Sobre Trilhos https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br Viaje ao passado, conheça o presente e imagine o futuro das ferrovias Mon, 06 Dec 2021 06:15:10 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Vacinados contra a Covid poderão ver filmes de graça em vagão ferroviário https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/11/15/vacinados-contra-a-covid-poderao-ver-filmes-de-graca-em-vagao-ferroviario/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/11/15/vacinados-contra-a-covid-poderao-ver-filmes-de-graca-em-vagao-ferroviario/#respond Mon, 15 Nov 2021 18:30:39 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/Cine-Vagão_02-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=3113 O vagão ferroviário que a partir da década de 1950 atendeu passageiros da Estrada de Ferro Elétrica Votorantim agora tem nova utilidade, embora mantenha o olhar no passado.

Produzido em 1951 e restaurado pela Sorocabana – Movimento de Preservação Ferroviária, o carro de passageiros abriga sessões de cinema no projeto Cine-vagão, criado em Votorantim (a 107 km de São Paulo).

Lançado em 2019, o projeto foi suspenso por conta da pandemia da Covid-19 e foi retomado agora, com a proposta de exibir quatro filmes até o final deste mês.

A entrada é gratuita, mas só será permitida para quem apresentar comprovante de vacinação completa contra a Covid-19 (duas doses da Coronavac, da AstraZeneca e da Pfizer ou dose única da Janssen) ou comprovante de que recebeu a primeira dose, acompanhado de um teste negativo de Covid do tipo PCR feito até 48 horas antes da sessão ou de antígeno feito até 24 horas antes.

O objetivo do Cine-vagão é apresentar clássicos do cinema entre as décadas de 1930 e 1960. O período compreende parte do apogeu do sistema ferroviário e o início do declínio.

Nesta terça-feira (16), será exibido o longa-metragem de aventura “O Mágico de Oz”, de 1939, a partir das 19h30. O vagão está na rua Leopoldo Ferreira, perto do cruzamento da via férrea com a avenida Luiz do Patrocino Fernandes, na Vila Dominguinho.

Na quinta-feira (18), será a vez de “Metropolis”, seguido por “A General” (dia 23) e “À Noite Sonhamos” (dia 25).

A ação foi selecionada pelo FMC (Fundo Municipal de Cultura) da cidade, criado em decorrência da adesão do município ao SNC (Sistema Nacional de Cultura) e que abre inscrições anuais para projetos.

O vagão é equipado com projetor, sistema de som e gerador para funcionamento dos equipamentos.

A Estrada de Ferro Elétrica Votorantim foi uma pequena linha férrea, de apenas 13 quilômetros, a segunda a ser eletrificada em São Paulo, conforme o grupo Votorantim.

Sua origem remonta à construção da fábrica de tecidos Votorantim, no final do século 19, que fez com que fossem criadas condições logísticas para o empreendimento, o que incluiu o surgimento de um ramal da Estrada de Ferro Sorocabana, chamado Estrada de Ferro Votorantim.

Inicialmente as locomotivas eram movidas a vapor –maria-fumaça–, com bitola (distância entre os trilhos) de 60 cm. Já em 1918, a estrada de ferro foi comprada pela fábrica, que alterou o tamanho da bitola para um metro e eletrificou a via. Com isso, seu nome ganhou a palavra “elétrica”.

O uso de máscara durante a sessão é obrigatório e o limite é para 50 pessoas. Por isso, a recomendação é que as pessoas cheguem com uma hora de antecedência.

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Após 47 anos juntando lixo e ratos em praça, locomotiva símbolo da destruição ferroviária está quase restaurada https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/10/25/apos-47-anos-juntando-lixo-e-ratos-em-praca-locomotiva-simbolo-da-destruicao-ferroviaria-esta-quase-restaurada/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/10/25/apos-47-anos-juntando-lixo-e-ratos-em-praca-locomotiva-simbolo-da-destruicao-ferroviaria-esta-quase-restaurada/#respond Mon, 25 Oct 2021 10:30:50 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/ABPF-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=3081 Depois de ficar exposta por 47 anos numa praça na região central de Ribeirão Preto, onde acumulou lixo e ratos e serviu como banheiro para moradores de rua, uma centenária locomotiva, importante para contar parte da trajetória econômica no início do século passado no interior paulista, está praticamente restaurada.

Fabricada em 1912 pela alemã Borsig, a maria-fumaça estava exposta desde 1973 sobre cerca de 30 m de trilhos na praça Francisco Schmidt, onde sofreu todos os tipos imagináveis de vandalismo nas décadas seguintes, como furtos de peças de cobre, ferro e aço. Seu péssimo estado a transformou num símbolo da destruição do patrimônio ferroviário.

