamos de restauração”, disse Hélio Gazetta Filho, diretor administrativo da ABPF, antes da viagem inaugural do carro.

Representando o antigo Trem Rio Doce, o carro de passageiros foi usado numa viagem com outros dois vagões, um que pertenceu à Estrada de Ferro Sorocabana e outro que foi usado no passado pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro.

Sim, a viagem deste domingo foi feita com somente três carros de passageiros. O movimento por conta da pandemia está muito abaixo da média, o que tem feito com que a ABPF lance campanhas oferecendo desconto de 50% nos bilhetes aos adultos que doarem um quilo de alimento não perecível para tentar atrair mais passageiros. Antes da pandemia, viagens com mais de uma dezena de vagões eram comuns.

O renascimento do carro ocorreu com a recuperação de detalhes históricos, como as maçanetas cromadas e o mapa das estações ferroviárias em que o trem fazia paradas no passado.

Após partir de Belo Horizonte, ele passava por locais como Barão de Cocais, João Monlevade, Pedra Corrida, Governador Valadares e Resplendor, entre outros.

Para que fosse possível voltar aos trilhos em Campinas, a ABPF contou com uma dose de sorte também. Em 2010, Gazetta Filho foi conhecer a oficina da Vale no Espírito Santo depois de ter embarcado em Belo Horizonte e percorrido o trecho de 664 km da Vitória-Minas.

No local, encontrou o carro agora reformado e outros dois, que estavam em péssimas condições. “Estavam podres mesmo, mas perguntaram se a gente tinha interesse. Dissemos que sim, fizemos a documentação e saíram os três carros de lá”, disse.

O carro que foi reinaugurado agora seguiu pelos trilhos até Paulínia e foi colocado numa carreta para chegar às oficinas da ABPF, na estação Carlos Gomes, em Campinas.

Já os outros dois carros foram levados pela Vale até a capital mineira, de onde seguiram para Lavras e completaram o percurso em caminhões.

O trem entre Espírito Santo e Minas Gerais percorre a rota diariamente, numa viagem que dura 13 horas e passa por margens do rio Doce, trechos de mata atlântica no Espírito Santo e montanhas em Minas.

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Três grupos farão estudo sobre ferrovia entre o centro de Campinas e Viracopos https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/06/15/tres-grupos-farao-estudo-sobre-ferrovia-entre-o-centro-de-campinas-e-viracopos/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/06/15/tres-grupos-farao-estudo-sobre-ferrovia-entre-o-centro-de-campinas-e-viracopos/#respond Tue, 15 Jun 2021 23:57:57 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/Campinas-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2801 A Prefeitura de Campinas autorizou nesta segunda-feira (14) que duas empresas e um consórcio façam estudos para uma futura implantação de um modal ferroviário urbano de 18 quilômetros ligando o pátio ferroviário que fica na região central da cidade ao aeroporto internacional de Viracopos.

A autorização foi publicada no Diário Oficial de Campinas e é um novo passo das discussões que têm ocorrido após autorização da comissão de gerência do programa municipal de PPPs (Parcerias Público-Privadas), em 19 de março.

As empresas que desenvolverão o estudo são a BYD do Brasil, o Idestra (Instituto para o Desenvolvimento dos Sistemas de Transporte) e o consórcio formado por TS Infraestrutura e Engenharia, Aerom Sistemas de Transportes, FBS Construção Civil e Pavimentação e Jofege Pavimentação e Construção.

Além de projetar o modelo, os participantes deverão apresentar levantamentos e estudos sobre a operação, inclusive econômico-financeiro e jurídico e que tecnologia usará –desde que gere baixa emissão de carbono.

Os estudos indicarão, conforme a prefeitura, se o modelo mais viável será uma concessão ou uma PPP.

O prazo para a entrega das propostas é de três meses, de acordo com a prefeitura. Mas, antes disso, em no máximo 15 dias, terão de apresentar o plano de trabalho detalhando as atividades que pretendem fazer.

