Sobre Trilhos https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br Viaje ao passado, conheça o presente e imagine o futuro das ferrovias Mon, 06 Dec 2021 06:15:10 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Com prejuízo recorde, trens e metrôs lançam nova campanha contra a Covid https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/06/01/com-prejuizo-recorde-trens-e-metros-lancam-nova-campanha-contra-a-covid/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/06/01/com-prejuizo-recorde-trens-e-metros-lancam-nova-campanha-contra-a-covid/#respond Tue, 01 Jun 2021 11:05:29 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/Estação-Cidade-Nova-1-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2713 Concessionárias que operam sistemas de trens urbanos e metrôs no país já lançaram campanhas individuais desde o ano passado para evitar a disseminação da Covid-19, mas agora uma nova campanha nacional está sendo lançada nesta terça-feira (1) para reforçar os protocolos sanitários.

Com a mensagem “Estamos fazendo a nossa parte, faça a sua também”, a campanha da ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos) tem como objetivo conscientizar os usuários da importância de contribuir com as ações de combate à pandemia.

Ela é lançada num momento financeiro extremamente crítico para o setor. Os trens e metrôs bateram recorde negativo de passageiros transportados em 2020, o primeiro ano no qual o país teve de conviver com a pandemia da Covid-19.

De cerca de 11 milhões de passageiros por dia útil em 2019, o total caiu para 5,8 milhões no ano passado, segundo relatório da própria associação.

Só a SuperVia, concessionária que administra 270 quilômetros do sistema ferroviário no Rio e em outras 11 cidades da região metropolitana, deixou de transportar 100 milhões de passageiros entre 14 de março do ano passado, quando começaram as restrições na capital, e o último dia 25, o que gerou perda de receita de R$ 545 milhões.

Em 2020, a queda em São Paulo foi de 55,4%, com 1,3 bilhão de passageiros transportados, enquanto no Nordeste o resultado foi 52% inferior ao de 2019, com 146,3 milhões de passageiros.

“Os operadores brasileiros reforçaram as medidas de limpeza e buscam constantemente as mais modernas tecnologias de desinfecção para manter os sistemas higienizados para o atendimento aos passageiros. É necessário que a população também nos ajude no combate ao vírus e essa campanha visa orientar e conscientizar o passageiro de que eles precisam adotar novos hábitos, para que juntos consigamos controlar a disseminação da doença dentro do transporte público sobre trilhos”, disse Roberta Marchesi, diretora-executiva da ANPTrilhos.

Além dos metrôs e trens, a campanha está sendo lançada nos sistemas de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) do país.

Os monitores dos sistemas metroferroviários e as redes sociais das empresas terão, durante o mês todo, mensagens da campanha nacional sobre o uso de máscaras e higiene pessoal.

As empresas alegam que, desde o início da pandemia, já têm adotado medidas para conter a propagação da Covid-19 nos sistemas, que incluem limpeza e higienização dos equipamentos de contato com os passageiros, como catracas, corrimãos e interior dos trens, uso de tecnologias e equipamentos de sanitização, instalação de comunicação visual específica para indicar distanciamento e disponibilidade de álcool em gel e equipamentos de proteção individual para as equipes.

Resultado do desempenho ruim do transporte de passageiros devido ao novo coronavírus, 2020 terminou também com recuo na produção de locomotivas e carros de passageiros no país, segundo a Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária).

O total de carros de passageiros produzidos foi de 72, ante os 99 do ano anterior e 312, em 2018. Para 2021, a previsão é ainda pior, com apenas 43.

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Indústria sofre recuo na produção de locomotivas e carros de passageiros https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/01/02/industria-sofre-recuo-na-producao-de-locomotivas-e-carros-de-passageiros/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/01/02/industria-sofre-recuo-na-producao-de-locomotivas-e-carros-de-passageiros/#respond Sat, 02 Jan 2021 14:19:12 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/01/Locomotivas-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2362 O ano de 2019 tinha sido muito difícil para a indústria ferroviária, que retrocedeu uma década em relação aos pedidos de locomotivas e vagões, mas 2020 parecia ser promissor. Parecia.