Repleta de lixo, restos de comida, roupas estragadas e preservativos usados, a locomotiva precisou passar por um processo de completa desinfecção para que pudesse deixar Ribeirão e ser levada para Campinas, onde está sendo restaurada desde julho do ano passado. Dezenas de ratos moravam na maria-fumaça e foi preciso abrir a lataria dela com um maçarico para que todos fossem expulsos.

Ribeirão Preto, uma das mais importantes cidades do interior do país, cresceu devido à ferrovia: muito antes da cana-de-açúcar que hoje domina a paisagem em toda a região, o município desenvolveu sua economia a partir da segunda metade do século 19 com suas grandes lavouras de café, que utilizaram os trilhos principalmente da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro para transportar o produto até o porto de Santos.

Com isso, surgiram barões do café como Henrique Dumont (1832-1892), pai do aviador Alberto Santos Dumont (1873-1932), e Francisco Schmidt (1850-1924), que dá nome à praça em que a locomotiva estava abandonada.

A maria-fumaça de número 8 é uma das três remanescentes da marca alemã no país. Pertenceu à Estrada de Ferro Araraquara, foi comprada pela Usina Amália e, posteriormente, foi doada ao município pelas Indústrias Matarazzo.

A restauração —é o primeiro bem ferroviário recuperado na cidade— custou R$ 749 mil aos cofres públicos e está sendo feita pela ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), que tem oficina para a manutenção e restauração de carros de passageiros e locomotivas na estação Carlos Gomes, em Campinas.

“O estado dela era lamentável, um dos piores que já vi”, disse o diretor administrativo da associação, Helio Gazetta Filho.

Segundo ele, a maria-fumaça foi recuperada inteiramente na cor grafite escuro, fosca, pintura que remete à origem da locomotiva.

A previsão é que ela seja entregue a Ribeirão Preto em novembro. A prefeitura deve expor a locomotiva no parque Maurilio Biagi, próximo ao local em que ela esteve nas últimas décadas, mas que tem segurança e horários para abertura e fechamento.

Ela deverá ser usada de forma estática pela prefeitura, ou seja, não será utilizada para passeios, embora sua restauração permita —será necessário trocar apenas os tubos da caldeira para que isso seja possível.

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Incêndio em estação completa um ano e associação busca recursos para restauro https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/10/02/incendio-em-estacao-completa-um-ano-e-associacao-busca-recursos-para-restauro/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/10/02/incendio-em-estacao-completa-um-ano-e-associacao-busca-recursos-para-restauro/#respond Sat, 02 Oct 2021 10:40:21 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/120416934_1332080383792856_6723863850229208936_n-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2980 A noite de 30 de setembro de 2020 não será esquecida tão cedo pelos adeptos da preservação ferroviária. Naquela data, com as operações paradas devido à pandemia da Covid-19, um incêndio explodiu dois veículos, atingiu a plataforma da estação ferroviária Carlos Gomes, em Campinas, e danificou uma locomotiva histórica.

O fogo poderia ter causado consequências ainda piores, já que a estação abriga a oficina de restauro de trens da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), que possui locomotivas e carros de passageiros centenários à espera de recuperação.

Assim como na crise hídrica deste ano, que deixou a vegetação ressecada e com mais facilidade de causar incêndios de grandes proporções, a estiagem do ano passado propiciou que o fogo num pasto na vizinhança provocasse o incêndio.

Um coqueiro que foi derrubado pelas chamas atingiu uma retroescavadeira usada pela associação e, dela, o fogo se alastrou e atingiu a plataforma, que até hoje não foi recuperada por falta de recursos financeiros.

A associação enfrentou cerca de oito meses de atividades paralisadas, devido à pandemia, e viu sua arrecadação despencar. Com isso, priorizou manter funcionários, ainda que tenha ingressado em programas do governo, e pagar contas de manutenção das atividades da oficina, deixando a recuperação do prédio histórico para um momento posterior.

Diretor administrativo da ABPF, Hélio Gazetta Filho disse que a estimativa é que seja necessário investir entre R$ 200 mil e R$ 250 mil para a restauração, valor que a associação não tem.

No ano passado, uma campanha de arrecadação virtual foi lançada, mas ela amealhou apenas R$ 6.581. Ainda está aberta para doações, aqui.

“Depois daquele fatídico 30 de setembro, a estação está do mesmo jeito. O conselho de preservação aprovou e liberou para fazer a reforma, se quisermos. Fomos atrás de pessoas para ajudar, mas não conseguimos. Por conta da pandemia, muitos estão segurando [possíveis doações]”, disse.