“Pedi agilidade no processo e espero que o estudo também seja concluído com rapidez. Esse projeto beneficiará toda a Região Metropolitana de Campinas”, afirmou o prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), por meio de sua assessoria.

O projeto mais adequado será escolhido por uma comissão, que poderá utilizá-lo parcialmente, na elaboração de editais, contratos da licitação para a concessão e operação do sistema.

Campinas já teve, nos anos 1990, um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), mas uma série de problemas fez com que o sistema operasse por poucos anos no município.

O VLT foi construído entre agosto de 1990 e abril de 1993 pela empresa Mendes Júnior, vencedora de um processo de licitação conduzido pela extinta Fepasa (Ferrovias Paulistas S.A.). Em novembro de 1990, foi inaugurado experimentalmente e, até 1993, transportava em média 15 mil passageiros por dia.

A obra utilizou recursos do governo do estado. Inicialmente, estavam estimadas em US$ 50 milhões (R$ 284 milhões), mas o valor ao final do contrato havia saltado para US$ 120 milhões (R$ 681,6 milhões), segundo anúncio feito pela própria direção da Fepasa à época.

O sistema foi desativado em fevereiro de 1995, quando 150 funcionários foram demitidos, e teve como principal problema a falta de integração com outros modais de transporte.

No total, o VLT tinha 7,8 quilômetros e passava por oito estações erguidas em concreto pré-moldado.

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Na crise, associação inova e passa a oferecer chá da tarde em trem no interior https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/06/03/na-crise-associacao-inova-e-passa-a-oferecer-cha-da-tarde-em-trem-no-interior/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/06/03/na-crise-associacao-inova-e-passa-a-oferecer-cha-da-tarde-em-trem-no-interior/#respond Thu, 03 Jun 2021 11:50:18 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/WhatsApp-Image-2021-06-03-at-01.55.39-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2730 Para enfrentar a crise decorrente da pandemia da Covid-19, o principal roteiro de trem no interior de São Paulo decidiu lançar um atrativo extra para seus turistas: uma viagem no carro-restaurante com chá da tarde.

A iniciativa na rota entre Campinas e Jaguariúna surge depois de outras viagens gastronômicas que deram resultado positivo, como o oferecimento de café da manhã e do filé Arcesp –este, em ocasiões específicas– aos passageiros.

Os trens que desde a década de 80 percorrem o trajeto de 24 quilômetros entre as duas cidades do interior paulista têm enfrentado dificuldades para fechar as contas mensalmente devido às restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus.

Em uma das paralisações das atividades, foram praticamente sete meses seguidos sem operar e, mesmo nos retornos, o fluxo de turistas tem sido reduzido.

Tesoureiro nacional da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), Mauricio Polli disse que as iniciativas tomadas têm como objetivo contribuir com a manutenção das operações, que foram muito prejudicadas desde o início da pandemia, em março do ano passado.

O chá da tarde será oferecido nas viagens aos sábados, dias 5, 12, 19 e 26 de junho, das 15h às 16h50, num roteiro que não vai até a estação de Jaguariúna.

Nessa rota, chamada de meio percurso, o trem parte da estação Anhumas, em Campinas, e segue até a estação Tanquinho, na mesma cidade, onde faz uma pausa de 30 minutos, até iniciar o retorno ao ponto de partida. O serviço é oferecido num carro fabricado na década de 1940 e que foi utilizado na Estrada de Ferro Sorocabana.

O cardápio é composto de chás variados, suco, bolo, petit four, pães e croissants, servido no carro-restaurante. O preço por adulto é de R$ 120. Crianças de 6 a 12 anos pagam R$ 90.

Além do chá da tarde, a ABPF está oferecendo em junho desconto de 50% nos bilhetes convencionais (sem direito ao serviço disponibilizado no carro-restaurante) na rota até Jaguariúna para quem doar um quilo de alimentos não perecíveis.

Crianças de 6 a 12 anos, que já teriam desconto da meia-entrada, pagarão metade do valor. O ingresso inteiro, que custava R$ 160 e já estava em promoção por R$ 120, está sendo vendido por R$ 80, com a doação do alimento. Crianças pagam R$ 40.