Se for comparado com o ano anterior, 2020 teve crescimento no total de vagões fabricados, mas também redução no número de carros de passageiros e locomotivas, e mesmo onde avançou está muito longe do patamar que a indústria nacional já conseguiu atingir, segundo levantamento da Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária).

A previsão no início do ano era a de que o país fabricasse 40 locomotivas, 2.000 vagões de carga e 131 carros de passageiros, mas nenhuma das metas foi alcançada.

Foram produzidas 29 locomotivas, 1.800 vagões e 72 carros de passageiros, segundo Vicente Abate, presidente da associação.

E a culpa não é da pandemia do novo coronavírus, mas do momento enfrentado pelo setor mesmo. “Não [foi a pandemia], porque se tivesse mais volume, faríamos. Fizemos o que foi possível”, afirmou Abate.

Depois de fechar com apenas 1.006 vagões produzidos em 2019 –pior ano desde 2002–, a meta era dobrar a produção, o que não foi possível.

Nem mesmo o crescimento de praticamente 80% no total fabricado é visto como satisfatório pelo setor. “Ainda é baixo. Se pegar a média dos últimos dez anos, tirando 2019, dá 3.400 vagões e fechamos com 1.800. Embora perto da previsão [para o ano], é baixo.”

E, diante de um mercado dominado por incertezas sobre quais investimentos sairão do papel nos próximos anos, o que esperar de 2021? Otimismo, diz ele.

A indústria projeta fabricar 2.500 vagões, número ainda abaixo da média dos últimos dez anos, mas que sinalizaria uma tendência de curva ascendente. Para isso, o setor conta essencialmente com renovações de concessões ferroviárias, licitações feitas por governos estaduais e federal e compras do exterior.

Por isso, a expectativa futura se baseia em projetos como o Trem Intercidades, ligando São Paulo à região metropolitana de Campinas, e a licitações envolvendo órgãos como a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos).

Já em relação às locomotivas, a meta é avançar também em 2021, produzindo 61, das quais 4 destinadas à exportação.

O pior cenário na indústria envolve os carros de passageiros, ramo que em 2020 só concluiu um projeto de exportação para o Chile, com 72 unidades, e prevê apenas 43 neste ano. Desse total, 40 para serem exportados.

“Só esperamos uma recuperação no mercado [de carros de passageiros] em 2022, mas aí virá forte, com metrô e exportações projetadas para Taiwan e Romênia. As concessões das linhas 8 e 9 da CPTM, previstas para março, devem ter uma concorrência muito grande, com expectativa de 36 trens no total. No metrô, temos sinalização de que em abril deverá ser lançado o edital. Estimamos 44 trens”, disse.

A previsão de avanço na fabricação de locomotivas e vagões deverá fazer com que a ociosidade do setor, que chegou a ser de 90% em algumas plantas, caia para 75% (locomotivas) e 80% (vagões) neste ano.

De acordo com ele, apesar disso o ano de 2020 mostrou que o transporte ferroviário e a indústria são promissores. “Não foram grandes volumes, é fato, mas diante das dificuldades a indústria se portou de uma forma dignificante. Não paramos, os transportes de cargas e de passageiros são essenciais e a indústria também se tornou.”

PRODUÇÃO FERROVIÁRIA NO PAÍS

Carros de passageiros

2017: 312
2018: 312
2019: 99
2020: 72
2021*: 43

Vagões

2017: 2.878
2018: 2.566
2019: 1.006
2020: 1.800
2021*: 2.500

Locomotivas

2017: 81
2018: 64
2019: 34
2020: 29
2021*: 61

(*) previsão

Fonte: Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária)

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Indústria ferroviária retrocede 10 anos, mas prevê melhor desempenho em 2020 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/01/14/industria-ferroviaria-retrocede-10-anos-mas-preve-melhor-desempenho-em-2020/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2020/01/14/industria-ferroviaria-retrocede-10-anos-mas-preve-melhor-desempenho-em-2020/#respond Tue, 14 Jan 2020 16:57:46 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2020/01/ES43-BBi_para-Centro-Sudeste-28329-Divulgacao-VLI_p-768x576-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=1397 A indústria ferroviária brasileira enfrentou em 2019 o pior cenário dos últimos dez anos. Com poucos pedidos para as indústrias, que em alguns casos têm até 90% de ociosidade, foram fabricados cerca de mil vagões no ano, ante uma previsão de 1.500.