O teto metálico da construção, cuja estrutura de sustentação era de madeira, caiu e o fogo atingiu portas e janelas da estação, além de dois carros de funcionários da ABPF, que explodiram, e parte da pintura da histórica maria-fumaça número 9, fabricada em 1912 na Alemanha e que voltou aos trilhos há cerca de 20 anos. Não houve feridos.

Agora, de acordo com o diretor, a associação deve esperar a chegada de 2022, que tem a perspectiva de ser melhor, com mais turistas viajando, para trabalhar na restauração.

“Temos um pedreiro que fez trabalhos em Tanquinho [outra estação do trecho entre Campinas e Jaguariúna], talvez dê certo de irmos fazendo reboque, janelas, o que for possível nessa fase de restauro”, afirmou.

Em setembro de 1985, a associação, criada oito anos antes, sofreu o que é, até aqui, o maior baque nas suas mais de quatro décadas de existência, quando um incêndio criminoso destruiu dez vagões usados no transporte de turistas entre Campinas e Jaguariúna. Eles estavam estacionados na mesma estação.

Maria-fumaça Campinas-Jaguariúna
Trecho: estação Anhumas à estação Jaguariúna, passando por outras três no trecho
Rota: 48 km (ida e volta)
Duração: 3h30 (completo, ida e volta) e 2h (meio percurso)
Preços: R$ 90 (meia-entrada ou ingresso solidário) no percurso completo e R$ 70 (meia ou ingresso solidário) no meio percurso
Atrações: demonstração da operação do trem, música e antigas fazendas

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Documentário britânico mostra impacto histórico da São Paulo Railway no país https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/07/19/documentario-britanico-mostra-impacto-historico-da-sao-paulo-railway-no-pais/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/07/19/documentario-britanico-mostra-impacto-historico-da-sao-paulo-railway-no-pais/#respond Mon, 19 Jul 2021 22:59:56 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2022/07/WhatsApp-Image-2021-07-14-at-00.55.28-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2903 O impacto provocado pelos investimentos ingleses nas ferrovias brasileiras, especialmente a SPR (São Paulo Railway) é tema de um minidocumentário produzido pelo governo britânico que será lançado nesta terça-feira (20).

Intitulado “A Influência Britânica no Desenvolvimento do Setor Ferroviário Brasileiro”, o vídeo, de cerca de 17 minutos, conta como os investimentos feitos pelo Reino Unido foram importantes para o desenvolvimento da SPR –inaugurada em 1867– e, a partir dela, de outras ferrovias que surgiram em São Paulo na segunda metade do século 19.

Com entrevistas com pesquisadores brasileiros e membros do governo britânico, o documentário, visto pelo blog com exclusividade, tem como ponto de partida a estação da Luz, apontada como uma ótima representação da parceria entre o Reino Unido e o Brasil, e destaca duas das histórias mais emblemáticas das ferrovias no país: as obras de engenharia para que os trens rompessem a serra do Mar mais de 150 anos atrás e a vila de Paranapiacaba.

Entre os nomes entrevistados estão o arquiteto e pesquisador Antonio Soukef Júnior, o diretor do governo britânico para comércio e investimento no Brasil, Martin Whalley, Eric Lamarca, diretor de gestão de Paranapiacaba, e Paulo Monteiro Espanha, pesquisador da Secretaria de Turismo de Santos.

A narrativa mostra como o monopólio dos 139 quilômetros de trilhos sob concessão da SPR entre Santos e Jundiaí fizeram com que, durante todo o período da concessão, de 90 anos, ela fosse a mais bem sucedida companhia ferroviária em atuação no país.

Até o fim da concessão, em 1946, ela permaneceu como empresa britânica e, depois, foi administrada pelo governo federal (ferrovia Santos-Jundiaí).

A importância do capital estrangeiro, sobretudo inglês, no desenvolvimento das ferrovias brasileiras já foi apontado por outras obras, como no livro “Trilhos do Desenvolvimento: Ferrovias no Crescimento Econômico Brasileiro 1854-1913”, do brasilianista William Summerhill, professor na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e pesquisador de história econômica brasileira.

Os investimentos ferroviários foram o que de mais importante aconteceu no Brasil na segunda metade do século 19 e tiveram papel primordial para o crescimento econômico do país.

Além da SPR, com capital inglês se desenvolveram companhias ferroviárias como a Paulista, que buscou empréstimo em Londres para pagar a implantação do ramal ferroviário até Mogi Guaçu, isso para ficar em apenas um exemplo.

No fim do documentário, membros do governo britânico falam em fortalecer a parceria com o Brasil para o desenvolvimento futuro das ferrovias.