Em maio, primeiro mês da campanha, a arrecadação passou de uma tonelada. Os trens estão operando com capacidade reduzida a 40%, com controle de temperatura dos passageiros e com a exigência do uso de máscara e disponibilização de álcool em gel.

O acervo total da associação ferroviária em Campinas é composto por mais de 60 carros de passageiros e locomotivas, incluindo os que estão à espera de reparo.

Ah, ficou curioso sobre o que é o filé Arcesp citado no início do texto? Falarei mais sobre ele oportunamente, mas foi um prato clássico da gastronomia ferroviária composto por filé mignon, legumes refogados na manteiga, molho e arroz branco, servido principalmente a representantes comerciais. Aqui tem um pouco dessa história.

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Em busca de público, rota ferroviária dá desconto de 50% em viagens até junho https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/05/10/em-busca-de-publico-rota-ferroviaria-da-desconto-de-50-em-viagens-ate-junho/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/05/10/em-busca-de-publico-rota-ferroviaria-da-desconto-de-50-em-viagens-ate-junho/#respond Mon, 10 May 2021 11:25:16 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/1-3-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2625 Para manter as atividades e tentar atrair mais público em meio à pandemia, a rota ferroviária entre Jaguariúna e Campinas, no interior de São Paulo, poderá ser feita pelos passageiros com desconto de 50% nos valores dos bilhetes em maio e junho.

Com permissão para transportar até 30% da capacidade do público, a rota tem atraído em média 120 passageiros, abaixo das 300 necessárias para a manutenção de todas as atividades desenvolvidas pela ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária) em Campinas.

Neste domingo (9), por exemplo, o trem partiu com apenas cinco carros de passageiros. Com essa demanda, em tempos normais, poderia ser com menos carros, não fosse a necessidade de manter distanciamento social entre os visitantes dentro dos vagões. O uso de máscaras é obrigatório em todo o percurso.

“A promoção foi aberta para maio, mas resolvemos incluir junho também para motivar o pessoal a fazer o passeio e para auxiliar os bairros próximos, que são carentes, com os alimentos arrecadados”, afirmou Maurício Polli, tesoureiro nacional da ABPF.

A promoção é válida desde que os turistas doem um quilo de alimento, que tem como objetivo auxiliar famílias necessitadas em meio à pandemia da Covid-19. O ingresso inteiro, que custa R$ 120, está sendo vendido por R$ 80, com a doação do alimento. Crianças pagam R$ 40. O trem opera aos sábados e domingos.

Outro objetivo da associação é obter recursos para a manutenção dos trabalhos e também pagamento de servidores.

Parte dos empregados foi incluída no programa de redução de jornada e salário do governo federal. Até a última quinta-feira (6), mais de 500 mil acordos tinham sido assinados no país, segundo o Ministério da Economia, e a previsão para este ano é que o total chegue a cerca de 5 milhões de acordos.

“Provavelmente não vai ter férias [escolares] em julho, devido à situação”, disse Polli. Julho historicamente é um mês com alta demanda na rota turística, mas a pandemia provocou mudanças nos calendários escolares e a ABPF não conta com retorno financeiro alto no mês.

O roteiro inclui cinco estações ferroviárias, a maioria delas em Campinas, e uma pausa em Jaguariúna, onde o turista, quando a normalidade permitir, poderá visitar uma feira com artesanatos e produtos típicos e almoçar em restaurantes nas proximidades da estação local.

O trem percorre, no total, 48 quilômetros (ida e volta) entre as duas cidades.

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Principal rota em São Paulo, trem entre Campinas e Jaguariúna volta a operar https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/04/18/principal-rota-em-sao-paulo-trem-entre-campinas-e-jaguariuna-volta-a-operar/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/04/18/principal-rota-em-sao-paulo-trem-entre-campinas-e-jaguariuna-volta-a-operar/#respond Sun, 18 Apr 2021 11:55:23 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/IMG_4483-min-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2485 Maior rota turística em operação em São Paulo, a maria-fumaça entre Campinas e Jaguariúna voltará aos trilhos no próximo sábado (24).