O cenário é muito diferente do registrado em 2014 e 2015, quando foram produzidos em média 4.700 vagões em cada ano. Com a crise na economia, concessionárias passaram a investir menos e a queda foi gradativa nos últimos anos. Em 2016, o volume caiu para 3.900 e, em 2017, alcançou 2.878. No ano passado, foram 2.566.

“Foi um ano extremamente difícil [2019], a gente vem notando quedas constantes em nosso setor e nos aproximamos de uma década atrás. Fizemos 1.022 vagões em 2009”, disse Vicente Abate, presidente da Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária).

Em relação às locomotivas fabricadas, o melhor ano da história foi 2015, com 129, mas a produção também recuou gradativamente e fechou 2019 com apenas 34 unidades produzidas. Já os carros de passageiros, que chegaram a 473 fabricados em 2016, ficaram em apenas 104 no último ano no país. Os números seriam ainda piores não fossem as exportações de 5 locomotivas e 80 carros de passageiros para o Chile.

Já se sabia que o ano seria difícil para as empresas, pois os pedidos feitos pelas operadoras ferroviárias demoram em média um ano para serem entregues, e não foram realizados pedidos suficientes no ano anterior.

Agora, com a aprovação pelo TCU (Tribunal de Contas da União) da renovação antecipada da malha paulista, operada pela Rumo, as empresas esperam que haja crescimento nos pedidos de vagões e locomotivas, mas também com reflexo para 2021, no caso das locomotivas. A previsão é que o total de vagões suba dos 1.000 para ao menos 1.500 em 2020.

“Diria que a grande maioria das cinco concessões deverá conseguir assinar contrato ainda em 2020 e, se restar alguma, no início de 2021. Isso fará os investimentos voltarem, com mais encomendas, mas também beneficiará setores como a construção civil”, afirmou.

FÁBRICAS VAZIAS

As plantas que fabricam vagões, locomotivas e carros de passageiros têm operado com ociosidade de até 90% no país.

A capacidade instalada para a produção de locomotivas é de 250, mas apenas 34 foram feitas, o que significa 86,4% de ociosidade. No caso dos vagões, o índice é ainda maior, 91,7%: 1.000 produzidos, para uma capacidade de 12 mil.

Além de ser necessário um longo prazo para a produção, as locomotivas também são caras, podendo custar entre US$ 2 milhões e US$ 2,5 milhões (de R$ 8,28 milhões a R$ 10,35 milhões), dependendo da configuração. O preço de um vagão, em média, é de R$ 400 mil.

Abate afirmou que 2020 será desafiador para o setor, mas a aposta do empresário é a de que a economia está reagindo, o que fará com que novos negócios surjam. Entre as possibilidades que o setor aguarda estão as licitações para 34 trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e 44 trens do Metrô de São Paulo.

PRODUÇÃO FERROVIÁRIA NO PAÍS

Carros de passageiros

2015: 322
2016: 473
2017: 312
2018: 312
2019: 104

Vagões

2015: 4.683
2016: 3903
2017: 2.878
2018: 2.566
2019: 1.000

Locomotivas

2015: 129
2016: 109
2017: 81
2018: 64
2019: 34

Fonte: Abifer

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Lançamento de programa de R$ 1 bi vai estimular indústria ferroviária, diz setor https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2019/06/27/lancamento-de-programa-de-r-1-bi-vai-estimular-industria-ferroviaria-diz-setor/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2019/06/27/lancamento-de-programa-de-r-1-bi-vai-estimular-industria-ferroviaria-diz-setor/#respond Thu, 27 Jun 2019 21:59:56 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2019/06/MetroRio_DSC6086-min-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=1070 A indústria ferroviária aposta que o lançamento de um bilionário programa de financiamento para a compra e a modernização de locomotivas e vagões vai impulsionar o setor, que atualmente trabalha com ociosidade de 60%.

O Retrem será lançado às 10h30 desta sexta-feira (28), na Fiesp, em São Paulo, e terá R$ 1 bilhão em financiamentos por ano voltados às operadoras de transporte urbano de passageiros sobre trilhos para a compra de trens novos produzidos pela indústria nacional.