O vídeo estreará às 9h desta terça-feira (20), aqui. O trailer está disponível abaixo.

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Conheça a história do túnel ferroviário que guarda marcas da revolução de 32 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/07/09/conheca-a-historia-do-tunel-ferroviario-que-guarda-marcas-da-revolucao-de-32/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/07/09/conheca-a-historia-do-tunel-ferroviario-que-guarda-marcas-da-revolucao-de-32/#respond Fri, 09 Jul 2021 11:50:12 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/WhatsApp-Image-2018-06-18-at-21.47.34-1-150x150.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2879 Hoje abrigando um roteiro ferroviário turístico, a região do túnel de 998 m de extensão que separa São Paulo de Minas Gerais, um dos locais relevantes na Revolução Constitucionalista de 1932, até hoje guarda marcas dos confrontos registrados naquele ano.

A revolução, que completa 89 anos nesta sexta-feira (9), teve no local uma sangrenta batalha entre as tropas federais e as forças paulistas que fizeram com que, quase um século depois, as paredes do túnel ainda permanecessem com marcas de tiros e estilhaços.

Relatos de pesquisadores apontam centenas de mortes de combatentes no local, inclusive a do tenente-coronel Fulgêncio de Souza Santos, comandante do 7º Batalhão da Força Pública de Minas Gerais.

Os registros indicam que ele morreu perto do túnel quando tropas de São Paulo tentaram invadir Passa Quatro, cidade mineira que faz divisa com a paulista Cruzeiro. Os paulistas chegaram a invadir Passa Quatro e conseguiram explodir uma ponte ferroviária em solo mineiro, apontam registros da Câmara do município.

O 9 de julho marca o início da Revolução Constitucionalista, uma revolta que São Paulo organizou contra o governo de Getúlio Vargas (1930-1945). Os paulistas queriam uma nova Constituição para o país, o que Vargas não admitia. A data é feriado estadual desde 1997, quando Mário Covas (1930-2001), então governador, assinou o projeto de lei 9.497.

O túnel entre os dois estados era altamente estratégico para a revolução e mostra, também, a importância que o sistema ferroviário tinha naquele momento para o país.

Primeiro, e óbvio, o trem era o meio utilizado para o transporte de tropas para as regiões de batalhas, mas ele também serviu como obstáculo de combate. Ao menos uma locomotiva foi estacionada no lado paulista do túnel como forma de impedir o avanço de tropas rivais.

À época, a estação mineira logo após a divisa entre os estados se chamava… Tunel, mas a morte de Fulgêncio fez com que a estação passasse a ser denominada Coronel Fulgêncio.

Inaugurada em 1884, a estação foi utilizada até o começo da década de 1970 e, depois, ficou abandonada até 2004, quando a ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária) a assumiu e iniciou sua restauração. No período, em meio ao mato alto que dominava o local, foram encontradas cápsulas e objetos supostamente utilizados no período da revolução.

Embora a estação não tivesse utilidade para passageiros desde o seu fechamento, até 1991 seus trilhos recebiam os trens que operavam no ramal ferroviário entre Cruzeiro e Três Corações (MG).

Hoje, funciona no local o Trem da Serra da Mantiqueira, que parte da estação central de Passa Quatro, que pertenceu à ferrovia Rio-Minas, passa pela estação Manacá, em operação desde 1931, e vai até Coronel Fulgêncio, num percurso total de 20 quilômetros (ida e volta), no alto da serra.

A estação Manacá também foi utilizada como base das tropas federais na revolução de 1932.

Além de Cruzeiro-Passa Quatro, os trens também foram significativos no transporte de tropas para a divisa entre Rifaina (SP) e Sacramento (MG).

Cartaz do MMDC que convocava os paulistas a combater o governo de Getúlio Vargas em 1932 (Reprodução)
Cartaz do MMDC que convocava os paulistas a combater o governo de Getúlio Vargas em 1932 (Reprodução)

Passa Quatro tem uma série de bens ferroviários que integram a lista de patrimônios culturais ferroviários do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), mas o túnel não está nessa relação.

São declaradas de valor histórico as estações ferroviárias Passa Quatro, Coronel Fulgêncio e Manacá, três terrenos das estações, um depósito de materiais e uma residência de empregados.

O Conselho de Patrimônio Histórico e Cultural de Passa Quatro chegou a criar uma campanha pelo tombamento do túnel, ainda sem resultado até aqui.

O túnel, que hoje é usado por turistas e grupos de ciclistas e motociclistas, pode no futuro voltar a ser utilizado como interligação ferroviária entre os dois estados. A ABPF está trabalhando na restauração do trecho de 25 quilômetros entre Cruzeiro e o túnel, o que inclui desenterrar trilhos na cidade paulista e colocar novos dormentes e trilhos onde eles não existem mais.