Com as atividades paralisadas desde o dia 3 de março devido a restrições impostas pelo governo paulista como forma de combate à Covid-19, a maria-fumaça percorre um total de 48 quilômetros (ida e volta) entre as duas cidades.

O roteiro inclui cinco estações ferroviárias e uma pausa em Jaguariúna, onde o turista, quando a normalidade permitir, poderá visitar uma feira com artesanatos e produtos típicos e almoçar em restaurantes nas proximidades da estação local.

Operada pela ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), a rota será retomada com dois horários no próximo final de semana e com a adoção de protocolos, como a limitação de passageiros nos carros, para que haja distanciamento entre os frequentadores.

Às 10h10, o trem partirá da estação Anhumas, em Campinas, com destino à estação Jaguariúna. Às 15h será a vez da composição que faz meio percurso -deixa Anhumas com destino à estação Tanquinho, também em Campinas.

A paralisação de cerca de dois meses não foi a primeira envolvendo o trem por conta da pandemia. Em março do ano passado, todas as operações do país sofreram interrupção em seu funcionamento como forma de tentar evitar a propagação do novo coronavírus.

O trem seguiu paralisado até outubro, quando retomou as atividades com uma homenagem involuntária a cinco companhias ferroviárias que operaram no passado no país.

Tracionada por uma locomotiva que pertenceu à Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, a composição tinha quatro vagões, que pertenceram à Estrada de Ferro Sorocabana, São Paulo-Paraná, Companhia Paulista de Estradas de Ferro e Viação Férrea do Rio Grande do Sul.

O da Sorocabana era o carro-restaurante, enquanto os outros três, de passageiros, eram de primeira classe.

A pandemia, aliás, fez com que nenhum passageiro fosse transportado por trens regulares ou turísticos por pelo menos cinco meses, fenômeno que não ocorreu nessa intensidade no país nem mesmo durante a Segunda Guerra (1939-1945) ou após a quebra da Bolsa de Nova York (1929).

Os bilhetes custam R$ 120 (inteira) e R$ 80 (meia), para o percurso completo. Para meio percurso, a inteira custa R$ 100 e a meia, R$ 60.

Até o fim de maio, porém, a ABPF está fazendo uma campanha da solidariedade, que fará com que o passageiro pague meia-entrada para qualquer passeio caso ele doe um quilo de alimento. Nesse período, crianças de 6 a 12 anos pagarão R$ 40.

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Campinas publica edital para implantar modal ferroviário urbano até Viracopos https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/04/12/campinas-publica-edital-para-implantar-modal-ferroviario-urbano-ate-viracopos/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/04/12/campinas-publica-edital-para-implantar-modal-ferroviario-urbano-ate-viracopos/#respond Mon, 12 Apr 2021 11:30:59 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/Campinas-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2442 A Prefeitura de Campinas abriu um chamamento público para que consórcios ou empresas apresentem estudos com o objetivo de implantar um modal ferroviário urbano entre o pátio ferroviário da cidade, na região central, e o aeroporto internacional de Viracopos.

O trecho ferroviário entre o centro do mais populoso município do interior paulista e o aeroporto tem 18 quilômetros. O objetivo do governo do prefeito Dário Saadi (Republicanos) é que os grupos interessados apresentem estudos técnicos para subsidiar a modelagem de uma concessão para a implantação e a operação do ramal.

Por meio da assessoria da prefeitura, Saadi disse que o edital é o primeiro passo de um importante projeto para a região metropolitana de Campinas.

Os estudos que forem apresentados pelos interessados indicarão, conforme a prefeitura, se o modelo mais viável será uma concessão ou uma PPP (Parceria Público-Privada).

A decisão de publicar no Diário Oficial do Município o edital de chamamento ocorreu após autorização da comissão de gerência do programa municipal de PPPs, em 19 de março.

Além de projetar o modelo, quem se interessar deverá apresentar levantamentos e estudos sobre a operação, inclusive econômico-financeiro e jurídico e que tecnologia usará –que gere baixa emissão de carbono.