O programa vai usar recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), com taxas de juros anuais a partir de 5,5%.

A avaliação da indústria é que 2019 já está perdido e que o programa é uma oportunidade para salvar o setor em 2020. Após os pedidos serem confirmados, a indústria pode levar até um ano e meio para fazer a entrega, no caso de novas composições.

Um trem com quatro carros de passageiros e ar-condicionado não custa menos de R$ 15 milhões, mas pode passar de R$ 17 milhões conforme forem acrescentados opcionais.

O programa também é alvo de questionamentos por envolver dinheiro público a juros baixos para a compra de maquinário produzido no país, o que significa a criação de uma espécie de reserva de mercado para a indústria.

“Avaliamos que é um projeto em que todos ganham, indústria, operadores e passageiros. A indústria precisa potencializar essa produção que está estagnada e dar empregos, enquanto as operadoras vão trabalhar com equipamento moderno, que consome menos energia, por exemplo. Já o passageiro ganha por ver ser reduzido o intervalo entre os trens e viajar num trem mais moderno, com mais conforto”, disse João Gouveia Ferrão Neto, vice-presidente da ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos).

Segundo ele, comprar da indústria nacional é importante por facilitar a assistência técnica e por evitar o hedge (proteção contra grandes oscilações na cotação do euro e do dólar) necessário em aquisições de fabricantes estrangeiros.

“Os fabricantes nacionais têm uma larga vantagem nesse sentido e não deixam nada a desejar em comparação aos de fora”, disse.

O Brasil tem hoje 1.105 quilômetros de trilhos urbanos, que transportam diariamente 10,9 milhões de passageiros.

Passageiros em plataforma de embarque no Rio de Janeiro (Divulgação/ANPTrilhos)

Presidente da Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), Vicente Abate disse que o fato de o governo federal ter incluído a modernização de trens antigos no programa –e não só a compra de novos– fará com que a indústria consiga entregar projetos às operadores de transporte com mais rapidez.

“Em projetos já concebidos, o prazo é em média de um ano e meio para entregar, o que significa que estamos no limite para conseguir entregar ainda em 2020, se fechados agora. Com a modernização entrando no processo a gente pode movimentar mais cedo. São trens já existentes, que terão motores trocados para melhorar consumo de energia ou a instalação de ar condicionado, por exemplo. Isso movimenta a fábrica mais rapidamente.”

CRISE

De acordo com ele, a indústria ferroviária tem apenas um pedido de 135 carros para a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e um contrato para o Chile.

No ano passado, foram produzidos 312 carros de passageiros, ainda assim distante do recorde do setor –473, em 2016.

O total de vagões produzidos deve cair dos 2.566 de 2018 para 1.500, enquanto o número de locomotivas fabricadas será de 40, o mais baixo desde as 22 de 2009. No ano passado, foram 64.

Esse cenário faz a indústria ter ociosidade de 60% em relação à média dos últimos dez anos.

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Nº de locomotivas fabricadas no país é o menor desde 2009; cenário pode piorar https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2019/02/24/no-de-locomotivas-fabricadas-no-pais-e-o-menor-desde-2009/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2019/02/24/no-de-locomotivas-fabricadas-no-pais-e-o-menor-desde-2009/#respond Sun, 24 Feb 2019 09:44:26 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2018/08/Antf-150x150.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=728 A indústria ferroviária brasileira fabricou apenas 64 locomotivas no ano passado, pior desempenho desde 2009. É o que apontam dados estatísticos da Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), que indicam ainda uma perspectiva de piora neste ano.

O cenário de redução na produção nacional mostra quedas sucessivas desde 2015, quando foram fabricadas 129 locomotivas, maior volume já atingido no país. No ano seguinte, o total caiu para 109, até atingir 81 em 2017 e as 64 em 2018.

As consecutivas quedas têm impulsionado os pedidos do mercado para que as renovações das concessões ferroviárias sejam antecipadas e injetem fôlego –leia-se dinheiro novo– nas ferrovias. A expectativa é que ao menos R$ 25 bilhões sejam investidos nos próximos anos com as renovações antecipadas.