Não há prazo para a conclusão dos trabalhos. O objetivo, porém, é ampliar a rota dos atuais 10 quilômetros existentes na cidade mineira para 35 quilômetros.

CRONOLOGIA DA REVOLUÇÃO

3.out.1930
É deflagrado o movimento que levou o gaúcho Getúlio Vargas ao poder. Ele assume um governo provisório depondo Washington Luís da Presidência da República

17.fev.1932
Os grandes partidos de São Paulo criam a Frente Única Paulista, que exigia nova Constituição para o país

23.mai
Quatro estudantes são mortos durante um protesto contra Vargas em São Paulo; de suas iniciais surge a sigla MMDC

9.jul
Militares antecipam a deflagração da mobilização, marcada para 14 de julho, pegando aliados de surpresa

22.ago
Primeiro combate aéreo no país, em Cruzeiro: dois aviões paulistas enfrentam dois aviões federais

12.set
O governo ocupa o porto de Santos, sob bloqueio desde o início da revolta, mas os combates seguem até dia 24

2.out
As tropas paulistas se rendem ao governo Vargas; líderes do movimento vão para o exílio

3.mai.1933
São realizadas eleições no país para a escolha da Assembleia Nacional Constituinte, demanda dos paulistas

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Minidocumentário apresenta detalhes da história da Estrada de Ferro Araraquara https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/07/04/minidocumentario-apresenta-detalhes-da-historia-da-estrada-de-ferro-araraquara/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/07/04/minidocumentario-apresenta-detalhes-da-historia-da-estrada-de-ferro-araraquara/#respond Sun, 04 Jul 2021 11:10:00 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/Vídeo_Museu_ferroviário-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2557 Por meio da visão de um ex-ferroviário, um minidocumentário produzido pela Secretaria da Cultura de Araraquara (a 273 km de São Paulo) apresenta detalhes da EFA (Estrada de Ferro Araraquara), uma das cinco companhias que resultaram, em 1971, na criação da Fepasa (Ferrovia Paulista S.A.).

Lançado em 30 de abril como forma de homenagear o Dia do Ferroviário, celebrado naquela data, o minidocumentário de pouco menos de 12 minutos de duração conta histórias sobre a ferrovia em Araraquara a partir de imagens do Museu Ferroviário Francisco Aureliano de Araújo, inaugurado em 2008, e das memórias do aposentado Geraldo Benedicto, o Chumbinho,  que trabalhou 30 anos na Estrada de Ferro Araraquara.

A história de Araraquara sofreu forte influência da estrada de ferro –tanto que o clube de futebol da cidade é a Ferroviária— e poderia ser contada, como diz o início do minidocumentário, a partir dos objetos que fazem parte do acervo do museu.

Composto por dois pavimentos que abrigam salas do chefe e de comunicação, entre outras, o museu expõe aos visitantes aparelhos como telégrafos, luminárias, uniformes, lampiões e peças de banheiro.

“Não sei porque foi acabar isso aí, rapaz. Dá saudade até hoje”, diz o aposentado em um dos trechos do vídeo.

Produzido pela equipe da coordenadoria de acervos e patrimônio histórico da Secretaria da Cultura em parceria com o Museu Ferroviário e o MIS (Museu da Imagem e do Som), o material mostra o surgimento da ferrovia e o desenvolvimento da cidade, que estão entrelaçados, e homenageia homens e mulheres que dedicaram suas vidas a atividades ferroviárias.

Chumbinho fala de como era a vida de ferroviário e as transformações registradas no decorrer das décadas na vila ferroviária, onde mora até hoje. Você pode assistir no link abaixo.

O museu ferroviário de Araraquara foi reinaugurado em 2011 na antiga estação, três anos após sua abertura. No térreo os visitantes podem conhecer onde era a sala do chefe da estação, com móveis e objetos de época, além da sala de comunicação.

Já no piso superior, há o memorial do imigrante, o salão principal, um auditório e a sala dos ferroviários.

Quer visitar? Confira horários de funcionamento pelo telefone (16) 3322-2770 ou pelo e-mail patrimoniohistorico@araraquara.sp.gov.br.

As outras empresas ferroviárias que foram unificadas sob a sigla Fepasa foram a Companhia Paulista, a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, a Estrada de Ferro Sorocabana e a São Paulo-Minas.