O prazo para apresentar requerimentos para fazer os estudos é de 30 dias e, quem for selecionado, terá três meses para entregar suas propostas.

Campinas já teve, nos anos 1990, um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), mas uma série de problemas fez com que o sistema operasse por poucos anos no município.

O VLT foi construído entre agosto de 1990 e abril de 1993 pela empresa Mendes Júnior, vencedora de um processo de licitação conduzido pela extinta Fepasa (Ferrovias Paulistas S.A.). Em novembro de 1990, foi inaugurado experimentalmente e, até 1993, transportava em média 15 mil passageiros por dia.

A obra utilizou recursos do governo do estado. Inicialmente, estavam estimadas em US$ 50 milhões (R$ 284 milhões), mas o valor ao final do contrato havia saltado para US$ 120 milhões (R$ 681,6 milhões), segundo anúncio feito pela própria direção da Fepasa à época.

O sistema foi desativado em fevereiro de 1995, quando 150 funcionários foram demitidos, e teve como principal problema a falta de integração com outros modais de transporte.

No total, o VLT tinha 7,8 quilômetros e passava por oito estações erguidas em concreto pré-moldado.

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Retorno aos trilhos na maior rota do interior homenageia 5 companhias; veja https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/10/27/retorno-aos-trilhos-na-maior-rota-do-interior-homenageia-5-companhias-veja/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/10/27/retorno-aos-trilhos-na-maior-rota-do-interior-homenageia-5-companhias-veja/#respond Tue, 27 Oct 2020 10:50:01 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/IMG_4483-min-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2151 A volta aos trilhos dos trens entre Campinas e Jaguariúna, neste final de semana no interior paulista, foi marcada por uma homenagem involuntária a cinco companhias ferroviárias que operaram no passado no país.

Tracionada por uma locomotiva que pertenceu à Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, a composição tinha quatro vagões no sábado (24), que pertenceram à Estrada de Ferro Sorocabana, São Paulo-Paraná, Companhia Paulista de Estradas de Ferro e Viação Férrea do Rio Grande do Sul.

O da Sorocabana era o carro-restaurante, enquanto os outros três, de passageiros, eram de primeira classe.

A composição ainda é pequena, se comparada às habituais de antes da pandemia, mas ela é vista pelos integrantes da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária) como um bom recomeço após praticamente sete meses de interrupção das atividades entre as duas cidades devido ao novo coronavírus. No domingo (25), o trem já fez o percurso com sete carros.

Diretor administrativo da ABPF, Hélio Gazetta Filho disse que a viagem com carros de diferentes companhias ferroviárias foi uma feliz coincidência, principalmente por envolver o carro-restaurante. Veja como ficou a composição, em vídeo do membro da associação Vanderlei Antonio Zago.

“Às vezes o restaurante não vai, mas como tinha o [roteiro especial do] café no sábado, ele foi. E coincidentemente ficou um de cada. No domingo, ainda tínhamos dois da Estrada de Ferro Noroeste [do Brasil]”, afirmou.

Após um mês e meio do retorno aos trilhos após a paralisação de quase seis meses devido à pandemia, os trens que partem da estação Anhumas, em Campinas, passaram a chegar ao destino habitual, Jaguariúna.

Os trens que desde a década de 80 fazem o trajeto de 24 quilômetros entre as duas cidades do interior paulista voltaram a operar no último dia 6 de setembro, mas somente nas estações de Campinas, já que a prefeitura da cidade vizinha ainda não tinha liberado o funcionamento devido ao cenário da Covid-19. Desde 15 de março os trens não faziam a rota.

Segundo o diretor da associação, o hidrante do abastecimento de água ainda não estava pronto para o sábado, o que impedia o abastecimento da maria-fumaça, mas o serviço foi regularizado pela prefeitura para o dia seguinte.

A pandemia fez com que nenhum passageiro fosse transportado por trens regulares ou turísticos a partir de março, fenômeno que não ocorreu nessa intensidade nem mesmo durante a Segunda Guerra (1939-1945) ou após a quebra da Bolsa de Nova York (1929).

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