Além das locomotivas, o ano passado marcou também a redução na produção de vagões de cargas e crescimento zero na fabricação de carros de passageiros. Enquanto em 2017 foram feitos pela indústria 2.878 vagões, no ano passado o total caiu para 2.566.

Já em relação aos carros de passageiros, foram produzidos 312 em cada um dos anos.

Um estudo da CNT (Confederação Nacional do Transporte) apontou que o país apresentava produção insignificante de locomotivas no início do século. Entre 2001 e 2005, foram feitas só 15 máquinas no setor, que cresceu mesmo a partir de 2010.

Para 2019, as projeções da Abifer, com base nos pedidos feitos, apontam para a fabricação de somente 40 locomotivas, de 1.500 vagões de carga e de 135 carros de passageiros.

OCIOSIDADE

Com capacidade instalada para a produção de 1.200 carros de passageiros por ano, a planta industrial brasileira trabalhou com ociosidade de 75% em 2018.

A Abifer criou um projeto, chamado Plano 1.000, para tentar convencer os governos federal e estadual a investirem no setor, com a compra ou modernização de vagões.

Fundada há 41 anos, a entidade reúne fabricantes de locomotivas diesel-elétricas, vagões de carga, veículos rodoferroviários, metrô, VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos) e monotrilhos, entre outros.

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Conheça propostas para o avanço da mobilidade sobre trilhos no país https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2018/10/16/conheca-propostas-para-o-avanco-da-mobilidade-sobre-trilhos-no-pais/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2018/10/16/conheca-propostas-para-o-avanco-da-mobilidade-sobre-trilhos-no-pais/#respond Tue, 16 Oct 2018 22:52:09 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2018/10/DF-2-150x150.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=574 Quais são os gargalos existentes no transporte de passageiros sobre trilhos no país? Quais medidas deveriam ser tomadas para que essa modalidade crescesse?

Com base em questionamentos como esses, a ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos) elaborou uma série de propostas para o avanço da mobilidade no país, que foram apresentadas aos candidatos à presidência.

Elas contemplam quatro pilares: o aumento da eficiência da rede de transporte público, a promoção do financiamento sustentável do setor, a priorização de investimentos públicos em sistemas estruturantes de alta capacidade e o incentivo ao transporte sustentável e limpo para a melhoria da qualidade de vida das cidades.

Conforme o documento de 24 páginas elaborado pela associação, os sistemas sobre trilhos usam vagões que consomem pouca energia elétrica e emitem 60% menos dióxido de carbono em comparação aos automóveis e 40% em relação aos ônibus.

“Mesmo a mobilidade sobre trilhos tendo maior capacidade de transporte e ser ambientalmente sustentável, no Brasil esses sistemas estão presentes em apenas 11 estados e no Distrito Federal. Transportam cerca de 10 milhões de passageiros diariamente. A demanda pela mobilidade sobre trilhos apresenta elevação em torno de 10% ao ano”, diz trecho das propostas para o avanço da mobilidade.

Apesar de a demanda crescer na casa dos dois dígitos, a rede instalada no país teve alta de apenas 3% no total de quilômetros nos últimos anos.

Para a entidade, as consequências são graves, como congestionamentos, acidentes, mortes, sobrecarga aos serviços públicos de saúde e de segurança e a poluição causada por outros modais de transporte.

As propostas da ANPTrilhos se somam às de outras entidades, também levadas aos presidenciáveis.

A Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), por exemplo, elaborou o Plano 1.000 com o objetivo de convencer o futuro presidente a propiciar investimentos no setor.

Com 75% de ociosidade na planta industrial e sem pedidos novos para a fabricação de vagões de passageiros em 2019, as empresas que atuam no setor ferroviário afirmam temer o desemprego no setor.

Como a Folha mostrou, porém, em sua maioria os candidatos à Presidência da República esqueceram ou citaram de forma superficial o setor ferroviário em suas propostas de governo.

Com capacidade instalada para a produção de 1.200 carros de passageiros por ano, a associação projeta um pacote que considera essencial para a mobilidade no país e, emergencialmente, pede a compra ou modernização de 1.091 vagões para metrô de São Paulo e CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). São 465 novos carros e 626 modernizações.