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Trem entre cidades mineiras inaugurado há 140 anos tem atividades suspensas https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/06/10/trem-entre-cidades-mineiras-inaugurado-ha-140-anos-tem-atividades-suspensas/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/06/10/trem-entre-cidades-mineiras-inaugurado-ha-140-anos-tem-atividades-suspensas/#respond Thu, 10 Jun 2021 10:50:23 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/1-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2768 O trem que percorre os trilhos entre as cidades históricas de São João del-Rei e Tiradentes, em Minas Gerais, terá as atividades suspensas a partir desta sexta-feira (11). A maria-fumaça que faz a rota inaugurada há 140 anos por dom Pedro 2º em meio a rios, montanhas e estações que preservam a arquitetura do século 19 sofrerá paralisação devido às restrições provocadas pela pandemia da Covid-19.

A paralisação ocorrerá apenas 41 dias depois de a rota ter sido reaberta pela concessionária VLI, responsável pela manutenção do roteiro. Antes, tinha ficado interrompida outros 48 dias.

Inaugurada em 1881, a rota entre as cidades mineiras foi uma das que contaram com a presença do imperador em suas viagens iniciais, como aconteceu também em outros locais, como no interior paulista.

“O objetivo é resguardar a saúde da comunidade e dos empregados da empresa, em razão do risco de disseminação do coronavírus. A medida atende ao Programa Minas Consciente, do governo estadual, que tornou a onda vermelha mais restritiva”, diz trecho de comunicado da concessionária sobre a suspensão das atividades.

O roteiro contempla 12 quilômetros de travessia por paisagens que apresentam diversidade ecológica, construções que preservam a arquitetura do século 19 e integravam a antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas.

A maria-fumaça, que opera com bitola (distância entre a parte interna dos trilhos) de 76 centímetros, percorre as serras do complexo de São José e tem atrações como a rotunda, equipamento que no passado fazia o giro da locomotiva nas estações para que ela pudesse retornar à estação de origem.

O trajeto entre as cidades é percorrido em 45 minutos.

Ainda não há previsão para o retorno das operações da rota. Passageiros que tinham comprado bilhetes antecipados poderão pedir a remarcação da viagem ou o reembolso do valor.

Em São João del-Rei há um museu inaugurado há 40 anos, e que já estava fechado temporariamente, que conta a história da extinta Estrada de Ferro Oeste de Minas.

A ferrovia teve vida curta. Com dívidas e muitas dificuldades para operar, ela foi liquidada ainda em 1900, 19 anos após a criação, e adquirida pelo governo federal três anos depois.

Em 1931, foi arrendada pelo governo mineiro e passou a fazer parte da RMV (Rede Mineira de Viação).

O acervo do museu abriga a primeira locomotiva utilizada na ferrovia.

Até a interrupção, as viagens estavam disponíveis de sexta-feira a domingo, com partidas às 10h de São João del-Rei e às 11h15 de Tiradentes.

O passeio custa R$ 70 (ida) e R$ 80 (ida e volta). A entrada é gratuita para crianças até 5 anos. Pagam meia-entrada crianças de 6 a 12 anos, estudantes e pessoas acima de 60 anos.

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Rota aberta por dom Pedro 2º entre São João del-Rei e Tiradentes volta a operar https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/05/02/rota-aberta-por-dom-pedro-2o-entre-sao-joao-del-rei-e-tiradentes-volta-a-operar/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/05/02/rota-aberta-por-dom-pedro-2o-entre-sao-joao-del-rei-e-tiradentes-volta-a-operar/#respond Sun, 02 May 2021 13:58:48 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/1-1-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2579 Trem que percorre uma histórica rota com rios, montanhas e estações que preservam a arquitetura do século 19, a maria-fumaça entre São João del-Rei e Tiradentes voltou a operar após um hiato provocado pelas medidas restritivas adotadas devido à pandemia da Covid-19.

Inaugurada em 1881 por dom Pedro 2º, a rota entre as cidades mineiras foi uma das que contaram com a presença do imperador em suas viagens inaugurais, como ocorreu também em outros locais, como no interior paulista.

A maria-fumaça voltou aos trilhos na última sexta-feira (30), 48 dias depois de ter sido interrompida pela concessionária VLI, que a administra, em cumprimento às medidas restritivas de circulação decretadas em Minas Gerais.

As viagens estarão disponíveis de sexta-feira a domingo, com partidas às 10h de São João del-Rei e às 11h15 de Tiradentes. O trajeto entre as cidades é percorrido em 45 minutos.

O roteiro contempla 12 quilômetros de travessia por paisagens que apresentam diversidade ecológica, construções que preservam a arquitetura do século 19 e integravam a antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas.

A maria-fumaça, que opera com bitola (distância entre a parte interna dos trilhos) de 76 centímetros, percorre as serras do complexo de São José e tem atrações como a rotunda, equipamento que no passado fazia o giro da locomotiva nas estações para que ele pudesse retornar à estação de origem.