Já a CNT (Confederação Nacional do Transporte), sob o nome “O Transporte Move o Brasil”, apresentou propostas aos candidatos em que cita que os principais motivos para o setor ferroviário não ser devidamente explorado no país são a sua limitada extensão e a concentração de rotas nas regiões centro-sul e litorânea.

A solução, conforme a confederação, passa pela expansão da malha ferroviária, com a construção de novos trechos e a recuperação dos que estejam em condições inadequadas.

O investimento mínimo necessário para a adequação da infraestrutura ferroviária, conforme o Plano CNT de Transporte e Logística, é de R$ 531,97 bilhões, dos quais R$ 307,9 bilhões com a construção de ferrovias.

 

 

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Saiba o que fabricantes de trens querem do próximo presidente já em 2019 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2018/10/02/saiba-o-que-fabricantes-de-trens-querem-do-proximo-presidente-ja-em-2019/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2018/10/02/saiba-o-que-fabricantes-de-trens-querem-do-proximo-presidente-ja-em-2019/#respond Tue, 02 Oct 2018 09:36:02 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2018/10/ANTF-150x150.png https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=541 Com 75% de ociosidade na planta industrial e sem pedidos novos para a fabricação de vagões de passageiros em 2019, as empresas que atuam no setor ferroviário entregaram aos presidenciáveis um plano de melhorias e investimentos para os próximos anos no país.

A ideia da Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária) com o chamado Plano 1.000 é convencer o futuro presidente a propiciar investimentos no setor. A tarefa não deverá ser simples, já que, em regra, os candidatos à Presidência da República esqueceram ou citaram superficialmente o setor ferroviário em suas propostas de governo.

Com capacidade instalada para a produção de 1.200 carros de passageiros por ano, a associação projeta um pacote que considera essencial para a mobilidade no país e, emergencialmente, pede a compra ou modernização de 1.091 vagões para metrô de São Paulo e CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). São 465 novos carros e 626 modernizações.

Fundada há 41 anos, a entidade reúne fabricantes de locomotivas diesel-elétricas, vagões de carga, veículos rodoferroviários, metrô, VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos) e monotrilhos, entre outros.

O plano prega como ações a serem tomadas no curto prazo a viabilização da licitação do Trem Intercidades, ligando São Paulo a cidades do interior, como Americana e Sorocaba, e apoio na renovação de frotas, sem impostos, em metrôs como os de Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Para médio e longo prazos, as ações incluem a retomada de projetos do PAC Mobilidade, a disponibilização de recursos federais para a implantação de trens regionais de média velocidade –ligando locais como Brasília a Goiânia, Londrina a Maringá, Caxias do Sul a Bento Gonçalves e Codó a Teresina– e VLTs em macrometrópoles (Goiânia, Brasília, Natal e Maceió).

“Fizemos o plano e mandamos para todos os candidatos à presidência e ao governo de São Paulo. Falamos que estamos preocupados com a indústria, pois as encomendas para o ano que vem estão zeradas”, disse Vicente Abate, presidente da Abifer.

OCIOSIDADE

Apesar da capacidade instalada de 1.200 unidades por ano, o setor nunca chegou perto de alcançar 50% dela no país.

O recorde de produção pertence a 2016, ano em que foram fabricados 473 carros de passageiros. No ano seguinte, foram 312 e, neste ano, a previsão é concluir 298 unidades. Para 2019, não há nenhum pedido novo até agora, apenas encomendas prévias para serem entregues.

Os empregos acompanharam a queda na produção: dos 10 mil existentes no ano passado, o quadro foi reduzido para 5.000 neste ano e deve cair pela metade no ano que vem.

“O pensamento é, em caráter emergencial, modernizarmos o já existente, com o Plano 1.000. Eles seriam feitos num espaço pequeno nos próximos anos. Mas todas essas medidas precisam ser tomadas”, disse Abate.

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Alstom retoma atividades de unidade em Taubaté para produzir trens para o Chile https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2018/09/10/alstom-retoma-atividades-de-unidade-em-taubate-para-produzir-trens-para-o-chile/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2018/09/10/alstom-retoma-atividades-de-unidade-em-taubate-para-produzir-trens-para-o-chile/#respond Mon, 10 Sep 2018 10:03:29 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2018/09/Alstom-002-min-150x150.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=455 Após dois anos sem pedidos, a unidade da Alstom em Taubaté abrirá uma nova linha de produção para atender a uma encomenda do metrô de Santiago (Chile).

Serão produzidas 166 caixas de aço inoxidável na fábrica, que tem capacidade de produção de sete unidades por mês em um turno.

A empresa anunciou a abertura da linha com o objetivo de fabricar as caixas de aço que, até 2020, deverão gerar 120 vagas de emprego nas áreas operacional e administrativa.

Além da linha de trens que acabou de ser iniciada, a unidade tem outra, de VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos), paralisada. A fábrica foi inaugurada em 2015, com 16 mil metros quadrados e investimento de R$ 50 milhões.

As operações industriais serão reiniciadas depois da produção de 32 VLTs para o Rio de Janeiro. Agora, serão 35 novos trens para o metrô de Santiago.

De acordo com a Alstom, as caixas produzidas no Brasil serão enviadas para a unidade da empresa no Chile, que será responsável por concluir a montagem e fazer a entrega ao cliente.

Por meio de sua assessoria, o diretor geral da Alstom no Brasil, Pierre-Emmanuel Bercaire, disse que a retomada das atividades em Taubaté é um marco e que a unidade tem condições de receber projetos ferroviários do Brasil ou de qualquer outro país.

BAIXA PRODUÇÃO

O setor ferroviário enfrenta dificuldades no país. Apenas 81 locomotivas foram produzidas no ano passado no Brasil, o menor volume dos últimos quatro anos, segundo dados da CNT (Confederação Nacional do Transporte).

Com esse cenário de queda, as indústrias têm pedido a renovação antecipada das concessões para injetar fôlego no setor com a promessa de ao menos R$ 25 bilhões de investimentos nos próximos anos.

A queda é de 25,7% em relação à produção do ano anterior, quando as empresas fabricaram 109 locomotivas. Em 2015, ano recorde no país, foram 129.

A produção de vagões seguiu o mesmo ritmo de queda (26,3%), com a fabricação de 2.878 unidades em 2017, ante os 3.903 do ano anterior.

A Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária) alega que a renovação antecipada  das concessões fará com que as empresas mantenham os investimentos nos próximos anos.

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Agronegócio impulsiona aquisição da FCA de 26 novas locomotivas até 2019 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2018/09/01/agronegocio-impulsiona-aquisicao-da-fca-de-26-novas-locomotivas-ate-2019/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2018/09/01/agronegocio-impulsiona-aquisicao-da-fca-de-26-novas-locomotivas-ate-2019/#respond Sat, 01 Sep 2018 10:41:15 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2018/09/ES43-BBi_para-Centro-Sudeste-28329-Divulgacao-VLI_p-150x150.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=428 A crescente demanda do agronegócio fez a FCA (Ferrovia Centro-Atlântica) adquirir 26 novas locomotivas que serão colocadas em operação até abril do ano que vem e a construir por meio de uma parceria novos terminais para armazenamento de açúcar em duas cidades paulistas.

As novas máquinas foram adquiridas por meio de leasing –contrato de aluguel com opção de compra– e também transportarão produtos siderúrgicos.

Em todo o ano passado, apenas 81 locomotivas foram produzidas no país, o menor volume dos últimos quatro anos, de acordo com a Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária).

E, para este ano, a previsão é ainda inferior: 60 unidades. Já o total de vagões feitos em 2017 foi de 2.878, patamar que deve ser mantido neste ano.

Do total de novas locomotivas da VLI, 15 são do modelo SD70 BB da EMD, utilizados na própria FCA e na Ferrovia Norte-Sul, que vão percorrer também o corredor centro-leste, conectando, por exemplo, cargas do agronegócio ao complexo de Tubatão, em Vitória (ES).

De acordo com a concessionária, no ano passado foram movimentadas 18 milhões de toneladas de carga neste corredor. As locomotivas serão entregues até abril do próximo ano.

Cada uma pesa 196 toneladas e tem 24 m de comprimento. Com três delas, é possível tracionar até 90 vagões carregados.

As outras 11 locomotivas são do modelo ES43 BBi, foram produzidas pela unidade da GE em Contagem (MG) e estarão em operação até outubro.