Segundo a VLI, foram adotadas medidas para garantir a segurança dos passageiros e empregados, como a redução da grade de trens e de assentos disponíveis, a higienização dos assentos antes de cada passeio, segregação dos acessos de entrada e saída das estações, demarcações de distanciamento, suspensão da feira de artesanato na estação e da visitação do museu de São João del-Rei, instalação de tapetes higienizadores e aferição de temperatura dos passageiros.

O museu, agora fechado temporariamente, foi inaugurado há 40 anos e conta a história da extinta Estrada de Ferro Oeste de Minas. Seu acervo, inclusive, abriga a primeira locomotiva utilizada na ferrovia.

A Oeste de Minas teve vida curta. Cheia de dívidas e dificuldades para operar, foi liquidada ainda em 1900, 19 anos após a criação, e adquirida pelo governo federal três anos depois.

Em 1931, foi arrendada pelo governo mineiro e passou a fazer parte da RMV (Rede Mineira de Viação).

O passeio custa R$ 70 (ida) e R$ 80 (ida e volta). A entrada é gratuita para crianças até 5 anos. Pagam meia-entrada crianças de 6 a 12 anos, estudantes e pessoas acima de 60 anos.

As bilheterias nas duas cidades históricas funcionam de 4ª a sábado das 8h às 12h e das 13h às 17h. Aos domingos, das 8h às 12h. Informações: (32) 3371-8485.

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Acervo de associação inclui locomotivas fabricadas entre 1891 e 1968; conheça https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/05/01/acervo-de-associacao-inclui-locomotivas-fabricadas-entre-1891-e-1968-conheca/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/05/01/acervo-de-associacao-inclui-locomotivas-fabricadas-entre-1891-e-1968-conheca/#respond Sat, 01 May 2021 19:48:08 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/1-320x213.jpg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2566 Há máquinas para todos os gostos, da boa e velha maria-fumaça fabricada ainda no século 19 a uma pequena locomotiva diesel-mecânica, passando pelas elétricas, que se notabilizaram na EFS (Estrada de Ferro Sorocabana).

O acervo do Centro de Memória Ferroviária mantido pela Sorocabana – Movimento de Preservação Ferroviária foi aberto para visitação controlada neste sábado (1), em Sorocaba, no interior paulista, exibindo aos frequentadores um acervo variado de locomotivas e vagões que foram recuperados nos últimos anos e escaparam de virar sucata.

A clássica maria-fumaça é uma locomotiva Baldwin, de número 58 e fabricada em 1891, que atendeu a Sorocabana, enquanto outra, mais moderna, é elétrica, foi produzida em 1948 pela General Eletric e leva o número 2041.

São só dois exemplos de uma coleção que contempla ainda outras cinco locomotivas: diesel-mecânica Whitcomb (1942), diesel-elétricas GE/Caterpillar e GE/Cooper Bessemer (1948), LEW (1968) e elétrica Westinghouse (1948), além de carros de passageiros de luxo ou superluxo fabricados entre 1951 e 1963 para operação na Sorocabana.

A manutenção e conservação da número 58 ocorre por meio de parceria da associação com a Prefeitura de Sorocaba.

A Whitcomb, de 1942, chama a atenção pelo tamanho, muito diferente do habitualmente imaginado de uma locomotiva. Pequena, ela será como apoio operacional à maria-fumaça 58 no futuro Trem dos Operários, que percorrerá o trecho entre Sorocaba e Votorantim.

A locomotiva, que pertenceu no passado à própria Estrada de Ferro Sorocabana, foi restaurada após 18 meses de trabalhos, depois de a entidade receber patrocínio de uma empresa fornecedora de componentes, rolamentos e sistemas de alta precisão.

Já a maria-fumaça 58 foi colocada nos trilhos em caráter experimental em 2018, percorrendo trecho de um quilômetro.

Quando o trem entre Sorocaba e Votorantim estiver em operação, ela, que completou neste mês de abril 130 anos de fabricação, fará um trajeto de sete quilômetros entre as cidades.

Essas máquinas ficaram expostas ao público neste sábado, para visitação monitorada, em celebração ao Dia do Ferroviário (30 de abril), na estação Paula Souza.

A estação era o ponto inicial da antiga Estrada de Ferro Elétrica Votorantim e foi inaugurada em 1922. Ela abriga as locomotivas e carros de passageiros já restaurados ou que estão à espera de restauro, que é feito por voluntários.