Serão utilizadas no transporte de carga no chamado corredor centro-sudeste, no interior paulista. Com duas delas, uma composição pode ter até 82 vagões carregados. Como comparação, isso equivale à carga de 240 caminhões.

As aquisições visam atender demanda entre o terminal existente em Guará e o porto de Santos.

Em junho, a VLI assinou acordo com o Tereos, segundo maior grupo produtor de açúcar no planeta, para transportar 1 milhão de toneladas do produto por ano.

O acordo entre Tereos –que tem sete usinas de açúcar e etanol em São Paulo– e VLI deverá resultar em mais de R$ 200 milhões em investimentos de infraestrutura logística para a exportação de açúcar.

Do total, R$ 145 milhões devem ser investidos pelo Tereos. O restante caberá à VLI.

Segundo a VLI, entre 2013 e o ano passado o volume de açúcar transportado na rota entre Guará e o Tiplam (terminal da empresa em Santos) dobrou –de 2,3 milhões de toneladas para 4,6 milhões de toneladas.

Os dois armazéns serão feitos em Guará e Santos. O primeiro terá condições de abrigar 80 mil toneladas de açúcar. Em Santos, serão outras 114 mil toneladas.

MERCADO EM CRISE

Com o cenário de queda contínua na produção de locomotivas e vagões, as indústrias têm pedido a renovação antecipada das concessões para injetar fôlego no setor com a promessa de ao menos R$ 25 bilhões de investimentos nos próximos anos.

As ferrovias brasileiras transportam apenas 20,7% do total de cargas do país, segundo dados da CNT (Confederação Nacional do Transporte).

Seis em cada dez quilos de cargas são transportados por rodovias no Brasil –o restante viaja pelos sistemas aquaviário, aéreo e dutoviário.

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Volume de locomotivas produzidas recua e é o mais baixo desde 2014 no país https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2018/08/15/volume-de-locomotivas-produzidas-recua-e-e-o-mais-baixo-desde-2014-no-pais/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2018/08/15/volume-de-locomotivas-produzidas-recua-e-e-o-mais-baixo-desde-2014-no-pais/#respond Wed, 15 Aug 2018 11:11:57 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2018/08/Antf-150x150.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=356 Apenas 81 locomotivas foram produzidas no ano passado no Brasil, o menor volume dos últimos quatro anos. É o que mostra anuário do transporte produzido pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) e divulgado na segunda-feira (13).

Com esse cenário de queda, as indústrias têm pedido a renovação antecipada das concessões para injetar fôlego no setor com a promessa de ao menos R$ 25 bilhões de investimentos nos próximos anos.

A queda é de 25,7% em relação à produção do ano anterior, quando as empresas fabricaram 109 locomotivas. Em 2015, ano recorde no país, foram 129.

O país tinha uma produção insignificante de locomotivas no início do século. Entre 2001 e 2005, a soma de máquinas fabricadas chegou a somente 15. O setor viveu um primeiro boom em 2010, com 68 produzidas, volume que chegou a 113 no ano seguinte.

A produção de vagões seguiu o mesmo ritmo de queda (26,3%), com a fabricação de 2.878 unidades em 2017, ante os 3.903 do ano anterior.

A Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária) alega que a renovação antecipada das concessões fará com que as empresas mantenham os investimentos nos próximos anos.

Vicente Abate, presidente da entidade, disse que todos os investimentos serão feitos antes de terminar o atual prazo de concessões –entre 2026 e 2028– e que as indústrias não têm pedidos para 2019 relativos ao transporte de passageiros –metrôs e VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos), por exemplo. Isso, conforme a Abifer, poderá acentuar as dificuldades do setor e gerar demissões.

MAIS EMPREGOS

Apesar desse cenário ruim, 43.382 pessoas fecharam o ano de 2017 empregadas direta ou indiretamente no setor ferroviário –mais que as 40.234 do ano anterior.

De acordo com o estudo da CNT, entre 2016 e o ano passado também houve crescimento de 21,2% no total de locomotivas em operação –incluindo as novas e as já em uso.

No total, 3.688 unidades estavam em operação em 2017, ante as 3.043 do ano anterior.

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