Por conta da pandemia, a visitação foi limitada em 25% da capacidade do espaço. Informações sobre o acervo podem ser obtidas pelo e-mail mpfsorocabana@gmail.com.

A Sorocabana foi eletrificada em dezembro de 1944, o que foi algo notável para a época, por substituir o óleo diesel e a lenha pela eletricidade como propulsora de suas locomotivas. A ferrovia foi inaugurada em 1875.

O sistema operou por 55 anos, até que, em 1999, as locomotivas elétricas foram trocadas por diesel após o leilão feito pelo governo federal que resultou na desestatização da malha da já extinta RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A.).

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Dia do Ferroviário é celebrado com festa para locomotiva e eventos virtuais em SP https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/04/30/dia-do-ferroviario-e-celebrado-com-festa-para-locomotiva-e-eventos-virtuais-em-sp/ https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2021/04/30/dia-do-ferroviario-e-celebrado-com-festa-para-locomotiva-e-eventos-virtuais-em-sp/#respond Fri, 30 Apr 2021 19:41:18 +0000 https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/WhatsApp-Image-2021-04-30-at-14.53.51-320x213.jpeg https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/?p=2549 O Dia do Ferroviário, celebrado neste 30 de abril, está sendo comemorado no interior de São Paulo com o aniversário de uma locomotiva histórica e eventos virtuais com vídeos comemorativos em cidades com forte influência das ferrovias, como Sorocaba, Bauru e Araraquara.

Em Sorocaba, a Sorocabana – Movimento de Preservação Ferroviária fez um evento virtual nesta sexta-feira para comemorar também o aniversário de 130 anos da maria-fumaça nº 58, construída em abril de 1891 pela Baldwin Locomotive Works, nos EUA.

Locomotiva que pertenceu à EFS (Estrada de Ferro Sorocabana), ela é um dos principais símbolos do passado ferroviário de Sorocaba.

A associação de preservação apresentou a última fase de restauração do patrimônio histórico, que ocorrerá por meio de edital ProAC, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo.

A restauração da máquina tem como objetivo uso futuro no Trem dos Operários, rota turística e cultural entre Sorocaba e Votorantim.

O pesquisador ferroviário e presidente da Sorocabana, Eric Mantuan, disse que o projeto prevê a manutenção do tênder, a restauração do compressor de ar a vapor, a produção e instalação de peneira na caixa de fumaça (para contenção de fagulhas) e a restauração externa da locomotiva.

Em Bauru, o museu ferroviário regional divulgará, a partir das 19h, um vídeo em homenagem à data, por meio das redes sociais da instituição.

O vídeo apresenta depoimentos de profissionais que atuam na preservação da memória ferroviária, como atuais e ex-ferroviários da cidade e da região.

Já em Araraquara, a coordenadoria de acervos e patrimônio histórico da Secretaria da Cultura lançou um vídeo comemorativo no canal da prefeitura no YouTube.

Produzido pela equipe da coordenadoria em parceria com o Museu Ferroviário e o MIS (Museu da Imagem e do Som), o material mostra o surgimento da ferrovia e o desenvolvimento da cidade, que estão entrelaçados, e homenageia homens e mulheres que dedicaram suas vidas a atividades ferroviárias.

Geraldo Benedicto, o Chumbinho, que trabalhou 30 anos na Estrada de Ferro Araraquara e é o principal personagem do vídeo, conta que tem saudades do tempo de ferroviário e que não entende o motivo de as ferrovias terem entrado em declínio no país.

“A história de Araraquara está profundamente entrelaçada à chegada dos trilhos no município e isto vai para muito além das questões econômicas envolvidas, que evidentemente foram imensas. As transformações no tecido social da cidade, com o afluxo de pessoas e de mercadorias, a velocidade no tráfego de informações, abrem as janelas de Araraquara para o mundo. Talvez o advento contemporâneo que mais se aproxima do impacto das transformações trazidas pela chegada dos trilhos seja o acesso à internet: há um antes e um depois”, disse, por meio da assessoria de imprensa da administração, a secretária da Cultura, Teresa Telarolli.

O museu ferroviário de Araraquara foi inaugurado em 2008 e reinaugurado em 2011 na antiga estação ferroviária e apresenta em suas salas mostras de diversos tipos de objetos, de ferramentas a material gráfico da Estrada de Ferro Araraquara.

No térreo os visitantes podem conhecer onde era a sala do chefe da estação, com móveis e objetos de época, além da sala de comunicação. No piso superior, há o memorial do imigrante, o salão principal, um auditório e a sala dos ferroviários.

Por conta da pandemia, o museu está funcionando das 9h às 17h, com atendimento máximo simultaneamente de 10 pessoas, sendo 5 em cada piso.

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